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Envelhecer traz uma série de mudanças no corpo, e muitas pessoas percebem que, com o tempo, a gordura abdominal se torna mais difícil de eliminar. Mas por que isso acontece? E como lidar com esse desafio? Vamos explorar as razões fisiológicas, comportamentais e sociais que contribuem para esse processo e discutir formas eficazes de reduzir a gordura abdominal, não apenas por questões estéticas, mas também para melhorar a saúde.
Perder barriga. Mulher mede com fita métrica a gordura abdominal
Com o avanço da idade, o corpo passa por mudanças hormonais significativas. Para as mulheres, a redução da produção de progesterona, especialmente na menopausa, pode afetar a distribuição da gordura no corpo, favorecendo o acúmulo na região abdominal. Já nos homens, a queda nos níveis de testosterona também impacta a composição corporal, resultando em uma maior dificuldade para queimar gordura e ganhar massa muscular.
Além disso, a taxa de metabolismo tende a diminuir com o tempo. Isso significa que o corpo começa a queimar menos calorias em repouso, o que pode dificultar a perda de peso. Quando o metabolismo desacelera, o corpo também tende a reter mais gordura, especialmente na região da barriga.
Com o passar dos anos, muitas pessoas se acostumam com hábitos pouco saudáveis. O sedentarismo, a alimentação rica em calorias vazias e o consumo frequente de álcool são fatores que contribuem para o aumento da gordura abdominal. A falta de tempo, devido a compromissos sociais e profissionais, também dificulta a prática de exercícios regulares. Em alguns casos, o estresse crônico e a falta de sono adequado agravam ainda mais esse quadro, pois ambos aumentam a produção de cortisol, um hormônio que está relacionado ao acúmulo de gordura na região abdominal.
Para reduzir a gordura abdominal, não basta apenas fazer exercícios — a alimentação desempenha um papel crucial. A ingestão excessiva de alimentos processados, ricos em açúcares e gorduras saturadas, favorece o aumento de peso e dificulta a queima de gordura. Por isso, é essencial adotar uma dieta rica em alimentos naturais como frutas, vegetais, grãos integrais e fontes magras de proteína, como peixes, ovos e carnes magras.
Além disso, incluir proteínas em todas as refeições pode ser uma estratégia eficaz. As proteínas são fundamentais para a construção muscular e ajudam a manter a saciedade por mais tempo, reduzindo a ingestão calórica e prevenindo o armazenamento de gordura (Fonte: Aline de Fátima Esteves Laureano).
Muitas pessoas acreditam que fazer apenas exercícios abdominais é a solução para perder a barriga, mas isso não é verdade. Os abdominais, apesar de fortalecerem a região do core, não têm um grande impacto na queima de gordura. Para reduzir a gordura abdominal, é necessário um treino mais abrangente, que envolva exercícios que recrutem diversos grupos musculares ao mesmo tempo. Movimentos como agachamentos, levantamento terra, afundos e remadas são muito mais eficazes nesse sentido, pois aumentam o gasto calórico e estimulam a produção de testosterona, o que facilita a queima de gordura.
Além disso, treinos de força (musculação ou funcional) são importantes para melhorar a composição corporal, ou seja, reduzir o percentual de gordura e aumentar a massa muscular magra. Isso se deve ao fato de que a musculação estimula a produção de testosterona e melhora a resposta do corpo à insulina, o que contribui para a queima de gordura.
Dormir bem e gerenciar o estresse são fatores essenciais para a perda de gordura abdominal. Durante o sono, o corpo produz hormônios que ajudam na regeneração muscular e na queima de gordura, como o hormônio do crescimento (GH) e a testosterona. A falta de sono, por outro lado, aumenta a produção de grelina, o hormônio que estimula o apetite, e reduz a leptina, o hormônio que promove a saciedade. Isso pode resultar em uma maior ingestão de alimentos e, consequentemente, no aumento da gordura corporal, especialmente na região abdominal.
O estresse também tem um papel importante nesse processo. Quando estamos estressados, o corpo libera cortisol, que não apenas aumenta o apetite, mas também favorece o armazenamento de gordura na barriga. Isso ocorre porque, em situações de estresse, o corpo entra em um estado de “luta ou fuga”, o que impede uma digestão eficiente e favorece a retenção de calorias como forma de energia armazenada.
Perder barriga após os 40 anos é um desafio, mas não é impossível. Com a combinação certa de alimentação saudável, exercícios de força e estratégias para melhorar o sono e reduzir o estresse, é possível alcançar uma boa saúde e uma composição corporal mais equilibrada. Lembre-se de que cada pessoa tem um ritmo diferente, e é fundamental ser paciente e consistente com as mudanças no estilo de vida.
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Fontes:
Categorias: Saúde e bem-estar
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