Macron, renuncie: manifestações na França contra vacinação forçada e discriminação


Enquanto no Brasil a vacinação virou disputa política, porque Bolsonaro menosprezou a Pifaizer, na terra da Liberdade, Igualdade e Fraternidade o povo não quer ser vacinado à força.

Como nos conta greenMeAfrica, uma centena de manifestações por toda a França – de Paris a Marselha, de Bordéus a Perpignan – foram organizadas contra a extensão do pass sanitaire, a vacinação obrigatória de cuidadores (médicos, enfermeiros, profissionais da saúde e cuidadores em geral) e as medidas definidas contra a liberdade, anunciadas durante o discurso do Presidente Macron no dia 12 de julho. 2021.

O pass sanitaire é o passe verde, o green pass, ou seja, a obrigação de ter a carteirinha de vacinação à mão, para entrar nos lugares públicos. Para os franceses, esse passe verde é uma afronta à liberdade das pessoas.

Entenda o caso.

Macron: renuncie!

Milhares de pessoas de todas as idades, origens e condições sociais saíram às ruas nos dias 14 de julho, feriado nacional, e no sábado, 17, gritando “Macron: renuncie”, para manifestar oposição à obrigação de vacinar e à outras medidas tomadas pelo governo.

Desde o início da pandemia Covid-19, a França sofreu três confinamentos, o fechamento prolongado de lojas, teatros, cinemas, bares e restaurantes, a imposição do toque de recolher, o uso da máscara obrigatória em ambientes abertos e fechados.

O presidente Macron, em seu discurso de 30 de abril, apresentou um cronograma de desconfinamento, segundo o qual, os franceses poderiam ter voltado a viver normalmente com a reabertura das atividades que permaneceram fechadas por muito tempo: quase oito meses!

Em 12 de julho, Macron instou os franceses a se vacinarem, evitando que pessoas não vacinadas entrassem em locais de cultura, entretenimento, recreação e shopping centers a partir de 21 de julho, bem como a entrada em restaurantes e bares, trens e aviões desde a primeira semana de agosto.

Os motivos dos protestos

A partir de agosto, os não vacinados, para entrarem em lugares públicos como bares e restaurantes, deverão apresentar um teste PCR negativo, feito a menos de  72 horas antes. Por ora, o teste é gratuito (já exigido em alguns casos como em cinemas e teatros) mas será pago a partir de outubro e não reembolsável pelo sistema sanitário francês.

Além disso, o presidente Macron anunciou que a vacina contra a Covid-19 se tornará obrigatória para os profissionais de saúde e de quaisquer profissões de contato com idosos ou frágeis. Todos os profissionais de saúde ou profissionais que, por meio de seu trabalho, estiverem em contato com pessoas frágeis, caso até o dia 15 de setembro ainda não tenham sido vacinados, a partir dessa data não serão mais remunerados.

Após este último discurso, grupos de cidadãos se uniram para protestar contra as medidas coercitivas e e discriminatórias do governo, por meio de manifestações em toda a França e a abertura de uma petição que será apresentada à Assembleia Legislativa.

Os franceses expressam firme oposição à essas medidas e exigem respeito ao direito à informação e à livre escolha, definindo essas medidas discriminatórias e inconstitucionais.

Ao querer promulgar uma lei que torne a vacina obrigatória, primeiro para os cuidadores e depois para os demais ofícios, o governo não leva em consideração os direitos dos cidadãos à informação e à orientação sobre cuidados que lhes dizem respeito, definidos pela Haute Autorité de Santé (HAS), em particular:

  • o direito de participar ativamente nas decisões médicas que lhe digam respeito ou na decisão médica partilhada (art. L 1111-4 do CSP);
  • o direito de recusar tratamento ou ato médico (art. L 1111-4 do CSP);
  • o direito de sair do estabelecimento a qualquer momento.
  • o direito ao respeito pela própria dignidade (art. L 1110-2 do CSP);
  • o direito ao respeito pela sua vida privada e ao sigilo das informações que lhe digam respeito (art. L 1110-4 do CSP);
  • o direito ao respeito pela privacidade;
  • o direito ao respeito pelas próprias crenças e convicções;
  • o direito à informação sobre o seu estado de saúde, bem como a respeitar a sua vontade de não ser informado sobre o seu estado de saúde (art. L 1111-2 do CSP);
  • o direito à informação de qualidade: deve ser acessível e justa;
  • o direito de acesso direto ao arquivo médico (art. L 1111-7 do CSP)

Segundo os manifestantes, o governo francês está de qualquer modo obrigando os franceses a se vacinarem, primeiro por meio de ameaças e pressão psicológica, porque a lei ainda não foi discutida, sem levar em conta a Resolução 2361 do Conselho da Europa de 28 de janeiro de 2021, que pede aos Estados membros e à União Europeia, nos artigos 731 e 732, de…

garantir que os cidadãos sejam informados de que a vacinação não é obrigatória e que ninguém está sob pressão política, social ou outra para ser vacinado, se não o desejar pessoalmente.

garantir que ninguém seja discriminado por não ter sido vacinado, por causa de um risco potencial à saúde ou por não querer ser vacinado.

Os mais eminentes especialistas, médicos e cientistas, ainda não encontraram uma cura para a doença, na verdade sequer entenderam como funciona essa doença, mas colocam como única solução para a erradicação da Covid-19, uma vacina ainda em fase experimental.

Ninguém, entre esses médicos especialistas, informou aos franceses sobre a possibilidade da prevenção da Covid-19, nenhum médico lembrou à população que muitos, ou a maioria das pessoas,  tem a capacidade de fortalecer naturalmente seu sistema imunológico, com uma alimentação saudável e balanceada, com a prática de um esporte e vivendo uma vida digna.

Ao contrário, na França e em boa parte do mundo, os governos sob a direção de seus conselhos científicos, ou sobre orientação da OMS, tratou de propagar medo, incerteza, angústia social, econômica e psicológica, criando disparidades, desemprego e pobreza, tudo curável com a vacinação.

Os protestos dos últimos dias representam apenas o início de uma luta contra a disseminação do passe verde da saúde. Os protestos terminarão quando a liberdade de escolha for restaurada aos franceses, avisam os manifestantes.

Exemplo para o mundo

O mesmo está acontecendo em outros países da Europa e do mundo. Quem não quer se vacinar por qualquer motivo que seja: ou porque tem medo, não acredita na eficácia da vacina, já pegou o vírus ou é um Eremita dentro de casa, está sendo discriminado.

No Brasil vacinar ou não é questão bolsonarista, as pessoas só pensam na pifaizer e não discutem nada além disso.

Já o caso francês é emblemático pois se tornará um exemplo para o mundo.

E aí? O que você acha? Vacina obrigatória fere a liberdade de escolha do cidadão?

Deixe sua opinião!

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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