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Matadouros são locais horríveis e sanguinolentos que como bem disse o ex-Beatle e ativista vegano Paul McCartney:
“Se os matadouros tivessem paredes de vidro, todos seriam vegetarianos.”
Por trás de cada pedaço de carne tem muito sofrimento de um ser vivo. Este conteúdo vem para revelar como é essa realidade.
Um matadouro é um lugar onde os animais de criação são levados para serem abatidos, principalmente para alimentação humana.
Muitos animais também morrem antes de chegar ao matadouro, seja no transporte a caminho do abate ou durante o processo de criação, em condições de confinamento extremo.
Os matadouros são locais onde os humanos matam animais para a produção de carne como alimento.
Este ato, por si só, já é cruel, entrentanto, como se não bastasse, antes do animal ser morto, ele passa por exploração, confinamento, abusos contra sua natureza, maus-tratos e até tortura. Enfim, são tratados como coisas e não como seres sencientes.
Esse tratamento cruel é muito comum nos diversos tipos de indústrias de carne, como as de:
Conheça os tipos de tratamento que, em geral, os animais de matadouros são submetidos:
Os planejadores da cadeia de suprimentos de carne costumam levar em consideração que certo número de animais, forçados a entrar em caminhões para serem transportados a longas distâncias das fazendas aos matadouros, morrem durante a viagem.
Para se ter uma noção, estima-se que anualmente, somente nos EUA, o número de animais mortos em transportes seja aproximadamente de:
Veja mais exemplos do que acontece em transporte de animais em:
A utilização de aguilhões, ou bastões elétricos, é um método utilizado em matadouros de bovinos, para forçar os animais a entrarem nos transportes ou a se direcionarem ao local do abate.
Estes equipamentos são utilizados para dar choques nos animais e forçá-los a entrar no caminhão.
Esta pesquisa de 2018 revela, por exemplo, que os trabalhadores usaram bastões elétricos, e ou até paus, em 80% do descarregamento de animais no Uruguai, para forçá-los a saírem dos 242 caminhões de matadouros, transportando ao todo 8.132 vacas.
A maioria dos animais (90%) teve um ou mais hematomas.
Outros métodos cruéis de forçar os animais a se moverem incluem o uso de pás de chocalho que se assemelham a remos de barco, tábuas de classificação vermelhas que parecem tábuas de corte com alças recortadas e apitos.
Diversos matadouros usam armas de fogo para atordoar os animais.
Em vez de usar balas, que ficariam alojadas nos crânios dos animais, essas instalações usam algo chamado “parafuso cativo”.
Quando o gatilho é puxado, um pedaço grosso de metal atinge o cérebro e, com a mesma rapidez, se retrai de volta para o cano da arma.
Após o metal bater na cabeça do animal, ele cai sem sentido ou atordoado.
Cerca de 12,5% do gado na União Européia não é atordoado adequadamente e continua a se debater, enquanto é pendurado de cabeça para baixo e abatido, sentindo tudo de forma consciente.
Os frigoríficos costumam usar altas concentrações de gás para deixar os animais inconscientes.
Isto acontece, por exemplo, com os porcos agrupados em gaiolas de metal e submetidos a nuvens tóxicas de dióxido de carbono.
Cada suspiro do animal atrai o gás venenoso mais fundo em seus corpos, queimando sua garganta e pulmões, levando-o ao desespero e a se contorcer em agonia por até um minuto inteiro, o que é uma eternidade para quem está sofrendo, e que só acaba quando o animal cai inconsciente ao chão.
Este atordoamento a gás nem sempre funciona, pois se a câmara estiver sobrecarregada, ou os animais forem deixados dentro do local por muito tempo depois do gás se dissipar, eles às vezes recuperam a consciência e enfrentam o abate em posse de seus sentidos.
Práticas abusivas na pecuária industrial são frequentemente documentadas por grupos de direitos dos animais, embora muitas delas sejam proibidas pelas legislações e contra os padrões veterinários.
Em 4 de agosto de 2007, um inspetor federal, Dr. Dean Wyatt, encontrou muitas violações do Humane Slaughter Act (lei dos EUA de abate humanitário) em um grande matadouro de suínos em Oklahoma. O inspetor fez um alerta ao relatar que além dos porcos estarem acorrentados e sangrando muito, os trabalhadores ainda utilizaram arma de choque de ferrolho cativo.
Esse é só um dos exemplos de agressões e torturas que ocorrem com frequência no mundo da produção de carne.
