Nasce o 1º Santuário do mundo para touros resgatados de touradas


Acaba de ser fundado na Colômbia, o Reserva del Toro Bravo, o 1º Santuário do mundo para touros resgatados de touradas.

O Santuário fica a cerca de 30 minutos de Bogotá, nas montanhas de La Calera. Saiba mais sobre a importância desse Santuário e como será seu trabalho, com as informações a seguir.

Objetivo: evitar mais crueldade com os touros

De acordo com Miguel Aparício, fundador da Reserva del Toro Bravo, à medida que o Congresso da República da Colômbia caminha para a proibição das touradas, milhares de touros correm o risco de acabarem em matadouros.

Para evitar isso, foi criada a Reserva del Toro que vem realizando todo um trabalho pela conservação desses animais.

Crueldade das touradas

Devido à tradições antigas, as touradas ainda vêm sendo tratadas como esporte, lazer e cultura. Felizmente, muitas pessoas estão começando a perceber a crueldade e a insanidade dessa atividade, pela qual, todos os anos, aproximadamente 180.000 touros são mortos no mundo inteiro.

Muitos países já aboliram estes eventos cruéis. Entretanto, ainda existem aqueles que continuam com essa prática horrenda e cruel, tais quais: Espanha, França, Portugal e localidades da América Latina.

Na América Latina, como dito antes, a Colômbia está prestes a instituir a proibição das touradas.

Proibição das Touradas na Colômbia

A Colômbia é um dos países que caminha para a proibição das touradas, já que o Senado votou recentemente um Projeto de Lei para proibir as touradas em todo o país.

O projeto tem o apoio do recém-eleito presidente, Gustavo Petro, mas ainda precisa ser aprovado pela Câmara dos Deputados.

A proibição das touradas é uma reinvindicação dos ativistas e defensores dos animais que há anos vêm lutando pelo fim dessa crueldade.

Consequências do fim das touradas

Acabar com o cruel espetáculo esportivo é a primeira prioridade, porém, junto à essa situação vem outra questão: o que acontecerá com os touros quando as touradas forem proibidas?

“A proibição das touradas na Colômbia ou em qualquer outro país, infelizmente, sempre é proposta sem criar alternativas para os touros de lide, animais mais complexos e agressivos, que com a crescente pressão antitourada, correm o risco de serem revitimizados por proibições que podem não protegê-los efetivamente”, disse Miguel Aparício

Atualmente, a Reserva del Toro Bravo tem 7 touros e vacas espanhóis protegidos e está trabalhando para salvar outros bovinos.

Segundo Miguel Aparício, o santuário busca ajudar a preservar estes animais, criando propostas e soluções para a conservação deles em meio natural.

“Esta reserva será também dedicada à conservação da raça, bem como à conservação do habitat natural dos touros de lide,” disse Miguel Aparício.

Alternativas para substituir as touradas

O projeto de lei que está em tramitação na Colômbia visa também criar alternativas profissionais e empresariais para pessoas que trabalham e têm como fonte de renda a atividade tauromáquica.

O santuário Reserva del Toro Bravo pretende ser uma mola mestra para criar alternativas no lugar das touradas, atuando em parceria com fazendas de criação de touros em vários países que desejam deixar para trás essa indústria de entretenimento insana e ter um impacto mais positivo com os animais em atividades de ecoturismo.

 “O que precisamos são alternativas positivas e seguras para esses animais, e também atrair novas oportunidades de negócios amigáveis ​​aos animais para aqueles no mundo das touradas que estão prontos para mudar”, declarou Miguel Aparício.

Em suma, a missão da Reserva del Toro Bravo é proteger e preservar a criação dos touros e, ao mesmo tempo, criar novos caminhos profissionais e de negócios para um mundo pós-touradas.

Esta nova perspectiva tem tendências de crescimento e permite que os touros de lide continuem a ser protagonistas, mas dentro de um ambiente de conservação e respeito pela sua integridade física, em que o carisma desse animal seja apreciado apenas em um habitat natural.

Erradicar o problema, criando soluções

Como visto, não basta proibir as touradas. É preciso pensar em estratégias para criar contextos favoráveis em que os animais possam viver com dignidade e liberdade, sem sofrerem abandono ou ficarem sujeitos à mort,  por não terem mais utilidade à quem os explorava.

Afinal, ninguém gosta de sofrer!

Fontes:

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Deise Aur

Professora, alfabetizadora, formada em História pela Universidade Santa Cecília, tem o blog A Vida nos Fala e escreve para greenMe desde 2017.


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