Especialistas temem que a Inteligência Artificial acabe com a humanidade


A Inteligência Artificial vai acabar com a humanidade? Uma boa pergunta a se fazer à ChatGPT mas aqui, quem faz e quem responde à pergunta é um humano, ou seja, eu mesma!

Foi como acordar depois de uma longa noite de sonho ou de pesadelo. Soube que as pessoas estão usando a ChatGPT como psicólogo. De repente, um mundo novo aparece à sua frente como se fosse nascido do nada, quando, a verdade é que Chatbots, Siris e Alexas da vida estão aí já há alguns anos e que estamos nos robotizando cada vez mais. Mas a recém-nascida ChatGPT (lançada em 30 de novembro de 2022) é como se fosse um bebê superdotado que promete dominar o mundo.

A ChatGPT é uma inteligência artificial especializada em linguagem. Escreve textos incríveis, coesos, coerentes, claros e sem erros gramaticais. É um robô que sabe tudo, sobre qualquer assunto. Por enquanto, escreve textos e diálogos, prosa e poesia, mas a IA também pode fazer vídeos, fotos, canções, tudo. Inclusive operar doentes, dirigir carros, trens… E com uma “vantagem”: trabalhar 24hs/7dias da semana, sem depressão, sem ansiedade, sem erros causados por emoções.

É o fim da humanidade? A esperança é virarmos gatinhos submissos aos robôs. Mas vamos por partes.

Um mundo de fantasia

Imagine viver em um mundo onde você não sabe o que é real e o que é robô. Por ora, você interage com pessoas mas já é real interagir com robôs sem que você perceba. O problema será quando não soubermos mais distinguir um do outro. A IA pode criar perfis falsos (e já cria) que você nem imagina. Imagine saber que o influencer que você segue não existe.

Recentemente viralizou a foto falsa do Papa Francisco. Um fotógrafo ganhou um prêmio com foto falsa. Tudo falso! Que medo!

Medo de pobre perder o emprego, sim, é normal, mas o medo maior é

  • Ouvir Yuval Noah Harari dizer: “‘Não sei se os humanos podem sobreviver à IA”;
  • Sam Altman, CEO da OpenAI (a empresa que criou o ChatGPT) dizer que na pior das hipóteses a Inteligência Artificial poderia por fim à humanidade;
  • E Elon Musk (entre outras coisas, CEO da Neuralink) dizer que a IA “tem o potencial de destruição da civilização”.

Se o criador da tecnologia, o “guru” da humanidade e o homem que provavelmente nos levará à Marte temem pelo descontrole da Inteligência Artificial, o que nós, reles mortais, poderíamos esperar do nosso futuro como humanos?

O que os especialistas temem…

São muitas as implicações… Vou tentar ser sucinta como faria a ChatGPT, que escreve em segundos o que eu levei horas estudando.

Yuval Harari

Em uma entrevista à Telegraph, Harari diz o que mais o preocupa é que a IA é a primeira invenção humana capaz de criar histórias e que, por isso pode tomar decisões próprias. Fake news é o mínimo, a questão é que a IA pode por fim à democracia, uma vez que a democracia é diálogo.

“O regime nazista era baseado em tecnologias como trens, eletricidade e rádios. Eles não tinham ferramentas como inteligência artificial”, diz Harari. “Um novo regime no século 21 terá ferramentas muito mais poderosas. Portanto, as consequências podem ser muito mais desastrosas. Isso é algo que eu não sei se a humanidade pode sobreviver.”

Ao final da entrevista, a impressão que dá é salvemos a humanidade conversando entre nós.

Sam Altman

CEO da OpenAI que, aliás, é uma organização de pesquisa em inteligência artificial sem fins lucrativos e com o objetivo de promover e desenvolver a IA para o bem da humanidade, diz que na melhor das hipóteses a IA seria uma maravilha, mas na pior, seria o fim da humanidade (ele usa a expressão ‘lights out for all of us’).

Elon Musk

Em uma entrevista televisiva, Musk disse que as pessoas deveriam ser “cautelosas com a IA” e aconselhou que deveria haver supervisão do governo porque a tecnologia é “um perigo para o público”.

Homens x robôs

Os filmes de ficção científica já são verdade. Um robô, ou melhor, uma AGI (Inteligência Artificial Geral)  como o Gato criado pela empresa DeepMind pode realizar várias tarefas ao mesmo tempo, ao contrário da IA que é uma inteligência específica. Ou seja, a AGI é muito mais inteligente que um homem que, para chegar ao seu nível, só implantando um chip em nosso cérebro, se não quisermos virar gatinho de estimação de robô.

A questão toda seria surreal se não fosse real, mas é realíssima. Como disse Harari, essas tecnologias não são coisa do futuro: elas já estão aí.

Os criadores, preocupados com uma possível perda de controle da própria criação – tipo Frankenstein – fizeram uma petição para parar a ChatGPT por pelo menos 6 meses. ASSINE AQUI você também.

Qual é o problema? Temos muitas coisas para regular nessa história. Coisas éticas e de segurança. Somos humanos e somos lentos, enquanto a tecnologia avança de maneira impressionantemente rápida. É agora ou nunca, ou já seria tarde?

Para finalizar, vamos com Harari de novo:

“o melhor que posso dizer é que a história está cheia de erros. Muitos grandes eventos não são o resultado de algumas forças inevitáveis da história. Eles são simplesmente o resultado de humanos cometendo erros terríveis.”

Se esse é mais um capítulo da história humana do qual não teremos nada do que nos orgulhar, eu não tenho dúvidas! Como podemos ser tão estúpidos, a ponto de cavar nossa própria destruição?

Se tudo te pareceu um exagero, se liga nas fontes e estude por conta própria (ou pergunte ao GPT):

Fontes:

  1. Open
  2. Telegraph
  3. Transhumanism Vídeos – YouTube
  4. FoxNews – Youtube
  5. DeepMind

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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