As organizações que defendem os direitos dos animais, através de suas investigações, vivem comprovando os sofrimentos dos animais explorados pela indústria da carne, como por exemplo:
Um estudo de campo observacional feito em 2021 descreveu 44 eventos de manuseio aversivo (tratamento que provoca pânico e paralisação dos animais) quando dois trabalhadores forçaram 74 gados de reboques de caminhão para currais, e para uma caixa de atordoamento em um matadouro personalizado.
Em mais da metade (25) desses eventos aversivos foi utilizada a tática de torção de cauda pelos manipuladores para fazer com que o gado, que parava e se recusava a se mover, a sair do lugar.
A torção da cauda consiste em torcer a cauda da vaca a 90 graus ou mais perto de sua base, o que provoca a sua fratura.
Outros eventos de manejo aversivos registrados incluíram o uso de bastões elétricos e bater nas vacas.
Antes de entrar na caixa de insensibilização (local em que os animais são atordoados para o abate) a maioria dos bovinos no estudo (64%) hesitou, ou parou, abaixou a cabeça e deu um passo para trás em vez de para frente.
Foi neste ponto que a maioria dos eventos aversivos (70%) ocorreu.
Uma vez que estavam na caixa de atordoamento, as vacas frequentemente defecavam e chutavam a pata traseira.
Defecar e chutar são sinais de medo e estresse.
Ao passar dos currais iniciais para eventualmente chegar à caixa de insensibilização, uma parcela significativa das vacas perdeu o equilíbrio e escorregou (27%) devido a pisos molhados ou enlameados.
Neste estudo, as vacas se agrupavam em um círculo apertado, também chamado de moagem, que é um sinal de medo e estresse, frente aos estímulos violentos que sofriam ao serem levadas ao matadouro.
O gado é mais sensível a sons agudos do que os humanos, e os sons do braço hidráulico do caminhão, bem como o barulho da caçamba do caminhão, podem deixar estes animais muito nervosos e em pânico, por isso, resistem à entrada no caminhão.
Como vimos anteriormente, existem práticas utilizadas nos matadouros para deixar os animais atordoados ou inconscientes antes de serem mortos. Depois dessa etapa, o animal é morto em 15 segundos.
Após serem abatidos, os animais são submetidos ao método de sangria que consiste em pendurá-los ou deitá-los para “colar”, termo usado para o ato de levar uma faca às artérias do pescoço para que os animais sangrem até a morte.
Essa forma de morte é tecnicamente chamada de anóxia cerebral e serve para impedir a oxigenação do cérebro.
Além dessas práticas e método existem outras descritas nesta revisão do Departamento de Ciência Animal, Colorado State University, que revela as insanidades que ocorrem nos matadouros.
Toda essa realidade reflete o que o filósofo alemão Arthur Schopenhauer (1788-1860) disse:
“O homem fez da Terra o inferno dos animais.”
Os trabalhadores que ainda não foram corrompidos pela frieza e indiferença ao sofrimento dos animais, também sofrem com tanta barbaridade.
Como ser saudável e equilibrado em um cenário de tanta dor e sofrimento imputados a seres inocentes?
Além do mais, os trabalhadores nos matadouros são frequentemente contratados para cargos temporários e de baixa remuneração.
Esta revisão revela o impacto psicológico em pessoas que matam animais nos matadouros.
Esses trabalhadores tendem a desenvolver problemas psicológicos e taxas mais altas de:
Como ser normal diante de uma realidade tão nefasta!
Em nosso país ainda há o que ser feito para acabar com as práticas cruéis que ocorrem na indústria da carne, como:
Ademais, o Brasil é um grande e intensivo produtor e exportador de carne.
Para se ter uma ideia, em 2004, o Brasil assumiu a liderança das exportações de carne bovina, atingindo 1,17 milhões de toneladas (contra 1,16 dos Estados Unidos), de acordo com a Associação dos criadores de Nelore do Brasil (ACNB).
Com relação à produção das carnes de frango e suína, o Brasil tampouco fica atrás.
De acordo com dados da Embrapa, o país é o 3º maior produtor de frangos de corte, com mais de 13,5 mil toneladas produzidas em 2019.
No ano passado, o Brasil produziu quase 4 mil toneladas de carne suína, sendo o 4º maior produtor e exportador dessa carne no mundo.
Com essa realidade, fica claro como é intensa a matança de animais no Brasil.
