O que é Comunicação Não-Violenta, benefícios e como praticá-la


A comunicação é uma ferramenta muito importante para o desenvolvimento pessoal e nos relacionamentos. Por isso, quanto mais eficiente ela for, melhor para todos. Pensando nisso, este conteúdo traz uma forma de comunicação inteligente, eficaz e promotora de entendimento, que é a Comunicação Não-Violenta (CNV). Saiba mais sobre essa forma de comunicação com as informações a seguir.

© Alexander Suhorucov/Pexels

© Alexander Suhorucov/Pexels

Origem da Comunicação Não-Violenta – CNV

Comunicação Não-Violenta (CNV) é um processo de comunicação desenvolvido pelo psicólogo americano Marshall B. Rosenberg na década de 1960.

Em sua trajetória para o desenvolvimento da CNV, Dr. Marshall B. Rosenberg (1934-2015)  fundou e dirigiu os serviços educacionais do The Center for Nonviolent Communication.

O que o motivou a desenvolver a CNV foi sua vivência em um bairro do centro da cidade em Detroit, Michigan, onde em sua infância e juventude foi confrontado diariamente com várias formas de violência. Por isso, ele resolveu explorar as causas da violência e o que poderia ser feito para reduzi-la.

Para alcançar esses objetivos, ele estudou psicologia clínica e desenvolveu o treinamento em Comunicação Não-Violenta através da prática e desenvolvimento de habilidades de pacificação.

Durante sua trajetória com a CNV, ele mediou conflitos entre estudantes rebeldes e administradores de faculdades e trabalhou para agregar pacificamente escolas públicas em regiões há muito segregadas.

Desde o início da criação do The Center for Nonviolent Communication, a resposta ao treinamento de Comunicação Não-Violenta vem atuando como uma ferramenta poderosa para resolver pacificamente as diferenças nos níveis pessoal, profissional e político.

Em sua jornada com a CNV, o Dr. Rosenberg forneceu treinamento em Comunicação Não-Violenta em 60 países, atuando em grupos formados por educadores, gerentes, profissionais de saúde, advogados, oficiais militares, prisioneiros, policiais, agentes penitenciários, clérigos, funcionários do governo, famílias, em áreas devastadas pela guerra e em países economicamente desfavorecidos,  promovendo a reconciliação e a resolução pacífica de diferenças.

Objetivo da Comunicação Não-Violenta

O objetivo principal da CNV é promover a escuta, a empatia, a compreensão e a resolução de conflitos através de uma abordagem consciente e compassiva na comunicação.

Princípios da Comunicação Não-Violenta

A CNV parte do princípio de que, muitas vezes, nossas palavras e ações podem inadvertidamente causar dor, conflito e mal-entendidos devido à maneira como expressamos nossos sentimentos e necessidades.

Como é a abordagem da Comunicação Não-Violenta

A abordagem da CNV busca substituir padrões de comunicação que envolvem críticas, julgamentos, culpas e demandas por uma forma mais construtiva e respeitosa de se expressar e ouvir.

Prática da CNV e seus componentes

A prática da Comunicação Não-Violenta envolve 4 componentes principais:

Observação

Comece descrevendo a situação ou comportamento de maneira objetiva, sem julgamentos ou estimativas pessoais. Concentre-se nos fatos concretos observáveis.

Sentimentos

Identifique e compartilhe seus sentimentos em relação à situação. Reconheça e nomeie suas emoções de maneira honesta e aberta.

Necessidades

Identifique as necessidades subjacentes aos seus sentimentos. Quais são as coisas que são importantes para você e que não estão sendo atendidas?

Pedido

Faça um pedido claro e específico que esteja alinhado com suas necessidades. Certifique-se de que seu pedido seja concreto e positivo.

Exemplo prático da Comunicação Não-Violenta

Um exemplo de aplicação da CNV em uma situação cotidiana pode ser:

Situação

Você está trabalhando em um projeto em equipe e percebe que um colega não entregou sua parte em tempo.

Prática da Comunicação Não-Violenta

  1. Observação:”Eu notei que a data de entrega para nossa parte do projeto passou e ainda não recebi suas contribuições.”
  2. Sentimentos: “Isso me deixa preocupado, porque a apresentação está se aproximando e não temos todas as informações necessárias.”
  3. Necessidades: “Eu realmente valorizo ​​a colaboração e a responsabilidade dentro da equipe para cumprir prazos.”
  4. Pedido: “Você poderia me fornecer suas contribuições até o final do dia para que possamos finalizar o projeto em tempo?”

Especialistas na CNV falam sobre essa forma de comunicação

Daniel Zaboto, Professor de Comunicação e Ética nas Relações, explica neste vídeo do seu Tik Tok a necessidade de praticar a Comunicação Não-Violenta:

@danielzaboto Comunicação não violenta se pratica, se treina, se aprende. #cnv #comunicacaonaoviolenta #zabotoresponde ♬ som original – Daniel Zaboto

A facilitadora em Comunicação Não-Violenta Zoe Dorey dá exemplos de situações que a CNV pode ser bem útil:

@zoedorey8

Você consegue?

♬ original sound – zoedorey

A Psicoterapeuta Holística Luiza Beatriz explica os benefícios que a Comunicação Não-Violenta traz para quem a pratica:

@terapeutaluiza Tô aqui pra te falar o que nem todo terapeuta explica.. #terapeuta #comunicaçãonãoviolenta #psi #terapia #terapiaemocional #crencaslimitantes #autoconhecimento #relacionamento #conselhos #emocional ♬ Married Life (From “Up”) – Sergy el Som

Aplicações e Benefícios da Comunicação Não-Violenta

A CNV é uma prática que requer empatia, paciência, autoconsciência e comprometimento em se comunicar de maneira mais equilibrada, eficaz e respeitosa, que busque maior harmonia e compreensão entre os envolvidos.

Essa forma de comunicação pode ser aplicada em diversos contextos incluindo: relações pessoais, profissionais, familiares e comunitárias.

A CNV traz benefícios como: melhora do diálogo e entendimento entre as pessoas, evitar conflitos, promover uma cultura de paz e maior reciprocidade. Em suma, com a CNV aprendemos a falar sobre as nossas necessidades mais profundas e a ouvir as dos outros.

Fontes:

  1. The Center for Nonviolent Communication-CNVC
  2. Wikipedia
  3. Daniel Zaboto
  4. Zoe Dorey
  5. Terapeuta Luiza

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Deise Aur

Professora, alfabetizadora, formada em História pela Universidade Santa Cecília, tem o blog A Vida nos Fala e escreve para greenMe desde 2017.


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