Café do Jacu: o que é, como é produzido, por que custa caro?


Ao contrário do que o nome possa supor, o Café do Jacu é uma bebida peculiar e valiosa, semelhante ao Kopi Luwak em termos de processo de produção, que envolve grãos que passaram pelo sistema digestivo de um animal, resultando em um café caro e exclusivo. No entanto, diferentemente do Kopi Luwak, que usa a civeta (Paradoxurus hermaphroditus), o Café do Jacu é produzido com grãos que passaram pelo trato digestivo de uma ave chamada Jacuaçu (Penelope obscura), encontrada na Mata Atlântica.

O Jacuaçu é uma ave de grande porte, caracterizada por sua plumagem em tons de verde bronzeado escuro, que se assemelha ao marrom. É uma espécie que vive em grupos isolados em regiões específicas.

Como é o Processo de Produção do Café do Jacu?

O processo de produção do Café do Jacu começa com a colheita dos grãos maduros de café. Os grãos colhidos são oferecidos às aves Jacuaçu, que, por preferirem grãos maduros, desempenham um papel crucial na seleção dos melhores grãos para a produção do café. Após a ingestão, os grãos passam pelo sistema digestivo das aves e são posteriormente eliminados em suas fezes.

Uma vez eliminados, os grãos passam por um processo de coleta e higienização cuidadoso. Após a seleção e limpeza, os grãos são submetidos à torrefação e moagem, resultando em uma bebida de sabor único.

O Café do Jacu é valorizado por sua produção peculiar e pela qualidade do café final. Assim como o Kopi Luwak, ele é apreciado por conhecedores de café em todo o mundo. Em uma fazenda em Domingos Martins, na Região Serrana do Espírito Santo, a produção é feita de forma a respeitar a natureza e a vida das aves, garantindo que não haja cativeiros ou maus-tratos aos animais envolvidos.

Esta história intrigante foi inicialmente contada pelo jornal A Gazeta e revela como uma solução inusitada se tornou uma iguaria rara e valiosa, proporcionando uma experiência única para os amantes de café que desejam experimentar algo verdadeiramente exótico.

Café do Jacu: Um Parente do Café da Civeta

O Café do Jacu é uma bebida intrigante que guarda semelhanças com o famoso Kopi Luwak, conhecido por ser produzido a partir de grãos que passam pelo sistema digestivo de um animal, resultando em uma iguaria exclusiva e de alto valor. No entanto, diferentemente do Kopi Luwak, que usa a civeta (Paradoxurus hermaphroditus) em sua produção, o Café do Jacu é elaborado com grãos que passam pelo trato digestivo de uma ave chamada Jacuaçu (Penelope obscura), encontrada na exuberante Mata Atlântica.

Jacuaçu: Uma Ave Singular

O Jacuaçu (Penelope obscura) é uma ave de grande porte que se destaca por sua plumagem em tons de verde bronzeado escuro, próxima ao marrom. Encontrada em grupos isolados em regiões específicas, essa espécie avícola é nativa da Mata Atlântica e contribui de maneira única para a produção do Café do Jacu. Seu nome científico, Penelope obscura, reflete sua beleza e singularidade na avifauna.

Mercados Internacionais e Preço

O Café do Jacu é altamente valorizado por sua produção única e pela qualidade excepcional do café final. Assim como seu parente distante, o Kopi Luwak, essa bebida é apreciada por conhecedores de café em todo o mundo.

Atualmente, o Café do Jacu encontra seu principal mercado na Europa, com destaque para países como França, Inglaterra, Alemanha e Áustria, além da Ásia, com ênfase no Japão. O quilo dessa bebida exclusiva pode atingir valores consideráveis, chegando a ser comercializado por R$ 1.200,00. Sua qualidade é garantida por certificados que atestam sua origem e processamento, assegurando a autenticidade dessa rara iguaria.

O Café do Jacu continua a intrigar e encantar amantes de café que buscam experiências únicas e exóticas. Sua história única, que começou como uma solução para os ataques à lavoura, se transformou em uma preciosidade da cultura cafeeira, oferecendo uma jornada sensorial e gastronômica verdadeiramente única made in Brazil.

O video abaixo mostra o passo a passo da produção do Café do Jacu:

https://youtu.be/EDTwcFePj8g?feature=shared

Fontes:

  1. A Gazeta
  2. Folha de São Paulo

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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