Vício ou dependência de celular tem nome: NOMOFOBIA

É um problema moderno, mas que já traz inúmeras consequências para a saúde emocional das pessoas: o uso intensivo de smartphones, ou melhor, a forma como eles são vistos e a urgência que muitos sentem em tê-los sempre por perto já é algo considerado nocivo. A nomofobia, como é conhecido esse distúrbio, não tem a ver com a quantidade de horas que as pessoas passam no celular, mas sim em como é o uso desse aparelho.

Sintomas de nomofobia

O apego psicológico ao smartphone, tem sintomas como:

• medo de ficar incomunicável quando está sem ele
• ansiedade
• tremores e taquicardia, se porventura esquece o celular, podem ser indicativos desse transtorno.

Vale lembrar que o uso excessivo de redes sociais é algo que tem relação também com a nomofobia. A preocupação excessiva com redes sociais, likes e posts, o isolamento para usar o aparelho ao invés de interagir com as pessoas no mundo real podem ser sinais de que o problema se instalou.

Alguns estudos já sugerem que o uso excessivo de celulares pode prenunciar sintomas de depressão. Há também associação com o pensamento preguiçoso e desaceleração da função cognitiva.

Problemas para dormir, cansaço excessivo, distúrbios alimentares, baixo rendimento escolar ou no trabalho podem indicar uso nocivo de smartphones.

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Além disso, não somente os adultos, mas as crianças também podem sofrer com a nomofobia.

Crianças também são afetadas

É cada vez mais comum que as crianças utilizem muito os aparelhos eletrônicos, especialmente para jogos online. O fato é, no caso delas, há um agravante: além de ter maior sensibilidade aos estímulos recebidos do meio digital, as crianças estão em fase de desenvolvimento cerebral, físico e emocional.

Por esse motivo, o uso excessivo pode ser bem prejudicial. Problemas de visão, atenção, rendimento escolar e socialização também podem estar por trás do abuso no uso de tecnologias.

Além disso, as plataformas digitais, muitas vezes, trazem conteúdos não recomendados para menores e nem sempre os pais ou cuidadores conseguem acompanhar o que a criança está fazendo no celular.

5 Sinais de nomofobia em crianças

Vale a pena ficar de olho em alguns sinais, que podem indicar uso excessivo de smartphones por parte das crianças:

1. A criança fica entediada ou com raiva, quando não pode usar o celular;
2. Ela fica irritada quando usa o aparelho por muitas horas;
3. Ela prefere ficar no celular a brincar com outras crianças ou sozinha;
4. A criança apresenta problemas para dormir;
5. Ela apresenta baixo rendimento escolar.

Dicas para um uso consciente do celular

Existem algumas medidas que podem ajudar adultos e crianças a utilizarem os aparelhos eletrônicos de modo saudável. Algumas delas são:

1.  Jamais troque uma interação real – sair com amigos, estar com a família – por interações virtuais. Evite usar o celular o tempo todo quando estiver perto de pessoas que gosta e quer conviver;
2. Fique de olho em sinais, como dificuldades de dormir, de aprendizado, comportamentais, problemas de visão, dores de coluna e sintomas psicológicos, como ansiedade e depressão, pois pode haver relação com uso excessivo de celular;
3. Não se importe tanto com as interações do mundo virtual. Likes, compartilhamento e comentários online não devem ser levados tão a sério;
4. Não acredite em tudo que vê nas redes sociais. Existe muita fantasia no mundo virtual e as pessoas costumam apenas publicar o que as torna mais atraentes e interessantes. Os filtros disponíveis, as possibilidades de edição de imagens e vídeos e a própria dinâmica da rede mostram que nada é o que parece nas redes;
5. Tenha hábitos saudáveis, como uma boa alimentação, a prática de exercícios físicos e hobbys fora do mundo online;
6. Não fique tanto tempo ligado em redes sociais, dê pausas e vá fazer outra coisa.

Digital detox

Agora que chegou fim de ano e você não tem a desculpa de usar o celular por causa do trabalho, que tal fazer um digital detox?

Tente ficar 24, ou melhor, 72 horas sem usar o aparelho. Seu corpo e sua alma agradecem:

• Digital detox de fim de ano: desintoxicação da internet e redes sociais

Fontes:

1. bioclinicoms.com.br
2. Ohga!

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