Aviação zero emissão até 2025: é a promessa das companhias aéreas


A IATA (Associação Internacional de Transportes Aéreos), é responsável por 82% do tráfego global das companhias aéreas e, atualmente, representa 3% das emissões de carbono globais.

Nesta segunda-feira, 04, a IATA assumiu o compromisso de emissão zero durante a Assembleia Geral da Associação Internacional de Transportes Aéreos, um desafio que contará com a participação da cadeia de valores e dos governos.

A promessa é fazer com que em três décadas, o setor de aviação elimine 21,2 gigatoneladas de emissões de CO2.

Para atingir o objetivo, foi proposto na resolução aprovada, o uso de combustíveis sustentáveis, nova tecnologia de aeronaves, operações e infraestruturas aprimoradas, e fontes de energia como eletricidade e hidrogênio com emissão zero.

De acordo com a promessa das empresas aéreas, aquelas emissões que não puderem ser eliminadas serão tratadas como captura e armazenamento de carbono.

Segundo o diretor-geral da IATA, Willie Walsh, a meta é zerar as emissões de CO2.

“Para a aviação, o zero líquido é um compromisso ousado e audacioso.”

 

Devido às restrições de viagens impostas pela pandemia, muitas empresas aéreas perderam bilhões de dólares, portanto, limitar os voos não é uma opção, é necessário uma política de incentivos, como afirma Walsh.

A redução do número de voos como solução para diminuir as emissões é prejudicial. Para ele:

“Limitar os voos com impostos irá asfixiar os investimentos e poderá restringir as viagens aos mais ricos. Os incentivos resolvem o problema, criam empregos e aumentam a prosperidade”.

O comprometimento da Iata ocorre pouco antes da conferência das Nações Unidas sobre a mudança climática (COP26), no Reino Unido, que começa no dia 31 de outubro.

A previsão é que as companhias aéreas continuem tendo perdas para o próximo ano, porém menores.

É estimado que este ano percam 51,8 bilhões de dólares e outros 11,6 bilhões em 2022.

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Lara Meneguelli


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