Que nojo! Os 6 tipos de repugnância que nos salvam a vida!


Repugnância, uma emoção muitas vezes subestimada. Má higiene, animais ou insetos portadores de doenças e comportamentos sexuais de risco (mas não apenas) podem nos ajudar a evitar infecções e doenças.

Isto é o que fora revelado por uma pesquisa realizada pela London School of Hygiene & Tropical Medicine (LSHTM), que identificou seis coisas (categorias) que nos provocam repulsa.

A repulsa é uma emoção que evoluiu para ajudar nossos ancestrais a evitar doenças e infecções. Os pesquisadores conseguiram demonstrar que é provavelmente estruturada em torno de pessoas, práticas e objetos que podem aumentar nosso risco de contrair uma doença.

Pela primeira vez, os cientistas usaram essa perspectiva para analisar a emoção do desgosto em seus componentes. E ao fazer isso, eles identificaram as seis categorias comuns que nos provocam verdadeiro nojo. São elas:

  1. Má higiene
  2. Animais ou insetos portadores de doenças
  3. Comportamento sexual de risco
  4. Lesões ou bolhas com pus na pele
  5. Comida que está apodrecendo
  6. Alimentos que têm uma aparência atípica.

O que nos causa nojo?

Antes do estudo, a equipe esperava que os tipos de desgosto correspondessem diretamente às categorias relacionadas às ameaças de doenças mas, mais tarde descobriu-se que nos cérebros estavam mais ligadas às ações que as pessoas precisam tomar para evitar doenças, como não tocar nas lesões cutâneas ou não se aproximar de pessoas que exalam mau cheiro.

Segundo os cientistas, isso corresponde a uma visão evolucionária das emoções em função da ação. De fato, as ações nos levam a nos comportar de certa maneira e a evitarmos certas coisas, para nos garantir a melhor sobrevivência e reprodução.

O estudo analisou mais de 2.500 pessoas online, listando 75 potenciais cenários “repugnantes” de pessoas com sinais evidentes de infecção, lesões de pele com pus a objetos cheios de insetos, até espirros e defecação a céu aberto. Os participantes foram convidados a avaliar a repulsa de acordo com cada cenário em uma escala que variava do “não repugnante” ao “extremo repugnante”.

tomate podre

De todos os cenários apresentados, as feridas infectadas que produzem pus foram julgadas como as mais repugnantes. Até mesmo a violação das regras de higiene – como o mau odor corporal – era considerada particularmente repugnante.

Analisando as respostas dos participantes, os pesquisadores identificarem seis categorias comuns de repulsa, cada uma relacionada aos tipos de ameaças infecciosas que ocorreram regularmente em nosso passado.

Historicamente, por exemplo,

  • comer alimentos deteriorados causava doenças como a cólera;
  • o contato próximo com pessoas não limpas poderia transmitir a lepra,
  • práticas sexuais promíscuas poderia colocar um indivíduo em risco de sífilis,
  • e entrar em contato com feridas abertas poderia nos levar a contrair peste ou varíola.

Os resultados da pesquisa mostraram que houve diferenças de gênero nas reações aos cenários repugnantes apresentados. As mulheres classificaram cada categoria de forma mais repugnante que os homens e confirmam a teoria de que o nojo evoluiu nos animais, encorajando-os a agir para reduzir o risco de infecção e doenças. Esse comportamento também está presente nos humanos.

O professor Val Curtis, autor sênior do estudo, disse:

“Embora nós já soubéssemos que o sentimento de repulsa foi bom para nós, fomos capazes de conhecê-lo completamente demonstrando que é estruturado, reconhece e responde à ameaças de infecção para nos proteger. Esse tipo de comportamento que visa evitar a doença é mais evidente nos animais e, portanto, nos leva a acreditar que é evolutivamente muito antigo”.

Segundo os cientistas, os resultados poderiam nos ajudar a direcionar mensagens de saúde pública, por exemplo para incentivar as pessoas a lavarem as mãos, mas também para combater estigmas associados à doenças.

O estudo Evolution of pathogen and parasite avoidance behaviours foi publicado no Philosophical Transactions of the Royal Society.

E você? Qual é o seu maior nojo ou repulsa?

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Redação greenMe

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