Uso abusivo de vitamina D dispara na pandemia


A Covid-19 é uma doença misteriosa. Muita investigação científica precisa, ainda, ser feita para entender como ela age. Uma das hipóteses levantadas durante este ano de pesquisa é de que a deficiência de vitamina D no organismo poderia prejudicar o quadro do paciente infectado pelo vírus.

Entretanto, não há uma nenhuma pesquisa conclusiva sobre se a vitamina D “calibraria” a atuação do Sars-Cov-2. O problema é que, em uma época de desinformação e de soluções imediatas, muita gente correu para as farmácias para fazer suplementação de vitamina D.

Logo no início da pandemia, surgiram algumas pesquisas que defendiam que a vitamina D leva a uma maior resistência aos efeitos da Covid-19. Rapidamente, espalhou-se pelas redes sociais um rumor sobre um estudo que apontava os benefícios da vitamina para o tratamento de infecção por coronavírus. Um outro estudo mostrou que níveis mais elevados de vitamina D podem contribuir para diminuir o risco de infecção pelo coronavírus, principalmente, em pessoas negras.

Pronto! Um combo de informações sem sustentação científica, ou melhor, que ainda estavam em fase de teste por cientistas, foi espalhado levando as pessoas a se automedicarem com vitamina D.

O perigo do excesso

Entretanto, médicos alertam sobre o perigo do excesso do consumo por suplementos de vitamina D, que disparou durante a pandemia no Brasil. De acordo com O Globo, em 2019, 2,6% da população brasileira consumia vitamina D. Em 2020, esse número cresceu para 4,8%, que representa mais de 4,6 milhões de pessoas fazendo a suplementação.

Em alguns casos, a suplementação é recomendada pelos médicos, mas em excesso a vitamina D pode provocar intoxicação. Sem falar que a vitamina D não é uma medicação para tratamento precoce de Covid-19, como muita gente supõe.

Segundo o diretor da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), Miguel Madeira, doses de até 10 mil unidades por dia são seguras, mas valores acima de 100 ng/ml encontrados no organismo podem causar intoxicação. Ele relata que:

“As pessoas acham que não há risco, mas já presenciei pacientes com problemas graves e até morte, por conta do aumento de cálcio na urina e no sangue, podendo levar a cálculo e crise renal”.

Madeira avalia como vem sendo feito o uso incorreto da vitamina D no Brasil: automedicação, prescrição médica sem comprovação científica de doses exageradas e até a forma incorreta de ingestão, que deve ser sempre oral.

Como sabemos, não existe tratamento preventivo contra a Covid-19, a não ser fazer isolamento social, higienizar bem as mãos, usar máscara e cuidar da imunidade, dormindo bem, se alimentando bem (infelizmente muitos não podem).

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Gisella Meneguelli

É doutora em Estudos de Linguagem, já foi professora de português e espanhol, adora ler e escrever, interessa-se pela temática ambiental e, por isso, escreve para o greenMe desde 2015.


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Este artigo possui 2 comentários

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