Premonição: o que diz a ciência sobre sua existência?


Premonição é sinônimo de pressentimento, de previsão, de presságio. É possível prever os acontecimentos? Muito além das crenças populares, o que diz a ciência sobre a existência da premonição?

Ao longo da história humana tem ocorrido muitos relatos de experiências premonitórias.

No greenMe temos inclusive alguns conteúdos que contam sobre pessoas que tinham essa capacidade desenvolvida, e que se tornaram famosas por terem previsto acontecimentos de grande escala.

Como exemplo:

Embora a premonição seja um fenômeno recorrente, que acontece com várias pessoas, ainda não se sabe direito como se processa essa faculdade metafísica no cérebro humano.

A ciência tem buscado estudar, investigar e entender através de experimentos, mas mesmo assim não encontrou uma resposta que explique com exatidão a causa da premonição e o que leva algumas pessoas a experimentarem com mais facilidade esta faculdade.

A seguir serão passadas várias informações que ajudarão a ampliar a compreensão sobre a premonição. Confira!

O que é premonição?

A premonição é um fenômeno paranormal e metafísico que capacita a pessoa a antever situações que irão se tornar realidade, sejam boas ou más.

Essa capacidade se manifesta  de várias maneiras, tais como:

Depoimentos sobre a premonição

O psiquiatra John Barker, membro da Sociedade Britânica de Pesquisas Psíquicas, fundada em 1882,  dedicou-se a investigar a premonição, impulsionado pelos depoimentos de vários familiares das vítimas do desastre no vilarejo de Aberfan, que aconteceu em 21 de outubro de 1966.

O desastre ocorreu em consequência da explosão de uma mina de carvão que provocou o extravasamento de 150 mil toneladas de chorume, inundando moradias, uma escola e matando centenas de pessoas.

Alguns dos relatos coletados sobre premonições que antecederam o desastre da mina de carvão foram estes:

A menina que sonhou que não iria mais voltar

Um desses depoimentos foi de uma mãe que perdeu sua filha neste desastre e que contou que dia anterior ao desastre, sua filha disse à ela:

“Mamãe, deixe-me contar sobre o meu sonho de ontem à noite”.

Sua mãe respondeu gentilmente:

“Querida, não tenho tempo. Diga-me novamente mais tarde.”

A criança respondeu:

“Não, mamãe, você deve ouvir. Sonhei que ia para a escola e não havia escola lá. Alguma coisa preta caiu por toda parte!

A espírita que viu uma tragédia

Em Plymouth, na noite anterior ao deslizamento de carvão, uma mulher teve uma visão em uma reunião espírita.

Ela disse a 6 testemunhas que viu uma escola, um mineiro galês e “uma avalanche de carvão descendo uma montanha” em direção a um menino com franja longa.

A professora que sentiu a catástrofe, antes de acontecer

Outra pessoa que anteviu esse acontecimento foi a professora de piano e ballet Kathleen Lorna Middleton que teve um forte pressentimento antes de ocorrer a tragédia.

“Acordei engasgada e ofegante e com a sensação de que as paredes estavam desmoronando.”

Agência de premonições

John Barker teve acesso a tantos relatos que recorreu ao psiquiatra Peter Fairley, correspondente científico do Evening Standard de Londres, para divulgar as informações coletadas.

Após coletar tantos relatos de premonições, John Barker criou a British Premonitions Bureau (Agência Britânica de Premonições), com o objetivo de continuar a expandir sua investigação e com a finalidade de juntar todos novos relatos sobre premonições.

Em suas primeiras 48 horas de funcionamento, a Premonitions Bureau recebeu mais de 20 alertas de premonições.

Um desses alertas era a previsão de uma catástrofe em Kensington quando, na primavera de 21 de março de 1967, às 6h00, Alan Hencher se comunicou com John Baker dizendo que teve uma premonição e previu um acidente de avião sobre as montanhas.

Trinta dias depois, um avião de passageiros turboélice Britannia, transportando 130 pessoas tentou pousar em Nicósia, Chipre, durante um mau tempo e acabou colidindo em uma colina.

A premonição de Alan Hecher fez parte da cobertura jornalística sobre este acidente.

Já nos primeiros meses da criação da Premonitions Bureau, os mais promissores em anunciar premonições eram Alan Hencher e Kathleen Lorna Middleton (que anteviu a tragédia da mina de carvão).

Kathleen L. Middleton também previu um naufrágio na França, inundações no Alasca e tornados nos Estados Unidos.

Em 23 de abril de 1967, ela compartilhou uma visão de um astronauta “petrificado, aterrorizado e assustado” na noite anterior à morte de Vladimir Komarov, um cosmonauta soviético, em seu retorno à Terra.

Ela também previu meses antes a morte do senador Robert Kennedy. Em 11 de março já havia enviado seu primeiro aviso para John Barker sobre essa premonição. Quatro dias depois, ela escreveu novamente para ele dizendo:

“A palavra assassinato continua. Não posso desconectá-lo de Robert Kennedy.”

