Máscaras do bem: 400 máscaras cirúrgicas por dia distribuídas gratuitamente à população


O novo coronavírus trouxe consequências mundiais e o Brasil não ficou de fora dessa pandemia. Infelizmente os números de infectados e de mortos vem crescendo continuamente.

Não só no Brasil, cresceu também vertiginosamente a busca por produtos médicos hospitalares e EPIs (equipamentos de proteção individual), como luvas e máscaras, fazendo estes produtos desaparecerem do mercado convencional.

Há vários hospitais relatando a falta desses equipamentos. Inclusive, o próprio Ministério da Saúde orientou para que as pessoas não comprem máscaras, deixando-as para o uso dos profissionais de saúde, ensinando maneiras das pessoas produzirem suas próprias máscaras, de forma caseira, com uso de lenço ou tecido.

Solidariedade

Por causa dessa tragédia, o sentimento de união voltou a despertar entre muitos brasileiros que estão achando formas de ajudar o próximo, com esforço e dedicação.

Foi com esse espírito de solidariedade que surgiu o projeto “Máscaras do Bem”, criado por um grupo de pessoas de Santos, litoral de São Paulo. É um grupo formado por cerca de 10 pessoas que trabalham gratuitamente para produzir e distribuir máscaras cirúrgicas de pano aos profissionais de saúde e moradores da região.

Uma das idealizadoras do projeto, Luciene Picasso, conta entusiasmada, que já conseguiram distribuir cerca de dez mil máscaras, em apenas duas semanas.

Atualmente eles conseguem produzir 400 máscaras por dia.

Luciana explica que a ideia surgiu porque ela e o companheiro resolveram comprar um lote de máscaras para os funcionários da empresa, porém o produto não foi entregue e, por coincidência, nesse mesmo dia, uma amiga que é dentista, comentou com ela que os pacientes precisavam de máscaras, mas o produto estava em falta. Foi essa amiga que pediu para Luciene produzir as máscaras e ela teve a boa ideia de fazer para distribuir gratuitamente aos que precisavam.

O projeto nasceu em parceria com a mãe de Luciene, uma senhora de 76 anos e duas amigas e ao divulgarem nas redes sociais a intenção de distribuir máscaras, a demanda de pedidos só aumentou e a rede de colaboradores dispostos a contribuir com o projeto também.

https://www.instagram.com/p/B-KITi5pl1R/

Juntos somos mais fortes

A rede de colaboradores cresceu, principalmente entre costureiros e seus familiares e todos trabalham de casa, respeitando a quarentena. Você pode ter acesso ao projeto e inclusive contribuir com eles entrando na página do Instagram, através deste link.

Luciene explica que inicialmente as máscaras eram feitas de TNT e plástico, mas a Santa Casa de Santos forneceu um molde e, seguindo orientação do Ministério da Saúde, elas começaram a ser produzidas com duas camadas de tecido.

E com o alcance da divulgação do projeto nas redes sociais, o grupo recebeu doações de tecidos, linhas, além de 10 máquinas de costura feita por uma empresa para aumentar a linha de produção.

Os beneficiados, além de receber as máscaras, ainda recebem um cartãozinho escrito à mão pelos colaboradores com a frase “Juntos somos mais fortes” e um coraçãozinho, deixando a ação ainda mais calorosa. E comprovando a importância da união das pessoas e empresas nesse momento tão trágico.

https://www.instagram.com/p/B-UubgYhNV7/?igshid=d14afcjpifmf

Luciene faz questão de afirmar que é uma rede do bem, feita por amor. Assim como esse projeto existem outros tantos espalhados pelo Brasil.

Outras máscaras

Um outro exemplo, vem de Ijuí, no Rio Grande do Sul, a ação também recebeu o nome de “Máscara do Bem” e o objetivo é obter ajuda através de doações para comprar matéria-prima para confecção de máscaras através de indústrias parceiras.

A ação é desenvolvida por empreendedores do município e tem o apoio da Incubadora de Empresas de Inovação Tecnológica (CRIATEC).

Para doar para o Projeto “Máscara do Bem” basta entrar aqui no site Vakinha, neste link e seguir o passo a passo. Lá é possível conferir informações detalhadas sobre a ação.

Outra ação parecida vem de Salvador, na Bahia, onde duas empresas se uniram a uma marca de roupa para desenvolver máscaras sustentáveis e doar a instituições sociais, a cada uma máscara comercializada, uma é doada para uma instituição. No último final de semana do dia 04 de abril, a campanha já havia doado 240 máscaras para quatro asilos da Cidade Baixa.

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Redação greenMe

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