Coronavírus não é arma biológica mas pode ter escapado de laboratório


De onde veio o coronavírus Sars-Cov-2? Ninguém sabe ainda mas os Estados Unidos, que encabeçou a reivindicação pela necessidade de uma investigação independente para que a origem do vírus viesse à tona, agora conclui que, pelo menos, não se trata de arma biológica criada em laboratório.

Relembre a história aqui:

Por incrível que pareça, o origem do vírus ainda é incerta. Poderia, acidentalmente, ter escapado de um laboratório, poderia ter saltado de um animal ao homem (não se sabe de qual animal: se morcego, pangolim, etc), mas poderia ter sido uma arma biológica para dizimar a população… Essa última opção é a menos provável, admite o próprio Estados Unidos.

A China permitiu que a OMS fosse para Wuhan investigar a origem da pandemia, mas a organização não chegou a nenhuma conclusão importante.

Agora, a comunidade de Inteligência dos Estados Unidos chegou a um quase consenso: a de que o coronavírus não foi desenvolvido como arma biológica.

É pouco provável que o vírus tenha sido modificado geneticamente, reconhecem os norte-americanos, mas um estudo publicado na Nature já havia descartado a hipótese da manipulação genética. Contudo, o mistério continua e há ainda quem mantenha viva a hipótese de o vírus ter escapado por negligência, imprudência ou imperícia, de um laboratório em Wuhan. Ou seja, se não por dolo (intenção) de criar um vírus destruidor, poderia haver incompetência na manipulação do mesmo para fins de estudo.

Escondendo os fatos desde o início

O que dificulta muito as coisas é a participação da China na história da pandemia Covid. O que acontece? A China quis esconder os fatos. Quem não se lembra do médico chinês ameaçado de espalhar fake news na China sobre vírus misterioso, e que acabou por morrer de Covid-19 enquanto tentava alertar o mundo sobre a gravidade da situação? E da prisão da jornalista que informava sobre a situação de Wuhan nas redes sociais?

O sucessor de Trump, Joe Biden, assim como o ex-presidente, desconfia da falta de transparência chinesa desde o início dos fatos.

Em um comunicado o atual presidente disse:

“Existe informação crucial sobre as origens desta pandemia na República Popular da China, mas desde o princípio, os funcionários do governo chinês têm trabalhado para evitar que os pesquisadores internacionais e membros da comunidade de saúde pública mundial tenham acesso a ela”.

“Até o dia de hoje, a República Popular da China continua rejeitando os apelos à transparência e retendo informação, inclusive quando o número de vítimas desta pandemia continua aumentando.”

Sem a colaboração chinesa…

Os serviços de inteligência norte-americana não consegue fornecer explicações definitivas sobre a origem da pandemia sem que a China colabore fornecendo novas novas informações, resume o relatório:

“A cooperação da China provavelmente seria necessária para chegar a uma avaliação conclusiva das origens da COVID-19. Pequim, no entanto, continua atrapalhando a investigação global, resiste ao compartilhamento de informações e culpa outros países, incluindo os Estados Unidos. Essas ações refletem, em parte, a própria incerteza do governo da China sobre aonde uma investigação poderia levar, bem como sua frustração com o fato de a comunidade internacional estar usando a questão para exercer pressão política sobre a China.”

No entanto, é bastante plausível que um vazamento de laboratório tenha ocorrido, “provavelmente por meio de experimentos, manuseio de animais ou amostras do Instituto de Virologia de Wuhan.”

Enquanto o mistério continua, autoridades sanitárias de vários países falam em 3ª dose da vacina. E para quem acha que não importa de onde o vírus tenha vindo, o importante é combatê-lo, pense que saber sua origem é importante para entender seu comportamento. Mas mais que isso, é importante prevenir futuras pandemias. Ao que parece, muita gente não quer assumir responsabilidades, muito menos mudar estilo de vida.

Só deus sabe e deus… na Terra… é o dinheiro.

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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