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O Ataque Isquêmico Transitório (AIT) tem sido uma preocupação constante na medicina vascular cerebral, levantando questões sobre sua definição e distinção em relação ao Acidente Vascular Cerebral (AVC). Ao longo dos anos, as percepções sobre o AIT evoluíram com base em avanços tecnológicos e novas compreensões da isquemia cerebral aguda. Nesta exploração, vamos analisar como a definição tradicional do AIT está sendo questionada à luz de descobertas mais recentes, considerando se é hora de repensar e redimensionar o conceito desse evento neurológico transitório.
O Ataque Isquêmico Transitório (AIT), também conhecido como “mini-AVC” ou “miniderrames“, ocorre quando há uma interrupção temporária do fluxo sanguíneo (isquemia) para uma parte do cérebro.
O termo deve-se às características do acidente:
Os sintomas são semelhantes aos de um AVC, mas o AIT parece ser reversível, pois geralmente desaparecem em pouco tempo. Essa diferença é uma questão complexa no diagnóstico, e alguns médicos acreditam que o termo AIT esteja ultrapassado. Os sintomas, embora pareçam leves e transitórios, podem, de fato, não ser assim tão inócuos.
Um AIT é causado por uma redução temporária do fluxo sanguíneo para o cérebro. Isso pode ocorrer devido a um coágulo que bloqueia brevemente uma artéria cerebral ou a uma diminuição temporária do fluxo sanguíneo devido a um estreitamento das artérias.
Os sintomas de um AIT podem incluir:
É importante notar que os sintomas de um AIT são temporários e geralmente desaparecem em questão de minutos a horas.
Os fatores de risco para um AIT são semelhantes aos do acidente vascular cerebral (AVC) e podem incluir
O tratamento após um AIT visa prevenir a ocorrência de um AVC futuro. Isso pode incluir medicamentos para reduzir o colesterol, fluidificar o sangue e evitar a formação de coágulos sanguíneos. Além disso, a adoção de um estilo de vida saudável com uma dieta balanceada, exercícios regulares e evitar o tabagismo pode reduzir significativamente o risco de futuros eventos isquêmicos.
Quanto aos medicamentos para controlar a pressão arterial, há controvérsias pois alguns médicos acreditam que a pressão alta ajuda o sangue a chegar ao cérebro. Cada caso é um caso e deve ser olhado com o devido cuidado por um médico responsável.
Tradicionalmente, diz-se que a principal diferença entre um AVC e um AIT está na duração dos sintomas e nas consequências. Enquanto um AIT apresentaria sintomas temporários e reversíveis, um AVC resulta em danos permanentes ao cérebro. No entanto, essa diferenciação é considerada ultrapassada por alguns especialistas.
Um artigo publicado em 2022 na respeitada revista científica JAMA, pergunta se não seria “hora de aposentar o conceito de Ataque Isquêmico Transitório”. Resumidamente, o artigo diz que o termo é antigo e tem sido amplamente usado sem considerar os recentes avanços na tecnologia de imagem cerebral e na compreensão da isquemia cerebral aguda.
A evolução das técnicas de imagem demonstrou que a isquemia transitória muitas vezes causa lesões cerebrais em quase todos os casos de AIT. Assim, os AITs seriam, na verdade, AVCs isquêmicos menores mas com risco elevado de isquemia cerebral futura. O novo enfoque sugerido é na lesão cerebral, e não na duração dos sintomas.
A possível designação do AIT como uma “síndrome cerebrovascular isquêmica aguda” ganha relevância ao evitar minimizar a gravidade do evento, favorecendo a aplicação de tratamentos mais adequados e a obtenção de resultados mais positivos.
Se você ou alguém próximo apresentar sintomas de um AIT, é fundamental buscar atendimento médico imediatamente. Um diagnóstico precoce e o tratamento adequado podem ajudar a prevenir futuros eventos cerebrovasculares.
Lembre-se sempre de que a prevenção é fundamental. Mantenha um estilo de vida saudável, controle os fatores de risco e faça exames médicos regulares para garantir sua saúde cerebral.
Especialistas discutem sobre o AIT nos vídeos abaixo. Confira!
Fontes:
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Categorias: Saúde e bem-estar
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