Dieta Vegana Reduz Ondas de Calor na Menopausa e o Risco de Doenças Graves

Mais um estudo revela os benefícios da dieta vegana para mulheres em menopausa na redução dos fogachos. Um estudo recente realizado por uma equipe de pesquisadores americanos revelou que a adoção de uma dieta vegana pode ter um impacto significativo na redução das ondas de calor associadas à menopausa (os fogachos), além de afetar positivamente a microbiota intestinal e reduzir riscos de doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2.

O estudo

O estudo coordenado pelo professor Neal Barnard, da Universidade George Washington, envolveu cerca de oitenta mulheres na pós-menopausa que experimentavam regularmente afrontamentos moderados a graves. Ao longo de 12 semanas, metade das participantes adotou uma dieta vegana com baixo teor de gordura, enquanto a outra metade manteve sua alimentação habitual.

Os resultados apontam que a dieta vegana reduziu quase que completamente as ondas de calor, diminuindo em 95% esses sintomas, tanto durante o dia (com queda de 96%) quanto à noite (com declínio de 94%). A dieta vegana também colaborou para a perda de peso dos participantes, com uma média de 6,4 quilos.

Além disso, a pesquisa revelou uma redução considerável de bactérias intestinais associadas a doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2 nas mulheres que seguiram a dieta vegana. A Dra. Kahleov, coautora do estudo, destacou que

“uma dieta vegana rica em frutas, vegetais, grãos e feijões pode não só ajudar a aliviar os afrontamentos, mas também auxiliar na perda de peso e na proteção contra doenças cardíacas e diabetes tipo 2”.

O estudo também evidenciou mudanças na flora bacteriana, com redução de bactérias associadas a sintomas como as ondas de calor, artrite reumatoide e riscos cardiovasculares.

O estudo, no entanto, ressalta a necessidade de mais pesquisas clínicas para confirmar esses resultados. Os detalhes completos do estudo “A dietary intervention for postmenopausal hot flashes: A potential role of gut microbiome. An exploratory analysis” foram publicados na revista científica Complementary Therapies in Medicine.

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