Menopausa precoce e infertilidade: por que cada vez mais jovens com dificuldade de engravidar?


Alguma coisa está fora da ordem, como dizia Caetano Veloso. A ONU acaba de anunciar que pela primeira vez em nossa história, somos mais idosos que jovens. A fertilidade está em baixa e o grande suspeito por este deficit é o desenvolvimento, tecnológico, industrial que conquistamos (porque com ele veio a poluição, o envenenamento do ar, água e solo). Homens e mulheres menos férteis: menopausa precoce e o grande aumento da infertilidade masculina são fenômenos dos nossos tempos. Como resolver isso?

Hoje vamos falar do porquê existe cada vez mais jovens com dificuldade de engravidar. Vimos recentemente uma pesquisa que revelou que até a poeira de casa engorda. Claro, no pó que respiramos em casa estão presentes resquícios de um monte de substância química que usamos em produtos para higiene, beleza e até em tecidos, retardadores de chamas em móveis, etc. Químicos às vezes denominados de desreguladores endócrinos porque capazes de influenciar a nossa produção de hormônios.

E hormônios têm a ver com tudo, inclusive com a produção de óvulos.

Menopausa e menopausa precoce

Diminuição, interrupção parcial ou total da ovulação que influencia na possibilidade de engravidar, resumido, menopausa ou pré-menopausa. O mais comum é que esta fase da vida chegue apenas entre 45 e 55 anos de idade. No entanto, a menopausa – condição que marca o fim da vida fértil da mulher – pode chegar muito antes do esperado. Pelo menos para algumas mulheres.

Nesses casos trata-se da menopausa precoce, caracterizada pela interrupção da ovulação antes dos 40 anos.

Mas existem formas de tratar a menopausa precoce. Por isso é essencial identificar os sinais que podem sugerir o diagnóstico, e dar início a um tratamento para que o sonho da gravidez se realize.

Sinais e sintomas da menopausa precoce

  • Caso a mulher note uma ausência da menstruação por um período longo, igual ou maior que 12 meses, e tenha menos de 40 anos, é importante procurar um médico, pois pode tratar-se de um caso de menopausa precoce.
  • Além disso, sintomas como queda de cabelo,
  • secura vaginal,
  • perda de massa óssea,
  • da libido,
  • pele seca,
  • dores de cabeça,
  • dificuldade para dormir e ansiedade podem aparecer em mulheres que estão entrando na menopausa antes do período esperado.

As possíveis causas da menopausa precoce

Existem várias causas para que a menopausa precoce aconteça. Uma das mais determinantes é o tabagismo e o uso de drogas. Mas existem ainda…

  • influências genéticas,
  • procedimentos médicos, como quimioterapia, radioterapia, cirurgias no ovário, tratamento de endometriose;
  • uso de alguns medicamentos, como por exemplo o ibuprofeno
  • doenças autoimunes,
  • falta de hábitos saudáveis de sono e de alimentação que podem estar por trás do diagnóstico.

Menopausa precoce cada vez mais frequente

Como revelou o médico ginecologista Dirceu Henrique Mendes Pereira à revista Pais & Filhos:

“cada vez mais mulheres com idade entre 30 e 32 anos estão aparecendo na clínica que estão nessa situação. Elas pararam completamente de menstruar ou menstruam menos”. Mas a pergunta que não quer calar é: por quê?

Alguns estudiosos sugerem que o excesso de agrotóxicos na alimentação, os poluentes e até componentes presentes em cosméticos podem provocar mudanças hormonais significativas e antecipar a menopausa.

Diagnóstico e gravidez

Caso a mulher desconfie do problema, o especialista vai indicar um exame que conta o número de óvulos e verifica a dosagem de hormônios no organismo, chamado hormônio antimulleriano.

Se o diagnóstico for confirmado, uma das formas de tratamento é fazer reposição hormonal.

Caso a mulher ainda queira engravidar, é possível fazer fertilização in vitro ou recorrer à doação de óvulos.

É possível prevenir a menopausa precoce?

Para evitar a menopausa precoce, o mais aconselhável é adotar sempre uma alimentação saudável, rica em ômega 3, pois esse nutriente está relacionado a um atraso na menopausa, segundo pesquisa realizada no Reino Unido pela UK Women Cohort Study.

Além disso, é importante dormir bem e tentar ao máximo reduzir os níveis de estresse, que também influenciam na produção hormonal.

Uma vida mais natural e simples – com menos produtos químicos em torno (dos agrotóxicos às maquiagens, passando pela fumaça do cigarro e também dos automóveis) – também parece estar relacionada a uma fertilidade maior.

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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