Presunto de Parma: um dos mais caros do mundo, recheado de crueldade


Assim como o Pata Negra (o presunto mais caro do mundo), existe o presunto de Parma: uma “iguaria” culinária que, assim como tantas outras, são alimentos caros, marcados de sangue e maus tratos aos animais. Será que se as pessoas soubessem o que está por trás desses alimentos, elas pagariam caro para comê-los?

Pois na Itália, o bafafá do dia é exatamente esse. Isso porque, um programa televisivo de investigação chamado Report, transmitido pela Rai 3, revelou imagens perturbadoras sobre a produção do Presunto de Parma, um produto considerado uma das excelências culinárias italianas.

A investigação mostrou animais abandonados e deixados para morrer nas fazendas, ratos circulando livremente e veneno para roedores sendo utilizado sem controle adequado. Além disso, houve denúncias de falta de sanções e conivência entre as autoridades e os produtores.

Qualidade “certificada”

A qualidade e conformidade do Presunto de Parma são supostamente certificadas pelo Consorzio del Prosciutto di Parma e pelo CSQA, um organismo de certificação renomado na Itália. No entanto, a investigação revelou interferência dos produtores no processo de certificação e a falta de relatórios sobre infrações. As não conformidades foram encontradas em várias fazendas, incluindo más condições de higiene, animais feridos e até atos de violência contra os porcos.

Além das questões relacionadas ao bem-estar animal, a produção intensiva de suínos também causa problemas ambientais, como a contaminação dos aquíferos devido à presença de resíduos tóxicos.

O Presunto de Parma é amplamente promovido como um produto de alta qualidade e um símbolo da tradição culinária italiana. No entanto, a investigação revela uma realidade sombria por trás dessa imagem, com falta de sanções, inconformidades e uma narrativa de marketing enganosa. A reportagem destaca a necessidade de enfrentar esses problemas em nome do bem-estar animal, da saúde pública e do meio ambiente, em vez de proteger uma identidade culinária intocável.

Veja algumas imagens, se tiver coragem, e pense: se é assim com um produto “de alta qualidade”, como seriam os presuntos “normais”?

Imagens fortes

Aliás, vamos combinar, “presunto” é uma palavra muitas vezes usada para definir cadáver. Pode não ser um termo politicamente correto, mas pode te fazer pensar antes de comer porcos cruelmente tratados e mortos.

Fonte: VeganOk

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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