Emissões de Carbono: como reduzir o impacto no dia a dia, segundo cientistas


Você sabe o que é pegada de carbono? Trata-se de uma medida do quanto cada pessoa emite de CO2 na atmosfera em suas tarefas diárias. Um estudo mostra quais são as atividades mais poluentes do nosso dia a dia e os cientistas dão dicas de como reduzir o impacto.

A pandemia de Covid-19 mostrou ao mundo que temos uma chance de salvar o planeta, basta querermos. O estudo liderado pela Dra. Diana Ivanova, da Universidade de Leeds, confirmou isso e listou as atividades que mais impactam na pegada de carbono.

Segundo ela, é fundamental mudarmos a nossa mentalidade e tomarmos consciência do quanto cada um de nós emitimos de CO2 no planeta.

O simples fato de existir libera uma quantidade mínima de CO2, o que não afetaria o planeta se fosse apenas isso. No entanto, algumas atividades incorporadas ao longo dos anos à nossa rotina, aliadas ao avanço da tecnologia, fez com que houvesse um aumento exponencial nas emissões de gases de efeito estufa.

Andar de carro e de avião são as atividades que mais poluem a atmosfera. Isso ficou claro, logo no começo da pandemia de coronavírus, quando muitos países foram obrigados a parar suas atividades para que as pessoas ficassem em suas casas.

A consequência disso pôde ser vista e sentida em muitos lugares, onde o ar tornou-se temporariamente mais limpo e belas paisagens pudessem ser vistas a olho nu, como nunca vistas antes.

Top 10 atividades que mais emitem CO2

De acordo com o estudo, mudar a alimentação para o veganismo e reciclar materiais são mudanças importantes, mas não são suficientes. É preciso focar nessas atividades que ficaram no topo das que mais poluem.

Para ajudar nessa conscientização, os cientistas listaram dez opções que, segundo eles, ajudarão a reduzir as emissões de dióxido de carbono na atmosfera. A lista está por ordem das atividades que mais impactam e a consequente economia de CO2 em toneladas. Vamos a elas:

  1. Deixar de andar de carro: economia de 2.04 toneladas de CO2;
  2. Dirigir carro elétrico com bateria: economia de 1.95 toneladas de CO2;
  3. Realizar um vôo curto a cada ano: economia de 1,68 toneladas de CO2;
  4. Investir em energia renovável: economia de 1.6 toneladas de CO2;
  5. Utilizar o transporte público: economia de 0,98 toneladas de CO2;
  6. Reformar e renovar no sentido de reciclar e reutilizar: economia de 0.895 toneladas de CO2;
  7. Mudar para uma dieta vegana: economia de 0.8 toneladas de CO2;
  8. Isolar bem a casa (locais que precisam de aquecedores): economia de 0.795 toneladas de CO2;
  9. Substituir métodos poluentes de cozinhar: economia de 0.65 toneladas de CO2;
  10. Mudar aquecimento das casa para energia renovável: economia de 0.64 toneladas de CO2.

Se todas essas medidas forem adotadas, cada pessoa deixará de emitir cerca de 9 toneladas de dióxido de carbono por ano. Para se ter uma ideia, atualmente as emissões domésticas anuais nos Estados Unidos chegam a 17 toneladas e 10 no Reino Unido.

Apesar de todas essas evidências apontadas no estudo, uma matéria publicada na BBC News menciona que essas opções foram questionadas, pois analisam apenas a pegada de carbono.

Uma questão relevante que foi levantada pelo professor Tommy Wiedmann, da Universidade de New Wales, é com relação à escassez de água provocada pela mineração de lítio utilizado na fabricação das baterias dos carros elétricos.

Esse seria um ponto forte que contraria o estudo da Dra. Diana, mas de toda forma, as opções que ela e os demais cientistas que participaram dele oferecem, são de grande valia para a salvação do planeta.

Outros pontos como reciclagem e hábitos de menor consumo foram levantados e devem sempre estar na rotina da população mundial, ou pelo menos já devia estar. Contudo, como foi falado, o estudo focou mais nas opções que podem ajudar a diminuir as emissões de gases de efeito estufa no planeta.

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Eliane A Oliveira

Formada em Administração de Empresas e apaixonada pela arte de escrever, criou o blog Metamorfose Ambulante e escreve para greenMe desde 2018.


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