Existe crise da meia-idade?


A fase da vida conhecida como “crise da meia-idade” é subjetiva, e pode acontecer mais cedo do que você pensa, diz estudo.

Um estudo de longo prazo sobre o bem-estar, realizado em uma parceria de três instituições: University of Melbourne, London School of Economics and Political Science e University of Warwick, na Alemanha, mostrou que existe sim um profundo sentimento de infelicidade nas pessoas com idades entre 40 e 42 anos. Segundo a pesquisa, trata-se do U-Shaped (desenvolvimento em forma de “U”, também conhecido como “aprendizagem na forma de “U”, um padrão de selecionar e medir quais habilidades – física, artística e cognitiva – são desenvolvidas durante o tempo, estando no topo da felicidade, ou seja no “U” alto, a infância e a idade adulta, enquanto a parte mais baixa do “U” corresponderia a idade dos quarentões.

O conceito de “crise da meia-idade” foi criado em 1965 por Elliott Jaques que o usou para descrever a insegurança e a baixa-estima sofrida por pessoas em certa idade. Na década de 90 a idade que deflagraria este sentimento seria depois dos 46.

No entanto, neste estudo, os pesquisadores acompanharam os níveis de felicidade de dezenas de milhares de pessoas em três países: Austrália, Grã-Bretanha e Alemanha, ao longo de várias décadas. “Nós identificamos um claro ‘U’ no bem-estar humano”, disse o pesquisador Dr. Terence Cheng, do Instituto de Econômica Aplicada e Pesquisa Social da Universidade de Melbourne.

“O que é interessante é a consistência dos resultados em todos os três países que examinamos. A felicidade humana atinge o ponto mais baixo em torno das idades de 40 a 42”, disse Cheng. “Na verdade, o mais intrigante é que o padrão em U foi recentemente observado em uma grande pesquisa feita com macacos. Talvez sejamos mais semelhantes a eles do que pensávamos?”

O professor observou o registo de alterações da felicidade ao longo do tempo, o que aumenta significativamente a precisão do estudo.

“Olhamos para o bem-estar de ‘Mr. Jones” aos 35 anos, 45, 55 anos e assim por diante. Foi muito importante ter encontrado o “U-Shape”, portanto, a felicidade, não decorre de variações entre diferentes pessoas, mas sim dentro de indivíduos”, observou.

O estudo intitulado “Longitudinal Evidence for a Midlife Nadir in Human Well-being: Results from Four Data Sets” foi publicado no ano passado, e antecipa em alguns anos uma espécie de crise existencial já antes conhecida.

Talvez nessa idade seja mesmo interessante começar uma nova atividade. Que tal começar a dançar? Perder o medo de água fazendo natação? Ou gastar aquela economia fazendo a viagem dos sonhos ou mesmo investindo em uma nova profissão?

E nada de crise da meia-idade!

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Fonte foto: freeimages.com




Redação greenMe

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