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Sabe aquela expressão “pensar fora da caixa”? Esse ditado vai contra a normose, um mal que vem afetando a humanidade. Vamos entender!
O termo normose define tudo aquilo que as pessoas fazem para se moldar e se espremerem dentro das caixas que não lhes cabem, e que, mesmo assim, dão um jeito de caber para não se sentirem excluídas e não pertencentes, ainda que isto custe a anulação da essência delas.
Nesse contexto, quando a pessoa deixa de ser ela mesma para viver valores e uma natureza que nada tem a ver com a dela, vem o vazio, a angústia e a depressão. É como querer que um pássaro nade, porque a maioria nada.
A normose tem-se tornado uma doença, porque a maioria das pessoas tem sido manipulada e obrigada a seguir padrões que ferem quem elas são, e com isso elas acabam ficando doentes.
Ao longo de nossa história, a humanidade vem sendo sempre afetada pela normose.
Veja alguns exemplos de situações que foram consideradas normais em várias fases da história humana, e que agora são crimes na maioria dos países. Infelizmente, algumas destas situações ainda são normais em algumas localidades.
O conceito de normose foi usado inicialmente pelo filósofo, psicólogo e teólogo francês Jean-Yves Leloup e também pelo psicólogo e antropólogo brasileiro Roberto Crema na década de 1980.
Na ocasião, eles vinham se aprofundando nesta questão, de forma separada, até quando o psicólogo francês Pierre Weil, tomou conhecimento do trabalho deles e resolveu propor uma parceria, da qual resultou o livro Normosis: A Patologia da Normalidade.
O conceito normose é formado pela junção “normal” mais o sufixo “ose”, que significa “processo doente” , fazendo referência à anormalidade da normalidade, ou seja, quando ser normal se torna uma patologia.
O estado da normose é alimentado pela crença que é dever seguir os padrões, normas, comportamentos, atitudes e hábitos dotados de consenso social, ou seja, do coletivo, mesmo que não estejam alinhados com a natureza intrínseca de uma pessoa e sejam prejudiciais à ela.
Um dos pensamentos que o filósofo Jiddu Krishnamurti deixou é:
“Não é sinal de saúde estar bem adaptado à uma sociedade doente.”
Esse pensamento vem de encontro com um dos efeitos da normose que é o de se adaptar à uma humanidade doentia.
Assim, o ser humano passa uma existência seguindo normas e regras, podando-se de desenvolver seu potencial para viver em concordância com uma normalidade, que na realidade para ele é anormal, porque o leva à estagnação e ao aprisionamento de sua alma.
Apesar da sociedade ter avançando em certos aspectos, ainda hoje podemos ver novas formas de normose, como por exemplo:
Infelizmente, a maioria dos sistemas educacionais produzem indivíduos autômatos, tolhidos da criatividade e da originalidade intrínseca a eles, impedindo-os de avançar naquilo que poderiam ser de melhores.
O ensino educacional padrão aumenta a normose, pois faz com que o ser humano deixe de explorar seus próprios talentos e desenvolva o seu verdadeiro potencial.
As redes sociais e o algoritmo baseado em likes, compartilhamentos e views, têm intensificado a normose na sociedade.
Por isso, vemos as mesmas dancinhas e dublagens, pessoas imitando e vivendo a vida das celebridades através de seus stories e se despersonificando porque não consegue ser elas mesmas,
O mesmo se pode dizer sobre a moda. É tudo padronizado, da roupa ao estilo de vida, de corpo e de gosto.
Este vídeo do canal Normose fala mais sobre esse conceito e esclarece o porquê de o normal ter se tornado uma doença para a humanidade:
Ser aquilo que não condiz com quem realmente somos, gera limitação, frustração e paralisação. Por isso, é tão comum ver pessoas sofrendo de depressão, síndromes psicológicas e vícios, ou se isolando para se preservar da manipulação e do controle social.
O mal não está em seguir o que é considerado normal pela sociedade, mas está na exclusão e marginalização que existe quando não se segue o que é taxado como normal, provocando servidão e alienação.
A normose que impera na humanidade contribuiu para o surgimento da pandemia por várias razões, como por exemplo:
Raul Seixas compôs e cantou:
“Enquanto você se esforça pra ser
Um sujeito normal e fazer tudo igual
Eu do meu lado aprendendo a ser louco
Um maluco total, na loucura real
Controlando a minha maluquez
Misturada com minha lucidez”
Para transcender a normose é preciso lucidez para perceber o que está por trás das aparências, das normas de conduta, dos jogos e estratégias sociais, da publicidade e dos acontecimentos que levam uma minoria a controlar a maioria.
É preciso em determinados instantes “ver o mundo do lado de fora” para enxergar como de fato é e a realidade que envolve a existência.
Você já fez isso?
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