Brasileiro cria a primeira telha cultivável hidropônica do mundo

Por um mundo mais sustentável e cidades mais verdes. Brasileiro cria a primeira telha hidropônica do mundo em escala comercial!

O engenheiro agrônomo Sérgio Rocha desenvolveu a Kaatop, uma telha hidropônica onde é possível cultivar diversas espécies de plantas.

Kaatop é a primeira telha cultivável do mundo, criada para transformar a superfície urbana em terreno fértil para cultivar a biodiversidade, seja com jardins, hortas ou plantações extensivas.

Cultivando a biodiversidade

Desenvolvida seguindo os princípios da biomimética, a telha hidropônica permite plantar diversas espécies de plantas comestíveis no próprio telhado.

Com a Katoop, é possível cultivar até 20 mudas ornamentais ou agrícolas para cada metro quadrado.

Além do uso no paisagismo (com plantas ornamentais), pode ser usada na agricultura urbana (com culturas como trigo, arroz, feijão, aveia, etc.).

O agrônomo contou que praticamente zerou os gastos com vegetais frescos: ele usou somente um pequeno painel de cultivo com três telhas (de 3 m2), que rendeu uma produção continuada de:

• alface;
• rúcula;
• chicória;
• cebolinha;
• pimentas;
• salsinha;
• abobrinha;
• berinjela;
• beterraba;
• tomates;
• pepinos;
• e almeirão.

O que é e como funciona o telhado hidropônico?

Basicamente, é uma telha sanduíche com orifícios, para inserir mudas, e um sistema interno que permite a passagem de mangueiras de gotejamento e distribuição de água interna por capilaridade.

Além disso, a água de irrigação do sistema de hidroponia pode ser recirculada sem perdas de nutrientes para o meio ambiente.

Mesmo com a irrigação desligada, o design do produto permite a condensação de gotículas a partir da umidade do ar, ou seja, é capaz de produzir água em pequenas quantidades contribuindo para a redução do consumo de água de todo o sistema.

A aplicação da telha hidropônica é bastante versátil. A instalação do produto não requer grandes recursos, isto é, o dimensionamento e o peso da Kaatop são similares ao das telhas cerâmicas convencionais.

Rocha conta:

“Se você olhar uma imagem de satélite de qualquer centro urbano, vai perceber que a maior parte do espaço construído é tomado pelos telhados e coberturas – então não dá pra gente pensar em mudar o clima sem mudar os telhados.

As pessoas têm medo de danos na impermeabilização, de sobrepeso, falhas de drenagem… então pensamos em simplificar essa interface, entre o telhado base e o telhado verde, fazendo disso um único produto, integrado e pronto para instalar e plantar”.

Quer saber mais sobre esta inovadora solução esverdeada?

Assista ao vídeo:

Segundo Rocha, os primeiros lotes devem estar prontos para o mercado no segundo trimestre de 2023. O projeto passará por vários testes de desempenho junto ao IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) de São Paulo.

Na Europa, ele busca o selo CE (registro para vender o produto na União Europeia) e espera que a Kaatop esteja pronta para exportação até o final de 2023.

Já imaginou os telhados da cidade todos verdes e cheios de plantas comestíveis?

Um sonho que está se tornando realidade!

Fontes:

1. Kaatop
2. archdaily.com.br

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