Estudo publicado na Science revela onde pandemia Covid começou


Conspiradores, vax, novax, tarados por vacina ou negacionistas: vocês saberiam me dizer onde começou a pandemia Covid-19? Muitos saberão: na China. Mas a resposta não é tão óbvia assim. Agora um novo estudo revela a origem do inferno que vivemos.

Bom, antes de falar do estudo vamos relembrar que o SARS-CoV-2 foi chamado de vírus chinês pelos americanos, e de vírus americano pelos chineses. Um país acusava o outro de ter espalhado o vírus pelo mundo, causando a pandemia:

E a OMS que conseguiu colocar os pés na blindada China para investigar a origem da pandemia, saiu de lá dizendo: só sei que nada sei:

Nesse toma-lá-dá-cá, a China ia se complicando por causa de seu comportamento nada democrático com seu povo. Quem abriu a boca foi silenciado, como todos sabem, inclusive o primeiro médico que advertiu que uma pneumonia estranha estava no ar:

Mais de 2 anos passados, agora um novo estudo diz ter descoberto a origem do vírus que fez o mundo parar, obrigou pessoas a se vacinarem, causou recessão econômica e tentou mudar o jeito das pessoas viverem e trabalharem, prezando sempre pela distância:

O primeiro caso

Em novembro do ano passado, um estudo publicado na Science, pelo biólogo evolutivo canadense Michael Worobey, da Universidade do Arizona em Tucson (Estados Unidos) identificou o primeiro caso confirmado de Covid-19: uma mulher que vendia frutos do mar no famigerado mercado de horrores de Wuhan, conhecido na pandemia por vender animais vivos como carne fresca.

A origem do vírus

Depois da primeira descoberta, uma nova pesquisa continuou a seguir a investigação, determinando que não apenas o mercado de animais vivos foi o epicentro dos primeiros casos, como também descobriu a área específica do mercado na qual o patógeno pandêmico se espalhou dos animais para os humanos.

Os primeiros casos de Covid foram todos associados ao lado sudoeste do mercado de Wuhan, onde havia entre 10 e 15 barracas que vendiam animais vivos (mamíferos). Dali teria ocorrido o famoso spillover, ou seja, o salto da espécie.

A nova pesquisa, que também foi publicada pela Science, foi conduzida por uma equipe internacional de cientistas dos Estados Unidos, Reino Unido, Austrália, Canadá e outros países.

Os cientistas chegaram às suas conclusões depois de terem feito uma profunda análise espacial e ambiental usando várias ferramentas (incluindo relatórios de redes sociais), graças às quais foi possível associar todos os primeiros casos ao mercado de Wuhan.

Os pesquisadores descartaram a aleatoriedade dos casos, devido à associação estatística muito forte entre infecções e mercado: 66% das pessoas hospitalizadas até janeiro de 2020 tinham uma ligação direta com o mercado.

Os pesquisadores mapearam as áreas onde as amostras positivas de coronavírus SARS-CoV-2 foram coletadas  (cerca de 600) e as cruzaram com locais onde as pessoas foram infectadas. Ao cruzar todos os dados, foi identificada uma concentração de positividade justamente na zona do mercado onde  se vende espécies vivas de mamíferos vivos, suscetíveis ao patógeno: cães-guaxinim, raposas vermelhas, porcos-espinhos, ratos, texugos, lebres, marmotas e muntjacs da China, pequenos veados.

O vírus foi detectado em gaiolas, balcões e ralos de esgoto.

“Mostramos que os primeiros casos conhecidos de COVID-19 de dezembro de 2019, incluindo aqueles sem links diretos relatados, estavam geograficamente centrados neste mercado. Relatamos que mamíferos vivos sensíveis ao SARS-CoV-2 foram vendidos no mercado no final de 2019 e, dentro do mercado, amostras ambientais positivas para SARS-CoV-2 foram espacialmente associadas a vendedores que vendiam mamíferos vivos”, escreveram os cientistas no resumo do estudo.

“Embora não haja evidências suficientes para definir os eventos a montante e as circunstâncias exatas permaneçam obscuras, nossas análises indicam que o surgimento do SARS-CoV-2 ocorreu através do comércio de animais selvagens na China e mostram que Wuhan foi o epicentro da pandemia de COVID-19”, disseram os especialistas.

Obviedades

Em Wuhan funciona um laboratório que trabalha com vírus SARS e os complotistas não demoraram a dizer que a pandemia foi propositadamente criada para matar gente com vacina.

Apesar de as coisas parecem óbvias para ambos os lados (para os complotistas o vírus foi criado no laboratório e para os supervax o vírus veio do mercado de Wuhan), nada é óbvio.

Agora que é a hora da verdade, porque muita gente não quer tomar quarta dose porque tomou 3 doses de vacina e pegou Covid mais de uma vez, descobrir que o vírus não é natural, que veio do laboratório por incompetência ou propositadamente causaria uma revolução social mundial.

Mas o fato é que a pandemia mal acabou (se é que acabou) e estão falando de uma nova emergência global, a monkeypox, varíola dos macacos.

Será que vai começar tudo de novo?

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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