No início de junho, ela continuou tendo premonições com o senador norte-americano e enviando-as para a Premonitions Bureau. No dia 06 desse mesmo mês, Robert Kennedy morreu em consequência dos 2 tiros que levou na cabeça.

Para se ter uma ideia da quantidade de casos de premonições coletadas pela Premonitions Bureau, só no primeiro ano, houve 469 previsões.

Como visto através destes relatos, existe, de fato, uma faculdade que dota o ser humano de antever acontecimentos futuros.

Livro com relatos sobre a premonição

Além de John Barker, outros especialistas se voltaram a investigar a premonição, como por exemplo:

  • Julia Mossbridge, que tem doutorado em Ciências da Comunicação e Distúrbios pela Northwestern University e mestrado em Neurociência pela Universidade da Califórnia em San Francisco, é Professora Associada em Psicologia Integral e Transpessoal no Instituto de Estudos Integrais da Califórnia, pesquisadora no Instituto de Ciências Noéticas e coautora de Transcendent Mind: Rethinking the Science of Consciousness.
  • Theresa Cheung, que possui mestrado em Teologia e Inglês pelo Kings College, Cambridge, é autora de cerca de uma dúzia de livros populares, incluindo “enciclopédias” metafísicas e coleções de histórias sobre vida após a morte, o reino angelical e contato com entes queridos falecidos. Ela inclusive descende de uma família composta por médiuns e espiritualistas.

Ambas são co-autoras do livro The Premonition Code (Código da Premonição) que tem como objetivo principal estimular a pessoa que tem essa capacidade a utilizá-la para melhorar sua própria vida e a dos outros.

O livro The Premonition Code se baseia nas histórias contadas por pessoas que atuam em várias áreas da vida, inclusive cientistas, e contém relatos de sonhos premonitórios que podem ser muito úteis para pessoas que já viveram esse tipo de experiência e ficaram sem entender o que estava se passando com elas, fazendo com que se sentissem sozinhas, ou até anormais.

O The Premonition Code também fornece informações que levam a alcançar um entendimento sobre várias questões como:

  • Como o futuro influencia o passado?
  • O futuro pode ser mudado através da vontade e da intenção no presente?
  • O que realmente é o tempo?
  • Por que alguns aspectos das premonições parecem dar certo e outros não?
  • Como agir quando a premonição envolve um desastre ou crime?

O foco principal deste livro é motivar aqueles que costumam ter premonições a aceitarem e lidarem melhor com essa capacidade.

O que diz a ciência em relação à premonição?

Como a premonição é algo difícil de mensurar, no sentido físico, os cientistas têm buscado entender esse fenômeno através da física quântica.

Por conta desse contexto, alguns cientistas afirmam que só a física quântica poderia ser usada para explicar as manifestações dos fenômenos paranormais, entre os quais, a premonição. Entretanto, há cientistas mais céticos que não concordam com esta afirmação.

Uma das evidências que pode ser uma pista para o fenômeno da premonição vem da física quântica e diz respeito ao emaranhamento quântico, apelidado de “ação fantasmagórica à distância” por Albert Einstein e que descreve o fenômeno de duas partículas espacialmente separadas, porém que influenciam uma à outra, mesmo à distância.

O que é o emaranhamento quântico?

De acordo com os cientistas:

 O entrelaçamento ou emaranhamento quântico é um fenômeno no qual duas partículas quânticas interagem de tal forma que se tornam profundamente ligadas e “compartilham” uma existência.

Isto significa que o que acontece com uma partícula vai diretamente e imediatamente afetar a outra, mesmo se elas estiverem a muitos anos-luz de distância.

Premonição – faculdade extrassensorial

Para os cientistas, a premonição é definida com o nome científico de precognição e diz respeito ao conhecimento ou percepção do futuro, obtido por meios extrassensoriais.

O parapsicólogo Dean Radin, autor de Mentes Emaranhadas: Experiências Extrassensoriais em uma Realidade Quântica, acredita que o cérebro humano pode ter propriedades quânticas.

Segundo Dean Radin a premonição é algo natural do ser humano e, por isso, a considera algo normal e não paranormal.

Já o biólogo e parapsicólogo Rupert Sheldrake, em suas pesquisas desenvolveu o conceito da “ressonância mórfica, que tem como fundamento as interconexões entre os indivíduos.

Em um de seus artigos científicos referentes à ressonância mórfica, ele lançou a hipótese do campo mórfico propondo que as mentes são sistemas de campos localizados dentro dos cérebros, mas que também se estendem muito além deles.

Esses fundamentos trazem indícios de que a premonição é “simplesmente” uma faculdade do ser humano.

A explicação que está além da lógica

Levando todas as informações acima, deu para perceber que nem todo fenômeno que ocorre com o ser humano pode ser explicado pela lógica cartesiana?

De repente, a explicação mais coerente sobre a existência da premonição é a de que existem fenômenos que apenas podem ser experimentados, comprovados e compreendidos pela alma, sem que haja uma explicação cientifica para isso.

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Deise Aur

Professora, alfabetizadora, formada em História pela Universidade Santa Cecília, tem o blog A Vida nos Fala e escreve para greenMe desde 2017.


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