Novo Estudo Alerta Sobre os Impactos da Violência Verbal em Crianças


Um estudo recente, conduzido pela organização de caridade Words Matter, trouxe à tona preocupantes conclusões sobre os efeitos da violência verbal em crianças. A pesquisa revelou que gritar ou usar palavras negativas, como ‘estúpido’, ‘idiota’, ‘você é inútil’ ou ‘você não faz nada de bom’, pode ter repercussões profundas e prejudiciais nas crianças, aumentando o risco de automutilação, uso de drogas e comportamento antissocial.

O estudo

Publicado na revista Child Abuse & Neglect, a pesquisa é uma revisão sistemática em que foram analisados um total de 149 estudos quantitativos e 17 estudos qualitativos para avaliar como o abuso verbal contra menores é atualmente definido e medido.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que o abuso emocional é a forma mais comum de maus-tratos contra menores, antes do abuso físico ou sexual.

A revisão constatou que os principais autores de abuso verbal infantil são os pais (76,5%), outros adultos que cuidam deles em casa (2,4%) e professores (12,71%). Com menos frequência, são relatados abusos verbais por parte de treinadores (0,6%) e forças policiais (0,6%).

Consequências para a vida…

A importância do estudo reside em destacar a necessidade de uma definição mais precisa do abuso verbal infantil devido às suas consequências devastadoras. A violência verbal pode ter um impacto duradouro na vida da criança, resultando em problemas emocionais e psicológicos, incluindo raiva, depressão, abuso de substâncias, automutilação e até obesidade.

É essencial entender que nossas palavras têm um poder profundo sobre as crianças e podem moldar significativamente suas vidas. É um lembrete de que, como adultos, devemos ser conscientes de nossas palavras e escolher cuidadosamente o que dizemos às crianças.

O que nunca dizer a uma criança

Para ajudar a prevenir a violência verbal, aqui estão alguns exemplos do que nunca devemos dizer a uma criança:

  1. Palavras humilhantes ou depreciativas: Evite usar palavras que diminuam a autoestima da criança, como ‘burro’, ‘inútil’ ou ‘fracassado’. Essas palavras podem causar feridas profundas.
  2. Ameaças e linguagem ameaçadora: Nunca ameace uma criança com punições severas ou use linguagem assustadora para controlar seu comportamento.
  3. Comparação com outras crianças: Evite comparar uma criança desfavoravelmente com seus irmãos, colegas ou amigos, pois isso pode criar sentimentos de inadequação.
  4. Ridicularização pública: Não humilhe uma criança em público, seja em casa, na escola ou em eventos sociais. Isso pode causar constrangimento e afetar sua autoconfiança.
  5. Palavras que desvalorizam seus sentimentos: Nunca minimize os sentimentos de uma criança ou diga a ela para ‘parar de chorar’ ou ‘não se preocupar’ quando ela está claramente angustiada.

O estudo enfatiza a importância de cuidar das palavras que usamos com as crianças, promovendo um ambiente seguro e afetuoso para seu desenvolvimento saudável. Educar as crianças com respeito e empatia é fundamental para construir um futuro mais positivo e saudável para elas.”

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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