O que é feminismo tóxico: um movimento que faz mal a todos


Mulheres que odeiam homens. Mulheres que não entendem nada de mulheres. Mulheres que odeiam a família, a maternidade, que pregam pela libertinagem: este é o resumo do feminismo tóxico.

A palavra tóxico está na boca do povo: é alimento tóxico, relacionamento tóxico, produtos tóxicos, tudo é tóxico! Mas de feminismo tóxico ainda pouco se fala por medo de parecer machista. Porém, com o advento da MC Pipokinha e outros fenômenos que surfam na onda da Anitta, devagar esse movimento tem tudo para ser derrubado, afinal, muitas mulheres não querem ser colocadas no mesmo balaio de todos os feminismos que existem.

Mas vamos separar as ideias.

Os feminismos

O feminismo é um movimento que nasceu no final do século XIX, início do século XX, como uma  reivindicação feminina pela participação política, direito ao voto, etc (é o feminismo raiz, como alguns chamam).  Depois as mulheres passaram a lutar pelas igualdades jurídica e social. Até aí, lutas mais do que legítimas, muitas das quais já conquistadas e que sequer são ainda objeto de discussão, embora seja verdade que a participação feminina na politica, por exemplo, ainda seja muito inferior ao homem.

Enquanto a luta pela igualdade de direito continua, chegou o feminismo atual que é um movimento marcado por ressentimento, como se houvesse uma necessidade de vingança feminina pelos anos vividos sob os desmandos do patriarcado. É esse o movimento que chamamos de feminismo tóxico.

O feminismo vingativo, tóxico, é o ódio aos homens, à família, ao papel da mulher mãe, dona de casa. E é um movimento do “meu corpo minhas regras” e da liberdade sexual nos moldes da Revolução Sexual dos anos 1960 e 1970.

Liberdade (ou libertinagem) sexual?

Aos homens sempre foi permitido, e até enaltecido, o comportamento sexual promíscuo, enquanto as mulheres que se aventurassem nesse mesmo tipo de comportamento eram rechaçadas, malvistas, malfaladas e ficavam à margem da sociedade. O feminismo quis corrigir essas aberrações. Errado? Não!

De fato, homens e mulheres têm o direito ao próprio corpo. A única regra é a do respeito ao outro: Não é Não! O importante nesse jogo é o consentimento de todas as partes envolvidas. Mas o feminismo tóxico meteu os pés pelas mãos quando quis se igualar ao homem no pior do seu comportamento. Um exemplo? A MC Pipokinha.

A moça faz coreografias violentas no palco no estilo, agora viramos o jogo e seremos nós, mulheres,  no comando da situação. Nós violentaremos, nós comandaremos, nós somos superiores.

Mas isso não tem nada a ver com feminismo – alguns dirão – mas tem sim! Tem porque Anitta, MC Pipokinha e outras mulheres “empoderadas” pregam um comportamento do tipo “eu tô pagando”. Elas misturaram o que o patriarcado tem de pior – que é a crença de quem paga, manda – com a libertinagem sexual, um direito de todos.

Sim, é direito da mulher andar por aí seminua e não ser violentada. É claro que não existe a desculpa da roupa (ou do comportamento) da vítima. Mas precisamos ser honestos e entender que a vestimenta é sim uma forma de comunicação. Por que raios as mulheres querem se apresentar nuas e com comportamentos libidinosos se elas não querem ser objeto de desejo masculino?

Anitta e Pipokinha são mulheres que ganham seus dinheiros e se gabam disso, se veem no direito de fazerem o que quiserem, e o pior, é que são vistas como mulheres poderosas, donas de si, etc. Quem paga o pato são as mulheres normais que não têm o aparato de segurança que essas artistas têm, segurança, aliás, formada por homens.

Pode parecer machista falar que as mulheres não têm o direito de se despirem por aí. E não é que elas não têm esse direito: é que elas devem arcar com as consequências desse comportamento.

O dinheiro acima de tudo

Sucesso é ter dinheiro e isso está acima de qualquer discussão. Ainda bem que a fala da MC Pipokinha sobre ganhar 70 mil contra os 5 mil de uma professora viralizou e pegou mal. A moça está sendo cancelada mas a sua colega de trabalho, Anitta, mais famosa e poderosa, continua vendendo a imagem da mulher rica que dispõe do seu corpo ao seu bel-prazer, igualzinho os homens fizeram conosco.

Não temos que nos igualar aos homens. Não somos iguais a eles, embora no feminismo tóxico também entre o discurso do “gênero socialmente construído e da biologia não define sexo”. Esse pensamento é o libera geral comportamental mas, infelizmente, no pior da sua potencialidade porque se os homens são promíscuos, o problema é deles. Em vez de tentarem mudar isso com amor e recusa à objetificação dos corpos, as feministas tóxicas vão lá e fazem igual: vingança!

Por fim e não menos importante: a feminista tóxica é aquela que odeia a família, porque a família é a prisão da mulher, a maternidade é uma obrigação a ser abolida, ser dona de casa é escravidão pura, como se trabalhar fora fosse as mil maravilhas, como se toda mulher quisesse ser promíscua e sair por aí nua e dizendo Não é Não.

O masculinismo tóxico

Para combater o feminismo tóxico, o homem foi lá e criou a Red Pill, ou seja, a pílula vermelha da misoginia que recusa tudo isso aí.

E a guerra está montada! Todos se odeiam. O feminismo tóxico (assim como o masculinismo tóxico) faz mal a todos.

E como se combate a toxidade? Só o amor salva! Mas disso ninguém mais fala, só se for poliamor!

Será que você é feminista tóxica? Faça o teste!

  1. Você acha que todo homem não presta
  2. Você boicota os homens ao máximo que puder
  3. Você acha que família é escravidão
  4. Você acha que maternidade é uma obrigação social a ser derrubada
  5. Você acha que todo homem é um estuprador potencial
  6. Você odeia os homens
  7. Você quer usar os homens, não pretende ter relação de amor com eles
  8. Você acha que pode e deve sensualizar com roupas e comportamentos, e que os homens não devem entender isso como paquera e sim como um comportamento natural da mulher
  9. Você acha que as mulheres são superiores aos homens
  10. Você acha que os homens devem pagar pelos anos de patriarcado que exerceram sobre as mulheres.

Conte os pontos (1 para cada pergunta) e se autoavalie. Feminismo raiz é a luta pela igualdade de direitos. Não é crença em gênero superior e não é ódio aos homens. Pense nisso!

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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