Por que a Rússia está em guerra com a Ucrânia?


Não tem como fugir desse assunto, afinal, queremos todos paz e não entendemos nada de guerra. Aliás existe um bombardeio de informações e a primeira pergunta que não quer calar é: por que raios a Rússia está em guerra com a Ucrânia? Ou seria a Ucrânia que está em guerra com a Rússia?

Na madrugada de hoje, todos devem ter visto o vídeo de Vladmir Putin anunciando guerra, e avisando que qualquer interferência externa teria uma “resposta imediata”. O recado é ameaça de uma (impensável) guerra mundial.

Nessa história não tem ninguém bonzinho, que fique claro, mas tampouco existe apenas um culpado, no caso Putin, porque foi ele quem anunciou o “dar fogo primeiro”.

A história entrou para a pauta nesses últimos dias mas já vem de longa data. E notícia daqui, notícia dali, encontramos uma petição que a nosso ver resume muito bem o caso.

A petição é endereçada ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. Se por um lado a Rússia parece ser a encrenqueira de plantão, que poderia deixar tudo pra lá, por outro, os Estados Unidos também poderiam abafar o caso jogando água fria nos ânimos bélicos.

Queremos paz, não queremos guerra e, como diz o dito popular, quando um não quer dois não brigam.

Resumo da história da guerra Ucrânia x Rússia

A petição, diz assim:

“A decisão da Rússia de reconhecer a independência das Repúblicas Populares de Donetsk e Luhansk aumentou a possibilidade de um conflito militar que poderia facilmente sair do controle. Os Estados Unidos e a OTAN têm desempenhado um papel importante na exacerbação deste conflito. Junte-se a nós para pedir ao presidente Biden que mostre verdadeira liderança e nos tire da beira de uma guerra nuclear potencialmente calamitosa.

Escrevemos a vocês como pessoas preocupadas com a perigosa escalada de tensões na Ucrânia e a possibilidade real de um conflito militar com a Rússia que poderia facilmente sair do controle. Os Estados Unidos e a OTAN estão desempenhando um papel importante na exacerbação desse conflito e agora devem desempenhar um papel vital em sua redução.

A expansão da OTAN contribuiu muito para as raízes da crise atual, violando os acordos que puseram fim à Guerra Fria original e reunificaram a Alemanha. A OTAN deveria ter cumprido sua promessa de não se expandir para o leste. Em vez disso, adicionou 11 países membros que já foram repúblicas soviéticas ou membros do Pacto de Varsóvia, para marchar triunfantemente uma aliança militar ocidental até as fronteiras da Rússia.

A Rússia sempre se opôs à entrada da Ucrânia na OTAN. Em 2008, quando o presidente ucraniano Viktor Yushchenko solicitou pela primeira vez a adesão à OTAN, o presidente Putin chamou a adesão ucraniana de “uma ameaça direta” à Rússia. A OTAN deve reconhecer e respeitar a independência e a neutralidade da Ucrânia, e não deve antagonizar a Rússia permitindo que ela entre na OTAN, e nem os EUA nem a OTAN devem entrar em guerra com a Rússia para reunificar a Ucrânia pela força.

Embora a decisão da Rússia de reconhecer a soberania das Repúblicas Populares de Donetsk e Luhansk seja uma violação dos Acordos de Minsk II, este tratado já havia sido violado pelo governo ucraniano em várias ocasiões. Isso inclui as 5.667 violações do cessar-fogo identificadas pelos monitores da OCSE nos quatro dias que antecederam o anúncio da Rússia. Instamos todas as partes a respeitar Minsk II.

As tensões com a Rússia também foram exacerbadas por exercícios militares contraproducentes da OTAN claramente destinados a intimidar a Rússia. Não há equivalência entre a Rússia realizar exercícios militares e movimentos de tropas dentro de suas próprias fronteiras e com seus vizinhos, para membros da OTAN transportando milhares de tropas norte-americanas e da Europa Ocidental e armamento mortal para conduzir exercícios diretamente através dessas mesmas fronteiras.

Não podemos arriscar um confronto militar entre os dois estados nucleares mais fortemente armados do mundo – os Estados Unidos e a Rússia. O que precisamos, em vez disso, é uma diplomacia vigorosa para promover a desescalada e buscar uma solução negociada, para evitar a guerra e avançar o processo diplomático de Minsk II. Isso será do melhor interesse de todas as nações da OTAN, do povo russo, de todo o povo da Ucrânia e da comunidade mundial.”

Essa petição pode ser assinada aqui.

Mas existem tantas outras.

Quem poderia parar a guerra?

Ainda segundo a petição enderaçada a Joe Biden, como foi a OTAN (uma aliança militar de ajuda mútua entre seus membros) a desempenhar um papel importante na exacerbação deste conflito, seria a própria OTAN que deveria trabalhar pela desescalada bélica, juntamente com o presidente Biden.

Mas muitos acreditam que somente o presidente Putin pode fazer esse serviço de paz.

Para ajudar a entender a situação, selecionamos esse vídeo muito explicativo que faz um resumo do que vem acontecendo desde os tempos da União Soviética.

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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