Ghosting ou Curving: o que é pior? Sumir ou enrolar a pessoa?


Nem Jesus na causa dos relacionamentos modernos! É uma queda de braço o tempo inteiro que leva as pessoas a um final horrível, onde ninguém ganha nada e a maioria sai cansado, muitas vezes traumatizado. Se você acha que não existe nada pior que, depois de tanto jogo ainda levar um Ghosting na cara (o antigo “saiu pra comprar cigarro e não voltou”) é porque você não conhece o Curving.

Depois do Ghosting , Haunting, Benching e Phubbing, outros termos surgiram no novo glossário moderno do amor (ou melhor, do desamor).

São eles:

  • Breadcrumbing (as famosas migalhas de pão: conquistar com o mínimo esforço)
  • Paperclipping (uma espécie de marcar território: a pessoa coleciona contatinhos superficiais com os quais ela não quer se aprofundar, mas ao mesmo tempo não larga o osso)
  • Stashing (significa esconderijo: quando a pessoa propositadamente não te apresenta aos amigos e família).
  • e o Curving, do qual iremos falar aqui agora.

O que é pior?

São tantos os comportamentos nocivos e tóxicos que as pessoas estão adotando em seus relacionamentos, que… socorro! Cada vez mais pessoas decidem fechar seus corações a sete chaves. Assim, nascem fenômenos como os mgtows e os redpills do lado dos homens, e do feminismo tóxico do lado das mulheres. Resumindo, guerra dos sexos: homens que odeiam mulheres e vice-versa.

Mas vamos lá…

Ghosting ou Curving?

Para quem ainda não sabe, Ghosting é um dos comportamentos mais horrorosos que um ser humano pode ter com relação ao outro. O termo está para fantasma (em inglês) e significa sumir sem deixar rastro, explicação ou consideração.

Mas pior que o Ghosting temos agora o Curving.

O termo foi escrito pela primeira vez por Brittany Cox no Thought Catalog em 2017.

O Curving é um parente do Ghosting, mas é um desaparecer aos poucos, ou seja, não da forma abrupta que caracteriza o fantasma.

É o famoso e antigo cozinhar no banho-maria. Os praticantes do Curving não bloqueiam nem somem, eles até respondem mensagens, mas apenas quando querem, depois de horas, semanas e até meses. As respostas são sempre vagas mas educadas e nunca diretas e objetivas, pois a intenção é enrolar, e não bloquear ou sumir.

Assim, convites para sair, por exemplo, são respondidos com “sim, vamos marcar de marcar” e coisas do gênero.

Parece tudo a mesma M… (de manipulação)

Sim, de fato, esses comportamentos se parecem todos. O Curving é uma espécie de Paperclipping porém passivo. Também tem um termo parecido que é Benching que significa ser deixado no banco de reserva.

Todos estes comportamentos – não precisa ser psicólogo ou psicanalista para perceber – são típicos de pessoas imaturas, com baixa autoestima e, sobretudo, egoístas, com zero responsabilidade afetiva.

Sumir do nada sem deixar rastro é horrível, mas enrolar e deixar de molho, ou cozinhar no banho-maria, é tão ruim ou pior.

Por que as pessoas não falam logo o que elas sentem e param de criar falsas ilusões e expectativas nos outros?

Simples: porque (1) elas não sabem nem elas mesmas o que querem; e (2) elas gostam de confete e serpentina tamanha baixa autoestima que têm.

Deus nos livre desses comportamentos. Amar é importante, relações são importantes mas nesses termos… é melhor estar sozinho do que mal acompanhado. Vamos tentar elevar nossa capacidade relacional, pessoal. Não somos assim tão inanimados… ou somos?

Talvez te interesse ler também:

Manipulação afetiva, emocional: o que é e como reconhecer

6 Necessidades humanas que se não satisfeitas, causam transtornos psicológicos

E se a pessoa tóxica for você? Como saber?

Por que sentimos fome de pele e temos vontade de abraços?

Remédio grátis e eficaz para combater ânsia e depressão

Querer agradar demais aos outros tem nome: People Pleaser




Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


ASSINE NOSSA NEWSLETTER

Compartilhe suas ideias! Deixe um comentário...