De acordo com um estudo, até os carnívoros têm ‘nojo de carne’


Você já olhou para um pedaço de carne e se sentiu enjoado ou enojado? Ou os dois juntos?

Para os vegetarianos, isso pode acontecer constantemente. Mas não só para eles.

Um novo estudo realizado pela Universidade de Exeter, observou que os carnívoros também experimentaram reações semelhantes de nojo quando apresentados à imagens de carne.

Asco de carne

Como parte do estudo, mais de 700 pessoas, incluindo

  • vegetarianos;
  • carnívoros;
  • e flexitarianos,

viram fotos de pratos de carne, como frango e bacon.

E o resultado foi: os carnívoros classificaram imagens de carne muito mais repugnantes do que fotos de outros alimentos, como pão, batatas fritas e arroz.

Mas por que, então, as pessoas continuam comendo carne?

Este alimento, agora e mais do que nunca considerado asqueroso, ainda desempenha um papel significativo na cultura alimentar popular.

Tentando entender por que as pessoas comem carne continuamente (apesar dessa reação visceral), a pesquisadora Elisa Becker diz que fatores como

  • hábitos;
  • família;
  • e tradição cultural

desempenham um papel na determinação da dieta e hábitos alimentares da pessoas.

Reduzindo o consumo de carne

Para Becker, a força de vontade por si só pode não ser suficiente para aqueles que desejam reduzir o consumo de carne.

Portanto, o ‘fator yuk‘ (a sabedoria da repugnância ou do “apelo ao nojo“) no consumo da carne tem o potencial de ajudar os carnívoros a reduzir sua ingestão.

Segundo a pesquisadora, isto pode acontecer devido a um desgosto evolutivo:

“Os humanos podem ter desenvolvido um grau de nojo de carne porque comer carne estragada pode ser muito mais perigoso do que comer uma cenoura que está um pouco ‘passada'”.

O lado positivo é que o consumo de carne e laticínios está diminuindo lentamente.

A cada dia que passa as pessoas estão se conscientizando.

Estudos comprovaram que as alternativas à base de plantas superarão os produtos à base de carne, com o consumo de carne em declínio até 2035.

O fim o consumo de carne, ou pelo menos a redução do consumo atual, será uma tendência alimentar consistente nos próximos anos.

A pesquisa de Becker confirma que podemos parar de comer outros animais, um hábito com práticas totalmente insustentáveis.

Mas, como já dissemos várias vezes aqui antes, a questão crueldade animal é indiscutível mas a questão ambiental é mais complexa:

Muitas alternativas veganas à carne, são feitas à base de soja ou ervilha, monoculturas que também contribuem para o desmatamento e para o uso abusivo de agrotóxico.

O problema é mais complexo, não se trata de trocar 6 por meia dúzia. É uma questão de modos de produção, de sistemas de economia e de governos. São muitos conceitos que precisam ser repensados sob a base do respeito à natureza como ponto de partida.

Fonte: euronews.com

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Lara Meneguelli


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