Tudo sobre pítons: as serpentes do gênero Python


As pítons se distinguem pela beleza e exuberância e fazem parte do gênero de serpentes Python, que apresenta diversas espécies que podem ser nativas principalmente da Ásia ou África.

Infelizmente, essa serpente linda, mansa e sem veneno vêm sofrendo com a comercialização para serem vendidas como pets, servir como atração circense ou para extração de sua pele para fabricação de bolsas e calçados.

Conheça as serpentes do gênero Python e ajude a divulgar essas informações para que cada vez mais elas sejam poupadas da crueldade e exploração.

Informações científicas sobre as serpentes do gênero Python

Python é um gênero de répteis da família Pythonidae, que faz parte da subordem das Serpentes e pode ser de origem asiática ou africana.

O nome comum das serpentes desse gênero é píton.

Lista de diversas espécies do gênero Python

As diversas espécies de serpentes do gênero Python são:

  • P. anchietae  -> Píton-angolana -> sudeste de Angola e no nordeste da Namíbia
  • P. curtus  -> sudeste da Tailândia
  • P. molurus– >Píton indiana ->Paquistão, Índia, Sri Lanka, sudeste do Nepal, Bangladesh, Myanmar, sudeste da China, Tailândia, Laos, Vietnã, Camboja, Península da Malásia e Indonésia
  • P. regius > Píton-real -> Senegal, Mali, Guiné-Bissau, Guiné, Serra Leoa, Libéria, Costa do Marfim, Gana, Benin, Níger e Nigéria, Chade, Sudão e Uganda.
  • P. reticulatus  ->Píton-reticulada -> Sudeste da Ásia
  • P. sebae >Píton-africana->África
  • P. timoriensis -> Indonésia

Características comuns das espécies do gênero Python

Todas as espécies do gênero Python possuem características comuns como:

  • Nenhuma das serpentes possui dentes inoculadores de veneno, entretanto possuem presas afiadas curvadas para dentro que servem para agarrar bem suas presas.
  • As pítons podem ter de 4,5 a 6 metros de comprimento.
  • As fêmeas botam ovos para terem seus filhotes
  • Possuem pernas e pulmões extras e sensores de calor térmico
  • As serpentes pítons têm esporas anais, que ancestralmente eram usadas como pernas, porém com o passar do tempo perderam sua funcionalidade, ou seja, não são mais usadas para locomoção
  • Os machos têm esporas pélvicas maiores que as fêmeas, as quais usam na disputa com outros machos e também para cortejar e acasalar com a fêmea.

Comportamento

Por causa de seu volume, as pítons se movem em linha reta.

Elas endurecem suas costelas para se apoiarem no chão, levantam suas barrigas e se empurram para frente.

Esse movimento ocorre de forma bem lenta, por isso elas não podem ir mais de 1,6 km/h.

Existem espécies de píton que são nadadoras, enquanto outras são arborícolas e conseguem se pendurar em galhos com suas caudas preênseis.

Coloração

A coloração e o tamanho de diferentes espécies de píton variam dependendo de seus habitats e da necessidade de camuflagem.

As cores podem variar do marrom sólido ao verde brilhante, amarelo vivo ou albino, vermelho, lavanda com várias padronizações de escamas. Pode ser muito variada a sua morfologia.

Habitats

As pítons vivem em regiões de climas quentes e úmidos.

Muitas espécies de píton habitam florestas tropicais, mas também podem ser encontradas em pastagens, bosques, pântanos, afloramentos rochosos, dunas e arbustos.

Dependendo da espécie, as pítons podem se abrigar em cavidades, sob rochas, em tocas de mamíferos abandonadas e galhos de árvores.

Alimentação

As pítons são carnívoras e utilizam suas presas para agarrar, puxar e constringir a presa a fim de convertê-la em alimento.

As principais presas das pítons são:

  • quando jovens, estas serpentes preferem se alimentar de lagartos, sapos e insetos
  • à medida que envelhecem, começam a preferir roedores e pássaros

Desenvolvimento das pítons

Ao longo de seus ciclos de vidas, várias espécies de píton passam por mudanças graduais de cor.

Estas mudanças fazem com que no momento da eclosão sejam de uma cor, e com o passar do tempo fiquem de outras cores.

Reprodução

Pythons são animais ovíparos, isto quer dizer que as fêmeas põem ovos para dar origem às suas crias.

Os ovos eclodem cerca de dois a três meses depois.

Todas as pítons fêmeas se enrolam em torno de seus ovos, depois de depositá-los, com a finalidade de protegê-los dos predadores e assegurar as condições ambientais necessárias para o desenvolvimento dos ovos e o nascimento das pítonzinhas.

Diversas pítons, entre as quais as pítons-reticuladas (Python reticulatus) e pítons-das-rochas africanas (Python sebae), contraem seus músculos de forma repetida visando aumentar a temperatura corporal e assim acelerar o desenvolvimento do ovo.

Sensores térmicos da pítons

Assim como algumas jiboias (Boidae) e víboras (Crotalidae), as pítons têm sensores térmicos receptivos, que são fossas labiais sensíveis ao calor que servem para ajudá-las a encontrar presas de sangue quente.

Estes sensores detectam a energia infravermelha emitida por predadores ou presas que, em seguida, transmitem essa informação ao cérebro.

Isso permite que as pítons percebam outras criaturas através da percepção do calor que emitem, mesmo em locais escuros.

Imagens que mostram a beleza das espécies do gênero Phyton

Neste vídeo do canal Wild Panthera são exibidas as várias espécies do gênero Python.

Observação: para traduzir a descrição de cada uma delas, clique no botão de configuração na barra inferior e ative a tradução automática para o português.

Píton – Filha de Gaia

Na mitologia grega, a serpente píton era filha de Gaia e protegia o Oráculo de Delfos.

Essa representação envolve a serpente píton em uma simbologia de força, grandiosidade espiritual e sabedoria.

Abandono de pítons

Devido à caça, à exploração e à criação dessas serpentes pelos humanos, tem-se tornado comum ocorrer o abandono e soltura delas em locais que não são seus habitats naturais.

Alguns exemplos deste tipo de ocorrência:

Décadas atrás, pítons birmanesas (Python bivittatus), que são grandes serpentes nativas do sudeste da Ásia, surgiram em Everglades, na Flórida, provavelmente soltas por pessoas que as tinham como animais de estimação ou a trouxeram de forma clandestina.

De lá para cá, elas se procriaram e espalharam pela região, o que vem gerando desequilíbrios e preocupação com as espécies nativas do local que se tornaram presas delas.

Outro caso de abandono noticiamos em:

Risco de extinção

Várias espécies de pítons estão vulneráveis ou em perigo de extinção e estão na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da União Internacional de Conservação da Natureza.

A causa das pítons se encontrarem nessa situação é principalmente desencadeada pela ação humana, que, como já dito, comercializa a pele dessa serpente ou trafica e a vende viva para ser criada como pet.

Por ser mansa, bela e não venenosa, essa serpente exótica precisa da conscientização dos humanos para que parem de transformá-la em objeto de lucro, abusando contra a sua natureza.

É necessário respeito e zelo pelas lindas espécies do gênero píton.

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Deise Aur

Professora, alfabetizadora, formada em História pela Universidade Santa Cecília, tem o blog A Vida nos Fala e escreve para greenMe desde 2017.


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