Mais de 1 bilhão de pessoas sofrerão com o calor extremo, diz pesquisa


Parece que muitos ajustes terão que ser feitos na COP26. Enquanto a crise climática tenta ser combatida, uma pesquisa (derivada da pesquisa do projeto Helix) divulgada pelo UK Met Office na cúpula, afirma que um bilhão de pessoas sofrerão calor extremo se a temperatura global aumentar 2 °C.

Os cientistas disseram que isso seria um aumento de 15 vezes nos números expostos atualmente.

Emergência climática

De acordo com a OMS, pelo menos 166.000 pessoas morreram devido ao calor extremo ao redor do mundo nas duas décadas até 2017.

A crise climática está aumentando a combinação mortal de temperatura e umidade. O Met Office avaliou a temperatura do bulbo úmido: quando essa medida atinge os 35 °C, o corpo humano não consegue se resfriar com o suor e até pessoas saudáveis sentadas em um local sombreado morrerão em seis horas.

Se as temperaturas aumentarem em 4 °C, metade da população mundial sofrerá com esse estresse extremo pelo calor.

Calor extremo

O calor é um dos impactos do aquecimento global. O calor extremo em cidades ao redor do globo triplicou nas últimas décadas, segundo estudo recente. Nos Estados Unidos, mais de um quarto da população sofreu os efeitos do calor extremo durante o verão de 2020, com sintomas como náuseas e cólicas.

Na cúpula da COP26, o governo do Reino Unido está sendo advertido de que o país está “lamentavelmente despreparado” para o aumento do calor.

Os países tropicais como Brasil, Etiópia e Índia serão os mais atingidos pelas altas ondas de calor, com algumas partes chegando ao limite da capacidade de vida humana.

O professor Albert Klein Tank, diretor do Met Office Hadley Center, fala sobre as áreas que mais sofrerão pelo calor e sobre os países menos afetados:

“Esses mapas revelam áreas do mundo onde os impactos mais graves estão projetados para ocorrer. No entanto, espera-se que todas as regiões do mundo – incluindo o Reino Unido e a Europa – sofram impactos contínuos das mudanças climáticas“.

Níveis fatais de calor e umidade

Um estudo de 2015 mostra como o Golfo no Oriente Médio pode sofrer ondas de calor além do limite da sobrevivência humana se as mudanças climáticas não forem controladas.

O lugar mais mortal do planeta para futuras ondas de calor extremas será no norte da China, uma das regiões mais povoadas do mundo.

Chegamos a este ponto não por falta de aviso. Os cientistas vêm alertando há anos sobre os níveis fatais de calor e umidade.

Andy Wiltshire, do Met Office, também alerta sobre os impactos climáticos:

“Qualquer um dos impactos climáticos apresenta uma visão assustadora do futuro. Mas, é claro, mudanças climáticas severas irão causar muitos impactos, e nossos mapas mostram que algumas regiões serão afetadas por vários fatores”.

Há muito trabalho a ser feito para alcançar os objetivos propostos até o final da cúpula.

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Lara Meneguelli


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