Veganos devem ser isentos de vacinação forçada, alertam especialistas


Na Europa a vacinação anti Covid-19 está sendo forçada através do tal do green pass. A maioria das pessoas acha que vacinar-se é um ato de solidariedade e união contra a pandemia, mas existe uma minoria contrária à obrigação de vacinar-se. Ninguém é, de fato, obrigado, mas com a oficialização do green pass estão todos sendo coagidos a se vacinarem sob pena de perderem seus empregos.

Nós falamos sobre isso aqui -> Macron, renuncie: manifestações na França contra vacinação forçada e discriminação

Em 13 países países europeus existe agora essa nova medida contra a pandemia, o green pass, ou seja, um documento que atesta vacinação ou obrigação de teste com validade de 48 horas para entrar em lugares fechados, cinemas, bares, restaurantes…

E com isso, muitos trabalhadores estão sendo “convidados” a se vacinarem ou a se retirarem de seus postos de trabalho.

Mas os veganos podem se salvar.

Segundo noticiou o Telegraph no Twitter, especialistas jurídicos alertam que os veganos estariam isentos da vacinação obrigatória no local de trabalho e os empregadores que insistirem na coerção da vacina estarão correndo o risco de uma ação legal.

Estima-se que 500.000 britânicos sejam veganos e muitas empresas grandes estão avisando seus funcionários que eles deverão se vacinar antes de voltarem ao escritório. Acontece que o veganismo ético é uma crença que deve ser respeitada como uma religião e, embora as vacinas anti Covid não contenham produtos de origem animal, todos os medicamentos passam por testes em animais.

No Reino Unido, em 2020, um juiz de um tribunal trabalhista decidiu que o veganismo ético é uma crença filosófica, o que significa estar protegido pelo Equality Act 2010. Portanto, veganos, grupos religiosos e pessoas com deficiências ou condições médicas particulares que não queiram se vacinar, poderiam reivindicar naquele país, demissão construtiva se forem forçadas à vacinação.

Vacinar ou não, eis a questão

A própria Vegan Society reconhece a complexidade da situação e encoraja os veganos a se vacinarem.

“Nunca foi tão importante para nós falar sobre a definição de veganismo no contexto de medicamentos, incluindo vacinas”

“A definição de veganismo reconhece que nem sempre é possível ou praticável para os veganos evitar a participação no uso de animais, o que é particularmente relevante em situações médicas.

“No caso da Covid-19, a vacinação terá um papel fundamental no combate à pandemia e salvamento de vidas. Como existe atualmente uma exigência legal de que todas as vacinas sejam testadas em animais, neste momento é impossível ter uma vacina que foi criada sem o uso de animais.”

Mas como prevê Clare Chappell, advogada associada da Peacock & Co, o green pass ainda vai dar muito pano pra manga, pois coagir a população à vacinação é violar crenças e provocar discriminação em lugares onde a liberdade ainda é tutelada.

“Alguém em algum momento que seja um antivaxxer vai fazer uma alegação de que uma crença antivax é uma crença filosófica.

Crença é crença e verdades sobre o vírus e a doença, na verdade, ninguém tem. No mais, se existem estudos que apontam que vacinados podem se infectar e transmitir o vírus SARS-CoV-2, como no caso da variante alfa do novo coronavírus, qual é a eficácia do green pass? Não seria melhor investir em testes rápidos, econômicos e eficazes?

Fica a pergunta! Soluções já existem!

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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