Frutas brasileiras estão servidas de agrotóxicos proibidos na UE


As frutas brasileiras vendidas na Alemanha estão cheias de agrotóxicos proibidos pela própria União Europeia.

O Greenpeace flagrou essa situação, a qual chamou de “dupla-moral”, pois contradiz o acordo entre a UE e o Mercosul.

O Greenpeace encomendou um estudo para analisar a presença de agrotóxicos nas frutas e vegetais comercializadas na Alemanha. De acordo com a pesquisa, dos 70 vegetais analisados, 59 acusaram a presença de 35 pesticidas, dos quais 11 são proibidos pela União Europeia.

As frutas foram analisadas em dois laboratórios diferentes e constatou-se que dois terços delas tinham pesticidas. Um mamão, por exemplo, chegou a apresentar nove tipos de substâncias tóxicas.

Das 35 substâncias encontradas, mais da metade são classificadas como altamente perigosas para a saúde e para o meio ambiente. Dentre elas, os inseticidas Imidacloprid e Chlorfenapyr, fabricados pelas alemãs Bayer e Basf.

O Brasil é o terceiro maior consumidor de pesticidas do mundo, utilizando inclusive as substâncias que são proibidas na UE. De acordo com esta notícia publicada pelo site DW, 70% dos pesticidas utilizados no Brasil são altamente perigosos.

Suspensão do acordo UE-Mercosul

Vale ressaltar que só em abril de 2021, o Bolsonaro aprovou 3.231 pesticidas e em 845 dias de governo, ele já emitiu o recorde de 1.172 autorizações para o uso de agrotóxicos. Isso vai contra o acordo de livre comércio UE-Mercosul, que deveria priorizar a exportação de produtos agrários para a Europa em melhores condições.

O Greenpeace pede a suspensão desse acordo, alegando que ele é controverso e condena ainda a “dupla moral alemã”. Isso porque os agrotóxicos que são vendidos e usados no Brasil são fabricados justamente pelas empresas alemãs, Bayer e Basf.

A Bayer se defende dizendo que não vende mais agrotóxicos altamente perigosos, desde 2012 e que oferece cursos para os agricultores aplicarem corretamente os pesticidas. Já a Basf disse que confia nas autoridades e nos sistemas de monitoramento sobre a disponibilidade de alimentos seguros e saudáveis.

Com isso, podemos concluir que nossas frutas estão cheias de produtos altamente tóxicos e, se chegaram na Alemanha, com certeza vão parar nas nossas mesas. Portanto, o mais prudente que podemos fazer é comprar frutas, legumes e vegetais de produtores orgânicos e conhecidos, uma vez que até as autoridades não se preocupam com as consequências dessas liberações.

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Eliane A Oliveira

Formada em Administração de Empresas e apaixonada pela arte de escrever, criou o blog Metamorfose Ambulante e escreve para greenMe desde 2018.


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