Este é o melhor alimento para reduzir risco de demência e Alzheimer


O mirtilo, mais conhecido como blueberry, é uma fruta pequena, de cor azulada, rica em nutrientes e que traz muitos benefícios para a saúde.

Alguns benefícios:

  • faz bem para o coração;
  • melhora a visão;
  • controla o diabetes;
  • combate a infecção urinária;
  • ajuda na recuperação muscular;
  • controla a hipertensão;
  • ajuda na pretensão contra o câncer.

Recentemente, pesquisadores descobriram mais: que adicionar mirtilos às dietas diárias de pessoas de meia-idade, pode diminuir as chances de desenvolver demência e outras doenças cognitivas.

Leia mais para entender os resultados deste novo estudo publicado na revista Nutrients.

Suplementação com Mirtilos

Os mirtilos têm um nível particularmente alto de micronutrientes e antioxidantes chamados antocianinas.

As antocianinas ajudam a dar a eles sua cor homônima e também a defender as plantas contra a exposição excessiva à radiação, agentes infecciosos e outras ameaças.

Essas mesmas propriedades que ajudam os mirtilos a sobreviver também proporcionam benefícios aos humanos, como:

  • reduz a inflamação;
  • melhora a função metabólica;
  • e aumenta a produção de energia dentro das células.

A suplementação de mirtilo pode melhorar o desempenho cognitivo e influenciar o metabolismo e a função cerebral e, portanto, pode ter um papel na intervenção precoce para prevenir a neurodegeneração.

Doenças crônicas

O objetivo do estudo foi entender como o consumo regular de mirtilo pode reduzir o risco de doenças crônicas, como Alzheimer e demência, em adultos de meia-idade.

A demência tardia geralmente se desenvolve ao longo de um período de muitos anos, começando na meia-idade.

A prevalência de distúrbios metabólicos também acelera na meia-idade e é um importante fator de risco para demência.

Na pesquisa, foram investigados os efeitos da suplementação diária de mirtilo em um grupo de pessoas de meia-idade resistentes à insulina com risco elevado de demência futura.

Robert Krikorian, líder da pesquisa, professor e diretor do UC College of Medicine’s Department of Psychiatry and Behavioral Neuroscience explicou que cerca de 50 % dos indivíduos nos EUA desenvolvem resistência à insulina (chamada de pré-diabetes) na meia-idade.

Segundo Krikorian, o pré-diabetes tem se mostrado um fator de doenças crônicas. Ele conta:

“Observamos benefícios cognitivos com mirtilos em estudos anteriores com adultos mais velhos e pensamos que poderiam ser eficazes em indivíduos mais jovens com resistência à insulina.

A doença de Alzheimer, como todas as doenças crônicas do envelhecimento, se desenvolve ao longo de um período de muitos anos, começando na meia-idade”.

Resultados do estudo

Durante um período de 12 semanas, 33 pacientes, homens e mulheres com excesso de peso, pré-diabéticos, idade entre 50 e 65 anos e com declínio cognitivo subjetivo (MSC) participaram da pesquisa.

Foram realizadas avaliações pré e pós-intervenção de cognição e metabolismo e medidas exploratórias da função mitocondrial periférica.

Metade dos participantes recebeu pós de suplementação que continham o equivalente a meia xícara de mirtilos inteiros, enquanto a outra metade recebeu um placebo.

Os participantes também passaram por testes de habilidades cognitivas que dependem de funções executivas, como

  • memória de trabalho;
  • flexibilidade mental;
  • e autocontrole.

Krikorian disse que aqueles no grupo tratado com mirtilo mostraram melhora nas tarefas cognitivas que dependem do controle executivo.

Estes indivíduos apresentaram níveis mais baixos de insulina em jejum, o que significa que os participantes melhoraram a função metabólica e foram capazes de queimar gordura mais facilmente para obter energia.

Além disso, os pacientes tratados com mirtilo apresentaram um grau leve de maior desacoplamento mitocondrial: um processo celular que tem sido associado a maior longevidade e redução do estresse oxidativo.

O estresse oxidativo pode levar a sintomas como fadiga e perda de memória.

Conclusão

O grupo de pessoas tratadas com mirtilo apresentou melhores desempenhos e os participantes relataram menor dificuldade de codificação de memória nas atividades da vida diária.

O grupo tratado com mirtilo também apresentou correção da hiperinsulinemia periférica e uma tendência de aumento do desacoplamento mitocondrial.

Esses benefícios em indivíduos de meia-idade comprovam que a suplementação contínua de mirtilo pode contribuir para a proteção contra o declínio cognitivo.

Fica a dica para adicionar as blueberrys na alimentação, afinal, além de ser uma fruta que possui inúmeros benefícios para a saúde, tem um sabor sensacional.

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Lara Meneguelli


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