Endorfina: o que é e como produzi-la naturalmente


Sabe aquela sensação de tranquilidade e leveza que vem após ouvirmos uma música, dançarmos ou fazermos uma atividade física que gostamos?

Pois é, essa sensação tem a ver com a endorfina, hormônio utilizado como meio de comunicação dentro do sistema nervoso, para promover essa sensação em nós.

O termo endorfina é a contração das palavras endógeno + morfina (“endo” = interno e “morfina”  = analgésico).

Essa denominação já traduz uma das importantes funções da endorfina, que é a de atuar como analgésico natural do corpo.

O que é Endorfina

Presente em humanos e em outros animais, a endorfina é uma substância produzida pelo próprio organismo – no cérebro pela glândula hipófise – e utilizada pelos neurônios (neurotransmissores) como uma espécie de mensageira da sensação de bem-estar.

A ação desse hormônio é semelhante a um analgésico, porém sem causar efeitos colaterais. Dessa forma, a endorfina age como um remédio natural contra dor, mas também promove alívio, sensação de bem-estar e felicidade.

Funções

A endorfina tem como principais funções:

  • manter o equilíbrio do apetite e do sistema gastrointestinal
  • realizar termorregulação do corpo
  • promover a regulação saudável do sono
  • regular o ciclo menstrual
  • atuar na secreção de outros hormônios como prolactina e cortisol, entre outros

Benefícios

Dentre os benefícios que a endorfina traz para o corpo e mente, temos:

  • bom funcionamento do sistema nervoso central
  • equilíbrio emocional e mental
  • calma, confiança e satisfação
  • disposição física
  • ativação da memória
  • melhora do humor
  • redução do estresse e ansiedade
  • fortalecimento da resistência física e do sistema imunológico
  • aceleração da recuperação das lesões dos vasos sanguíneos
  • combate ao envelhecimento, por eliminar os radicais livres
  • amenização da dor
  • maior concentração
  • melhor qualidade de vida

Como estimular a produção e a liberação da endorfina

Fatores externos cooperam para a produção e a liberação da endorfina.

Existem várias formas de estimular esse hormônio, como por exemplo:

  • fazer atividade física
  • terapias como aromaterapia, acupuntura e massagem corporal
  • ouvir música agradável ou se tratar com musicoterapia
  • sorrir e dar risada
  • assistir filmes que promovam emoções de alegria, ternura ou empatia
  • contato com a Natureza
  • conviver e brincar com animais
  • contemplar um bebê
  • passear em lugares leves e calmos como bosques, campo, montanha ou à beira-mar
  • fazer yoga 
  • meditação
  • dar e receber carinho e carícias
  • dançar ritmos que proporcionem bem-estar e ânimo
  • banho de água morna ou sauna
  • tomar Sol agradável
  • cultivar amigos e ter amizades saudáveis
  • fazer trabalhos voluntários que trazem satisfação
  • paquerar, namorar, apaixonar-se

Alimentos que promovem a produção de endorfina

Estudos científicos comprovam que a alimentação também tem um importante papel na produção da endorfina pelo organismo. Por exemplo, alguns alimentos que contribuem especialmente para isso são:

Pimentas

Pimentas são fontes de capsaicina, a substância que confere o sabor picante a elas, e que além disso, estimula o cérebro a produzir endorfina. Por isso, pimentas têm efeito analgésico.

não pode se empolgar para não fazer mal, pois, em excesso, pimentas podem causar intoxicação.

Uma maneira de consumir pimenta nas refeições é através da conserva.

Para saber como se faz conserva de pimentas, consulte o conteúdo:

Frutas cítricas

Frutas cítricas, como laranja, toranja, limão e acerola têm alto teor de vitamina C.

Estudos indicam que altas doses de vitamina C podem aumentar a liberação de endorfinas. Portanto, incluir frutas cítricas no cardápio alimentar é uma boa forma de melhorar o humor e a disposição do corpo.

Para isso, você pode consumir frutas cítricas in natura, em sucos, saladas de frutas e vitaminas.

Cereais

Os cereais integrais são fonte de vitaminas do complexo B, como vitamina B6,  B1 (tiamina) e  B3 (niacina).

Por conter essas vitaminas, os cereais contribuem para a saúde e o equilíbrio do sistema nervoso, que por sua vez está associado à ação benéfica das endorfinas e outros hormônios, como a serotonina e a dopamina.

Alguns exemplos de cereais integrais são:

  • aveia
  • trigo sarraceno
  • quinoa
  • arroz integral
  • quinoa
  • cevada, entre outros

Banana

A banana, entre outros nutrientes, contém vitaminas B, C e triptofano e ajuda a aumentar a liberação de endorfina no corpo, o que é muito bom para melhorar o humor.

