Lixo eletrônico cresce em ritmo alarmante: já são 62 milhões de toneladas


O mais recente relatório da ONU sobre resíduos eletrônicos revela uma tendência preocupante: o volume de aparelhos descartados está crescendo em um ritmo alarmante, superando em cinco vezes a capacidade de reciclagem. Com cada cidadão gerando em média 19,6 quilos de lixo eletrônico por ano, esse problema se torna ainda mais evidente em escala mundial.

Amontoado de lixo eletrônico ©John Cameron/Unsplash

Amontoado de lixo eletrônico ©John Cameron/Unsplash

Segundo o quarto Relatório Mundial das Nações Unidas sobre Lixo Eletrônico, a produção global de lixo eletrônico atingiu a marca de 62 milhões de toneladas, equivalente a um milhão e meio de caminhões carregados de resíduos. Esse volume é alarmante e demonstra uma insustentável disparidade entre a geração de lixo eletrônico e os esforços de reciclagem.

Prevê-se que, até 2030, a geração anual de resíduos eletrônicos atinja a marca de 82 milhões de toneladas, representando um potencial colapso ambiental devido à incapacidade de lidar com esse aumento exponencial.

Reciclagem não é a solução

Apesar dos esforços de reciclagem, apenas uma pequena fração desse lixo é devidamente gerenciada, com a maioria sendo enviada para países terceiros, muitas vezes fora do radar das autoridades. A falta de legislação abrangente e a inadequação das práticas de reciclagem são fatores que contribuem para agravar esse problema.

Enquanto a reciclagem é frequentemente apresentada como uma solução, especialistas alertam que isso não é suficiente para lidar com a crescente montanha de resíduos eletrônicos. É fundamental adotar medidas que reduzam o consumo desenfreado de materiais e promovam uma verdadeira economia circular.

Além disso, a questão da rastreabilidade dos resíduos eletrônicos é crucial. Sem saber para onde esses materiais estão indo e como estão sendo tratados, corremos o risco de perpetuar um ciclo de degradação ambiental e impactos negativos na saúde humana.

Portanto, é essencial que governos, indústria e consumidores trabalhem juntos para encontrar soluções sustentáveis para o problema do lixo eletrônico. A urgência dessa questão não pode ser subestimada. É hora de agir com determinação e responsabilidade para garantir um futuro mais limpo e sustentável para o nosso planeta.

Fonte: ONU News

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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