Creatina: o que é e qual é a sua função


Se você é frequentador de academia de ginástica, certamente já ouviu falar em creatina. A turma da maromba costuma usar a substância para melhorar o desempenho dos treinos. Mas será que vale realmente a pena fazer uso da creatina?

O que é

A creatina é um composto sintetizado pelo organismo a partir de dois aminoácidos: glicina e arginina. Também pode ser obtida pela alimentação, sobretudo de carnes, ou por suplementação.

Embora produzida pelo organismo humano, a suplementação do composto pode elevar as concentrações musculares, por ser um agente ergogênico.

Qual é a sua função

A creatina age no organismo após a prática de de exercícios físicos intensos e de curta duração, os chamados exercícios de explosão. Quem pratica musculação costuma consumir a creatina para auxiliar na redução de danos à musculatura, favorecendo a hipertrofia muscular.

Benefícios

Para aproveitar os benefícios do suplemento de creatina, recomenda-se utilizá-lo pós-treino para que ela atinja a recuperação dos músculos trabalhados.

O suplemento de creatina pode ser consumido em pó ou cápsula. Recomenda-se, após 90 dias de uso contínuo, fazer uma pausa durante um mês, a fim de evitar que o organismo deixe de produzir a creatina.

Por não ter calorias, a creatina não engorda. O que ela faz é ajudar a ganhar massa magra e melhorar a performance durante a atividade física. Entretanto, por ser uma substância que retém líquidos nos músculos, provoca inchaço e o consequente ganho de peso.

Confira outros benefícios da suplementação de creatina:

  • Previne a doença de Alzheimer: essa doença tem como característica o estresse oxidativo acentuado e a deterioração do metabolismo da creatina, provocando a falta de energia nas células nervosas. Estudos com animais e humanos mostram que a suplementação com creatina pode melhorar os sintomas comuns de doenças neurológicas, mas são necessárias mais pesquisas para comprovar esse benefício.
  • Bom para pessoas com insuficiência cardíaca: a creatina contribui para melhorar a força muscular cardíaca, o peso corporal e a a resistência.
  • Previne a doença de Huntington: a creatina tem efeitos neuroprotetores, podendo representar uma novo método terapêutico para a doença de Huntington e demais doenças neurodegenerativas. Uma pesquisa publicada no The Journal of Neuroscience concluiu que a creatina auxilia na prevenção de morte celular e, consequentemente, na prevenção desse tipo de doença.

Efeitos colaterais

Todo alimento ou suplemento, se consumidos em excesso, podem causar efeitos indesejados – e com a creatina não é diferente. O consumo elevado da substância pode sobrecarregar o funcionamento do fígado e dos rins.

Ao comprar creatina, averigue se a empresa fabricante tem certificação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).

É fundamental que quem faz uso de creatina tenha uma dieta balanceada e rica em nutrientes. Se o objetivo do uso é a hipertrofia, deve ser combinada com um consumo proteico adequado, já que todos os aminoácidos essenciais são envolvidos na recuperação da massa muscular. Juntamente com o consumo do suplemento, deve ser ingerida uma quantidade suficiente de água para evitar problemas renais.

Consulte um médico ou nutricionista

Todo suplemento deve ser tomado após a consulta a um médico ou nutricionista, que irá prescrever a dose adequada para cada paciente. Jamais se automedique ou tome suplementos sem a avaliação prévia de um profissional.

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Gisella Meneguelli

É doutora em Estudos de Linguagem, já foi professora de português e espanhol, adora ler e escrever, interessa-se pela temática ambiental e, por isso, escreve para o greenMe desde 2015.


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