A vantagem da banana é que é um fruto bem acessível, mais barato e popular, que dá para consumir de várias maneiras, como:

Oleaginosas

Nozes, castanhas, pistache, amendoim e amêndoas fazem parte das oleaginosas, que contêm gorduras saudáveis, que cooperam para ajudar na produção dos hormônios do bem-estar integral.

Para incluir as oleaginosas na alimentação do dia a dia, você pode utilizá-las das seguintes formas:

Abacate

O abacate é uma fruta que também possui boa concentração de gorduras boas, contribuindo para o processo de produção e liberação de endorfina no corpo.

As gorduras saudáveis do abacate ajudam a combater o estresse, a depressão e a ansiedade.

Você pode consumir o abacate de várias formas:

  • in natura
  • saladas salgadas ou com frutas
  • sorvetes caseiros
  • vitaminas
  • amassada
  • pastas
  • pesto
  • guacamole
  • mousse
  • sopa crudívora
  • brigadeiro
  • trufa
  • creme
  • salada verde
  • maionese

Veja alguns desses empregos culinários do abacate neste conteúdo:

Chocolate meio amargo

O chocolate meio-amargo (com alto teor de cacau, sem leite e menos açúcar) é mais puro e contém também maior concentração de triptofano.

Além disso, os nutrientes contidos nesse alimento ajuda a aumentar a produção de endorfina.

Esse alimento também aumenta a produção de serotonina e dopamina, que agem como antidepressivos naturais.

Entretanto, é importante salientar, que conforme pesquisa científica, o tempo de duração do efeito estimulante do chocolate, que causa sensação de bem-estar, dura muito somente 3 minutos.

Nesse contexto, a melhor forma de aproveitar os benefícios desse alimento é consumi-lo de forma gradativa e não de uma vez, ou seja, em pequenas quantidades durante o dia.

Consumindo o chocolate dessa forma, você estará prolongando o nível de endorfina no organismo e evitando o aumento da glicose, por conta do açúcar contido nele.

Se comer chocolate já era bom, imagine agora, não é mesmo? Por isso, que tal fazer chocolate caseiro com ingredientes saudáveis e sem aditivos químicos e além de tudo cruelty-free (sem ingrediente de origem animal)?

Veja as receitas neste conteúdo:

Sementes de abóbora

As sementes de abóbora são também fontes de triptofano (aminoácido precursor da serotonina e da melatonina, outros hormônios ligados ao bem-estar). Seus nutrientes cooperam para melhorar os níveis de endorfina no organismo.

Essas sementes contêm vitaminas A, E e do complexo B, minerais como o ferro e nutrientes antioxidantes.

Sendo assim, vale muito a pena incluir as sementes de abóbora na alimentação como, por exemplo em:

  • aperitivos
  • no lanche
  • na salada 
  • como ingredientes no preparo de pães
  • misturada com outra sementes no preparo de granolas 

Sintomas da deficiência de endorfina

A deficiência de endorfina pode gerar vários transtornos como:

  • oscilação emocional
  • falta de motivação e ânimo
  • depressão
  • ansiedade
  • mau humor
  • dores no corpo
  • vícios e compulsões
  • dificuldade em dormir

Outros hormônios parceiros da endorfina

O estado de bem-estar, alegria, otimismo, motivação e felicidade está atrelado aos hormônios que são produzidos e liberados em nosso corpo.

A forma como cuidamos de nossa saúde interfere na produção dessas substâncias químicas, responsáveis por promover equilíbrio físico, emocional e mental.

Para existir esse equilíbrio, o corpo precisa principalmente da ação de 4 hormônios, os chamados hormônios da felicidade:

  • Endorfina– que promove resistência à dor
  • Dopamina– responsável pela sensação de prazer e pelo estado de satisfação
  • Ocitocina– que estimula a afetividade e a empatia
  • Serotonina-fortalece o ânimo e traz calma

Quando estes hormônios estão em falta ou em desequilíbrio aparecem transtornos, como:

  • cansaço
  • desânimo
  • irritação
  • ansiedade
  • depressão, entre outros

Saiba mais sobre esses hormônios em:

Com base nessas informações, podemos concluir que o estado de felicidade depende mais de como gerenciamos nosso corpo, do que dos estímulos externos.

Por isso, é imprescindível conhecer mais sobre o funcionamento de nosso corpo, a fim de cuidar melhor dele.

A busca pela felicidade pode ser muito mais simples do que imaginamos.

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Deise Aur

Professora, alfabetizadora, formada em História pela Universidade Santa Cecília, tem o blog A Vida nos Fala e escreve para greenMe desde 2017.


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