2 Taças de vinho por dia reduziria o risco de demência segundo esse estudo


A notícia que os amantes de vinho estavam esperando. Segundo um novo estudo, o consumo moderado de álcool está associado a um risco reduzido de demência.

A pesquisa foi realizada por um grupo internacional de cientistas, liderada por pesquisadores australianos da Universidade de New South Wales.

Mas não se trata de qualquer bebida, especificamente duas taças de vinho por dia (40 gramas de álcool) podem reduzir em 38% o risco de demência em comparação com pessoas abstêmias.

A demência é uma condição neurológica ligada ao avanço da idade, caracterizada por distúrbios cognitivos, dificuldades de linguagem, de orientação e problemas de memória de curto prazo. O Mal de Alzheimer é a principal forma de demência no mundo e afeta cerca de 50 milhões de pessoas.

O estudo

Os pesquisadores, liderados pela professora Louise Mewton do Centro de Envelhecimento Cerebral Saudável da Universidade australiana, chegaram às conclusões após realizar uma meta-análise com dados de 15 estudos prospectivos (coorte epidemiológico) realizados em todo o mundo.

Participaram cerca de 25 mil pessoas com mais de 60 anos, cerca de 60% mulheres e pouco mais de metade eram bebedores habituais. No início do estudo, nenhum dos participantes tinha demência, uma condição diagnosticada em 2.124 casos durante o período de acompanhamento (por até 40 anos).

Os pesquisadores obtiveram para cada participante a quantidade de álcool consumida diariamente e dividiram a coorte em cinco grupos distintos:

  • abstêmios;
  • bebedores ocasionais (1,3 gramas de álcool por dia);
  • bebedores leves a moderados (1,3 g a 25 g por dia);
  • bebedores moderados a pesados ​​(25g a 45g por dia)
  • e bebedores pesados ​​(mais de 45g por dia).

Cruzando os dados dos participantes com os da ocorrência de demência, descobriu-se que os bebedores casuais e leves/moderados tiveram cerca de 20% menos probabilidade de desenvolver a condição em relação aos abstêmios, enquanto os bebedores moderados (40 gramas por dia) tiveram um risco diminuído de 38% comparativamente aos não-bebedores.

O surpreendente é que os não-bebedores (abstêmios) tiveram até 1/5 a mais de risco de desenvolver demência em relação aos bebedores pesados.

Por que o álcool faria bem ao cérebro?

Diante dos resultados, os pesquisadores acreditam que o consumo moderado de álcool poderia fornecer um certo “escudo” contra essa doença generalizada, embora deva-se ter em mente que foi apenas um estudo de associação, que não destaca relações de causa e efeito .

Os resultados devem ser vistos com muita cautela, em vista de outros riscos associados ao consumo de álcool, principalmente para o fígado, pâncreas e vesícula biliar.

O álcool está associado à várias doenças, tanto que, recentemente, um estudo conclui que álcool faz mal, mesmo em quantidade mínima. Realmente, a substância é tóxica.

Mas talvez os benefícios se devam ao fato de que o álcool relaxa e faz as pessoas socializarem, o que é muito bom para o cérebro. Também os benefícios podem ser devidos aos antioxidantes presentes na uva. Mas não façamos suposições…

Os detalhes da nova pesquisa “A relação entre uso de álcool e demência em adultos com mais de 60 anos: uma análise combinada de dados prospectivos de participantes individuais de 15 estudos internacionais” foram publicados, aqui, na revista científica Addiction.

Fonte: fanpage.it

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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