“A grandeza de um país e seu progresso podem ser medidos pela maneira como trata seus animais.”
Mahatma Gandhi
Este vídeo, do Instituto Nina Rosa, mostra a realidade nua e crua da produção e consumo da carne.
As imagens mostram o que ocorre com os animais, antes de chegarem ao prato.
ATENÇÃO: IMAGENS EXTREMAMENTE CRUÉIS!
Esta reportagem do Euronews (em português) revela as imagens de violência contra os animais nos matadouros franceses.
A reportagem levou ao encerramento de alguns estabelecimentos de abate e desencadeou a abertura de um inquérito parlamentar. O vídeo só pode ser visto no Youtube, por ter sido registrado como conteúdo sensível.
CUIDADO: CENAS DE GRANDE IMPACTO EMOCIONAL!
Este documentário, publicado no canal Re-Considere, mostra imagens da crueldade e atitude especista do ser humano em relação aos animais.
Esse conteúdo também só pode ser visto no Youtube.
ALERTA! AS IMAGENS SÃO CHOCANTES, POR ISSO ESTE VÍDEO NÃO É RECOMENDADO PARA MENORES DE IDADE E PESSOAS SENSÍVEIS.
Entre as ações realizadas aqui no Brasil em defesa dos animais de matadouro temos campanhas e investigações da Equality Animal-Brasil, como:
Essa entidade de proteção animal, conseguiu que a empresa Mantiqueira, maior produtora de ovos da América do Sul, se comprometesse a banir a trituração de pintinhos machos. Com este compromisso, mais de 7 milhões de pintinhos deixarão de ser cruelmente sacrificados.
Outra ação importante da Animal Equality é o movimento contra o Projeto de Lei do Autocontrole que tramita no Senado, e que visa abolir a fiscalização nos matadouros.
Tem até uma petição contra o PL do Autocontrole, clique AQUI para ver, apoiar, assinar essa petição e compartilhar com o maior número de pessoas possível.
Esta entidade também conseguiu negociar compromissos públicos com 84 empresas para abolirem a criação das galinhas criadas em gaiolas. Com essa ação, 20.808.322 galinhas deixarão de viver em gaiolas minúsculas durante toda sua vida.
Outra ação da Animal Equality para combater a crueldade da indústria da carne é o trabalho de investigação, filmando e flagrando o que acontece em granjas comerciais de criação de aves e porcos e em fazendas intensivas de bovinos.
Esta entidade também está atuando ativamente para que sejam aprovados 2 Projetos de Lei (PLs), que têm a finalidade de evitar que mais de 85 milhões de pintinhos e bezerrinhos passem por uma morte extremamente cruel logo após o nascimento
Estes projetos são:
A publicidade floreia a realidade da crueldade que está contida na carne, mostrando um bife suculento no prato, uma frango douradinho na travessa e um churrasco bem passado degustado junto aos amigos.
Esta é a realidade que os fazendeiros que criam animais para o abate e as empresas frigoríficas querem que os consumidores vejam e acreditem, pois se vissem o que realmente ocorre, a maioria deixaria de comer carne.
Para ajudar a acabar com o abuso e a crueldade aos animais em matadouros, é preciso reconhecer essa realidade e parar de acreditar que os animais não sofrem.
Uma abordagem eficaz para reduzir a tortura e matança dos animais consiste em:
Essa abordagem pode ser concretizada através da prática do veganismo, que consiste em abolir produtos de origem animal e que que realizam testes em animais.
Ademais, para os que não se veem sem consumir carne, a indústria já deu um jeito de criar carne de mentira que parece de verdade:
Como visto, é possível mudar essa realidade e isso depende de cada um de nós!
Existem ainda mais motivos, além do sofrimento animal que podem servir para te impulsionar na decisão de parar de comer carne, como:
Agora temos o conhecimento para decidir entre a matança ou a preservação da vida dos animais.
Quem em sã consciência gostaria de nutrir-se de dor?
Esta escolha está em nossas mãos!
“Chegará o tempo em que o homem conhecerá o íntimo de um animal e nesse dia todo crime contra um animal será um crime contra a humanidade.”
Leonardo da Vinci
Fontes:
Quer se tornar vegano? Veja estes conteúdos:
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Categorias: Consumo consciente
Publicado em 10/10/2023 às 5:01 am [+]
Bem verídico.
Publicado em 10/10/2023 às 7:36 pm [+]
triste realidade 🙁