Burnout: veja os tipos, avalie os riscos e encontre soluções


Burnout, ou melhor dizendo, Síndrome de Burnout, aquele fenômeno que acontece quando o cansaço profissional vira doença. Quem nunca viu, nem ouviu falar disso, felizmente, deve morar na roça ou no campo!

Segundo a Organização Mundial da Saúde, o Burnout tem três sintomas básicos: sentimentos de exaustão, distanciamento mental e pior desempenho no trabalho. Mas, quem quer que tenha experimentado esse mal-estar, sabe o quanto essa síndrome pode se estender a muitos outros setores da vida: na amizade, na família e nos relacionamentos amorosos.

Segundo a coach de vida e autora de Burnt Out, Selina Barker, existem 4 tipos, ou arquétipos, de Burnout: o overdoer, o overgiver, o overthinker e o overachiever.

Conheça o seu tipo (e ou o das pessoas que convivem com você na sociedade ou no trabalho) para poder identificar a melhor solução e os maiores riscos de realmente cair doente por exaustão de trabalhar.

Isso é muito sério! Em dias onde estamos sempre ameaçados de sermos demitidos, concorrência, prazos apertados, exploração de mão-de-obra, é bom reconhecer os sintomas e tomar providências o quanto antes melhor.

Segundo Selina, esses 4 arquétipos de Burnout refletem o que ela chama de os “lados sombrios” do EU normal e funcional, que assumem o comando quando alguém está extremamente estressado e caminhando para o esgotamento físico e emocional.

Pessoas sob pressão vivem sob o status de luta ou fuga e, de repente, as coisas que geralmente são os seus pontos fortes, viram armas para se defenderem, perigosas para si mesmas.

Por exemplo, uma pessoa normalmente solícita e generosa, quando exausta e esgotada, pode se tornar uma pessoa que não consegue dizer não.

Identifique o seu tipo (arquétipo) de Burnout

Saber esse truque da mente em dar tiro no próprio pé, por assim dizer, ou seja, fazendo da sua melhor qualidade o seu pior inimigo no trabalho, vai te ajudar a identificar riscos e buscar soluções.

O doador (Over-Giver)

É o tipo de pessoa que se pega dizendo sim pra todo mundo, sempre cuidando das necessidades dos outros até que seu corpo caia em exaustão e passe a se ressentir de tudo e de todos. Uma pessoa solícita, não mais sendo capaz de dizer não, começa a odiar a se ressentir da exploração acreditando  que existe somente aproveitamento alheio sobre si.

A solução é começar a dizer não, em nome da própria saúde mental.

O exagerado (Over-Doer)

Uma pessoa altamente capacitada é naturalmente engenhosa e prática, podendo assumir os desafios do dia a dia com facilidade e entusiasmo. No entanto, quando começa a sentir os primeiro sinais de um esgotamento físico e ou mental, o exagerado entra em uma bola de neve porque a nossa sociedade cultua e recompensa o trabalho duro, o progresso, o sucesso e a ambição,  menosprezando a quietude e o descanso. Isso leva ao exaurimento nervoso certeiro.

A solução é descansar pu morrer. Escolha!

O pensador excessivo (Over-Thinker)

Sua mente não para e está sempre pensando em soluções de problemas? Se às vezes você acorda no meio da noite com a mente ainda zumbindo e lutando para desligar, talvez você tenha entrado no modo over-thinker de ser e, em vez de perceber tais sinais como necessidade de descanso, você pensa em continuar a pensar e a resolver quebras-cabeças cada vez mais complexos.

A solução é fazer atividades físicas nada mentais. Nem que seja lavar a louça.

O superdotado (Over-Achiever)

É aquele tipo de pessoa que tem em si todos as qualidades de um bom profissional:  cumpre prazos, é perfeito, criativo, estratégico, prático, resolve-problemas, pensa (trabalha) o tempo inteiro enfim…. está à beira de um esgotamento físico e mental por pura ambição, mania de perfeição ou determinação.

Ainda que as pessoas se impressionem com o que você alcançou, isso tem um custo alto, imensurável para você. Atrás de um “superdotado” mora um medo profundo do fracasso e de não ser bom o suficiente.

A solução? Viva a vida e não apenas o trabalho.

Gostou dos arquetipos? Em quia (ou quais) dele você se identificou?

Fonte: stylist.co.uk

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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