Calor recorde na Europa mata aves e causa apagões por uso massivo de ar-condicionado


O que está acontecendo na Europa? Na Espanha aves morrem de calor, na França faz 40 graus. Cidades italianas vão em tilt por uso de ar-condicionado, enquanto os britânicos que podem fogem para o mar. O calor está demais!

Temperaturas completamente fora do padrão europeu, mesmo sendo verão, estão causando inconvenientes em todo o continente, e a previsão não é boa: o calor deve continuar.

Maio de 2022 bateu o recorde de mês mais quente desde 2003, com um aumento de dois graus na média. Junho e julho seguem o mesmo padrão e provavelmente serão os meses mais quentes da década.

Em Milão e Turim muitos condicionadores de ar ligados ao mesmo tempo levaram cidades ao apagão. Lojas ficaram no escuro e elevadores foram bloqueados, como informa Il Messaggero.

A França está em alerta vermelho em 14 regiões e até na Grã-Bretanha, onde nunca faz calor, as temperaturas estão se tropicalizando.

Na Espanha, aves estão caindo no chão devido às altas temperaturas, literalmente mortas de calor. A Península Ibérica chegou a registrar 53° C na superfície terrestre.

Em Córdoba e Sevilha, aves da espécie protegida (Apus apus) foram encontradas às dezenas mortas pelo calor. A espécie nidifica nas cavidades existentes entre os prédios e estes esquentaram a ponto de  de se tornarem inabitáveis ​​nos últimos dias. As aves tentam fugir desta situação e acabam por cair dos ninhos.

Na Grã-Bretanha quem pode foge das grandes cidades rumo ao mar. Esse final de semana promete calor extremo na região.

Além do calor intenso, secas drásticas estão previstas. Na Itália não chove há 110 dias em muitas áreas, os lagos estão sofrendo com baixas históricas e os níveis dos rios romanos (Tevere, Aniene, Sacco) caíram um metro em relação ao ano passado.

Já há racionamento de água em vários municípios italianos.

Seca e calor favorecem a ocorrência de incêndios florestais. Esperamos não dar notícias trágicas nos próximos dias. Queremos apenas lembrar que desmatar para cimentar cidades é uma péssima ideia e, mesmo assim, com todas as evidências, ainda estão destruindo as poucas árvores que restam nas cidades, Brasil e mundo afora.

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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