Itatiba: animais em condições precárias são leiloados em festa religiosa


O ativista vegano e defensor dos animais, Fabio Chaves, recebeu denúncias de protetores de animais de Itatiba-SP sobre filhotes de patos e porcos sendo leiloados na rua, mantidos por horas em condições precárias no último dia 08, em frente a um órgão municipal.

O leilão foi um evento que fez parte dos festejos religiosos dedicados à Nossa Senhora de Aparecida, organizados por uma paróquia local.

Fábio Chaves noticiou sobre esse fato em seu portal vegano Vista-se e também em seu canal no Youtube.

O vídeo abaixo mostra como estes animais são leiloados na rua, e a agonia e pavor a que são submetidos:

Mobilização contra o leilão de animais

Os ativistas entraram em contato com a prefeitura de Itatiba, que respondeu que não teve participação neste ato.

Pelas imagens mostradas no vídeo, este tipo de prática envolve crueldade e desrespeito à vida animal e ainda é realizada sem regulamentação, controle e supervisão, colocando em risco a saúde dos animais e também a pública.

Fabio Chaves e os ativistas de Itatiba pedem que enviemos mensagens, de forma respeitosa, para o Instagram do prefeito de Itatiba com a finalidade de que esse tipo de prática não se repita.

A página do prefeito é essa -> Thomas Capeletto Oliveira

Práticas cruéis tidas como culturais

Em nosso país existe um condicionamento cultural muito antigo, que trata o leilão ou comércio popular de animais de criação como algo corriqueiro e normal, desconsiderando que são seres sencientes e não objetos e coisas.

Essa prática se tornou algo banal para consumidores de carne, grandes pecuaristas, fazendeiros, sitiantes, chacareiros grandes e pequenos criadores rurais.

Nesse contexto, vacas, porcos, cabras e galinhas e também outros animais de roças são vendidos vivos ou abatidos, oferecidos vivos como prêmios de rifas e bingos, ou leiloados em praças ou ruas.

Em muito casos, estes animais sofrem com o confinamento, pelas más condições de transporte, por passarem calor, estresse, fome e sede, enquanto ficam expostos para serem comercializados, sorteados ou vendidos.

Para piorar, na maioria das vezes, após serem comprados ou arrematados em leilão, sorteados em rifas e premiados em bingos, eles são abatidos e esquartejados para serem servidos em comemorações e festejos, inclusive religiosos, em banquetes, churrascos ou ceias.

A história se repete o ano inteiro. Tudo é justificativa para comemorar com sangue de animais:

  • Festas Junina
  • Páscoa
  • Natal
  • outras datas, festejos e comemorações

É possível comemorar estas datas sem matança animal. Saiba como em:

Infelizmente, matar animais para festejos e consumo é visto como algo banal e até pessoas famosas, influentes e ricas incentivam este tipo de ato, mesmo porque, muitas destas pessoas possuem grandes fazendas de pecuária.

Enquanto criar animais para o abate for considerado uma prática corriqueira, fatos especistas como esse de Itatiba continuarão ocorrendo.

É preciso que as pessoas mudem esse tipo de mentalidade e vejam os animais como seres que sentem dor, privação e sofrem sem poder falar.

A intenção desse conteúdo é alertar e conscientizar sobre isso.

Ainda há tempo de avançarmos e exercer nossa fraternidade e humanidade a todos os animais e seres vivos do planeta!

Fontes:

Saiba mais sobre os prejuízos da criação de animais para abate, em:

Dia Mundial dos Animais: Por que uns a gente ama, outros a gente come?

Diga NÃO ao PL do Autocontrole que favorece o aumento da crueldade nos matadouros

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Deise Aur

Professora, alfabetizadora, formada em História pela Universidade Santa Cecília, tem o blog A Vida nos Fala e escreve para greenMe desde 2017.


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