Índice
O ser humano se tornou tão complexo e confuso, que hoje em dia tem fobia para tudo, como é o caso da Filofobia, ou seja, fobia de amar.
Essa fobia vem se tornando algo comum no mundo contemporâneo, por isso, este conteúdo vem para explicar o que é, quais são as causas e os sintomas da Filofobia, além de outras informações.
“Philos” em grego significa amor e amizade.
“Fobos” do grego significa fobia ou medo.
A Filofobia é um traço psicológico que se manifesta através do medo de se apaixonar e de amar.
Essa fobia prejudica a capacidade de uma pessoa ter relacionamentos afetivos significativos e profundos, por isso, o filofóbico não consegue desenvolver vínculos e relacionamentos de amor.
As causas que podem levar ao surgimento e ao desenvolvimento da Filofobia podem ser:
Além das causas acima, outra causa possível é o Transtorno de Apego Reativo.
O Transtornos de Apego Reativo é caracterizado por grande dificuldade em formar vínculos sociais saudáveis devido à:
Esse transtorno leva à carência emocional e à dificuldade de se relacionar de forma equilibrada, e pode ser de 2 tipos:
Transtorno de Engajamento Social Desinibido
Que faz a pessoa valorizar mais estranhos do que os familiares, ficando sujeita a riscos por se envolver com desconhecidos.
Transtorno de Engajamento Inibido
Que leva o indivíduo a evitar envolvimento com os familiares e se esquivar da família, cuidadores e pessoas próximas.
Leia também:
Alguns contextos podem representar fatores de risco e propensão para a Filofonia:
Conviver com um familiar que teve filofobia pode levar a desenvolver essa fobia.
Pesquisas sinalizam que fobias podem ter origem hereditária.
Ter outras fobias podem criar um terreno psicológico fértil para desenvolver a Filofobia.
Como por exemplo:
Basicamente, a Filofobia se manifesta através do medo do amor.
Esse medo de amar gera diversos sintomas e contextos adversos, como:
Inclusive, uma pessoa que sofre desse transtorno pode manifestar sintomas físicos como:
A pessoa com Filofobia cria um mecanismo de defesa psicológico para se proteger de envolver-se sentimentalmente e ter um relacionamento de amor.
Para tal, ela não se permite desenvolver sentimentos amorosos por alguém.
A Filofobia serve como um mecanismo inconsciente de evitar o risco de sofrer uma mágoa ou dor amorosa, como ocorreu em um relacionamento no passado ou por algum outro motivo.
Geralmente, o filofóbico não se percebe como uma pessoa arredia, que evita se envolver. Muitas vezes são os parceiros que reclamam e, aqueles que estão mais dispostos a aceitarem a crítica, são mais propensos a buscarem ajuda.
Além dos sintomas emocionais e físicos, a Filofobia pode trazer outros transtornos:
O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM), da Associação Psiquiátrica Americana, tem sido utilizado por profissionais de saúde mental, como parâmetro para diagnosticar distúrbios de fobia, com base nos sintomas e em como estes impactam a qualidade de vida do paciente.
Com base no DSM, os profissionais de saúde mental podem usar os seguintes critérios para diagnosticar a Filofobia:
Existem formas de tratar esse transtorno, como por exemplo:
Essa forma de psicoterapia (terapia da conversa) ajuda a reconhecer ea identificar pensamentos e comportamentos que fazem a pessoa ter medo do amor e aprender a lidar com as causas e sintomas dessa fobia
Essa terapia pode ajudar mais de 90% das pessoas que têm distúrbios fóbicos específicos, e atua com:
Esse tipo de psicoterapia contribui para o indivíduo tomar consciência de si e da existência à sua volta.
Essa terapia se vale das práticas e dos ensinamentos do Budismo em conjunto com práticas clínicas da psicologia convencional.
Neste vídeo do seu canal, a psiquiatra Dra. Ana Beatriz Barbosa e o psicólogo Dr. Alex Rocha conversam sobre a Filofobia destacando:
Luiz Felipe Pondé comenta o porquê de as pessoas sentirem medo de amar, contextualizando esse medo com a nossa cultura e a sociedade contemporânea.
O psicólogo Marcos Lacerda revela 4 sinais de pessoas que têm medo de amar. Interessante a correção que ele faz: o medo não é de amar, e sim, de sofrer. Amar é humano e pessoas que parecem ter um coração de gelo, na verdade o têm de cristal:
Uma das funções de nossa mente é o de preservação. Por isso, a mente antecipa possíveis danos e prejuízos, a fim de evitar dores à nossa existência.
Graças a esse mecanismo de proteção e defesa desempenhado pela mente, o ser humano tem evoluído e vem superando muitos desafios ao longo da história. Entretanto, quando esse mecanismo passa a ser movido pelo medo doentio, ele se torna uma “arma” em vez de ser uma proteção.
O medo irracional do amor causa sofrimento físico e ou mental e impede o ser humano de desenvolver a capacidade de se relacionar e viver de forma equilibrada.
Sem se relacionar, o ser humano deixa de viver sua natureza essencial que é ser amor! Quem não se envolve não se desenvolve.
Fontes:
Para mais conteúdos sobre transtornos psicológicos, consulte:
20 transtornos mentais representados por incríveis ilustrações
O que é a Síndrome de Alice no País das Maravilhas?
Disposofobia: compulsão e mania de guardar e acumular coisas
Sinais de que você está lidando com um narcisista e como fugir dele
Transtorno Bipolar pode ter tudo a ver com a Vitamina D
Transtorno Dismórfico Corporal: o que é, sintomas, tratamento e prevenção
Síndrome de Burnout: quando o cansaço profissional vira doença
Ciúme excessivo tem nome: Síndrome de Otelo
Síndrome de Gabriela: eu nasci assim, vou ser sempre assim
Síndrome do Don Juan, sedutor mentiroso e compulsivo. Reconheça e fuja dele
Síndrome de Borderline; O que é, Como Lidar, Causas, Sintomas e Tratamentos
Categorias: Saúde e bem-estar
ASSINE NOSSA NEWSLETTER