Desafio não comprar roupas novas de junho a setembro #NoNewClothes


Remake, uma organização global sem fins lucrativos, luta por salários justos e sustentabilidade na rica e poluente indústria da moda. Liderando ações coletivas para combater a fast fashion, que é o maior problema da moda por causa da fabricação de roupas baratas, poluentes e quase descartáveis, a ONG faz todos os anos a #NoNewClothes.

Esse ano, 2023, de 1º de junho a 1º de setembro, o pedido da Remake é juntar-se à essa comunidade global no desafio de não comprar roupas novas durante esse período e, em vez disso, refletir sobre como combater o consumo excessivo, seja não comprando peças novas, seja consertando, trocando, alugando ou comprando apenas usados, de brechó ou segunda mão, você decide!

A ideia é reduzir a pegada de carbono, construir hábitos psicológicos saudáveis, diminuir o lixo  e, o melhor, economizar para gastar o dinheiro de uma forma melhor que comprar roupas, muitas vezes inúteis ou não necessárias, fomentando um comércio ligado à poluição e ao trabalho indigno, análogo à escravidão com salários baixíssimo e condições precárias de segurança

Você topa o desafio?

Por que aderir à campanha?

A moda fast fashion (Shein, H&M, etc ) faz mal ao meio ambiente devido a diversos fatores, como:

  1. Produção em massa: A indústria da moda fast fashion produz uma quantidade enorme de roupas em curtos períodos de tempo, o que resulta em uma demanda por matérias-primas, energia e água em larga escala. Isso causa esgotamento de recursos naturais e aumento da poluição.
  2. Uso de materiais sintéticos: Muitas roupas fast fashion são feitas de tecidos sintéticos derivados do petróleo, como poliéster, que são altamente poluentes durante a produção e não são biodegradáveis, contribuindo para a acumulação de resíduos têxteis.
  3. Descarte de roupas: Devido à baixa qualidade e à rápida obsolescência das roupas fast fashion, muitas peças são descartadas após pouco uso. Essas roupas frequentemente acabam em aterros sanitários, onde levam décadas para se decompor, liberando gases de efeito estufa durante o processo.
  4. Condições de trabalho precárias: A produção rápida e de baixo custo da moda fast fashion muitas vezes ocorre em países com regulamentações trabalhistas menos rigorosas. Isso resulta em condições de trabalho precárias, salários baixos e exploração de mão de obra, afetando negativamente os trabalhadores e suas comunidades.
  5. Transporte e logística: A cadeia de abastecimento global da moda fast fashion envolve o transporte de produtos acabados, matérias-primas e outros componentes em longas distâncias, o que gera uma grande pegada de carbono devido ao consumo de combustíveis fósseis e contribui para a poluição do ar.

Resumindo, a moda fast fashion tem um impacto negativo significativo no meio ambiente devido à sua produção em massa, uso de materiais poluentes, descarte inadequado de roupas, más condições de trabalho e transporte de longa distância. A conscientização sobre esses problemas tem levado a um aumento na demanda por alternativas mais sustentáveis e éticas na indústria da moda.

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Fonte: Remake

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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