Elefantes estão morrendo de fome na África


Cerca de 55 elefantes morreram de fome no Parque Nacional Hwange, no Zimbábue, nos últimos dois meses.

A causa das mortes estaria relacionada à forte seca que assola o Zimbábue, onde as colheitas foram drasticamente reduzidas. Não apenas os elefantes têm sido vítimas da insuficiente produção alimentar: um terço da população está passando fome, situação agravada por uma profunda crise econômica que atinge o país africano.

O porta-voz da agência administradora do parque, Tinashe Farawo, disse à BBC News Brasil que “a situação é desesperadora”. Alguns elefantes foram encontrados mortos próximos a lagos vazios, o que sinaliza que eles estiveram vagando à procura de alimentos e água.

A Zimparks, que é a agência administradora dos parques e reservas do Zimbábue, não tem recebido recursos do governo federal. No Parque Nacional Hwange, além do problema da seca, há um outro: a elevada população de elefantes. O parque tem capacidade para abrigar 15 mil elefantes, mas conta com mais de 50 mil.

A crise econômica no país não consegue lidar com a questão da fome de sua população e muito menos a da vida selvagem. Uma solução cogitada é a venda dos elefantes para parques estrangeiros, uma prática bastante questionável, já que, além de não estarem em seu habitat, em muitos desses parques os animais são vítimas de maus tratos.

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Gisella Meneguelli

É doutora em Estudos de Linguagem, já foi professora de português e espanhol, adora ler e escrever, interessa-se pela temática ambiental e, por isso, escreve para o greenMe desde 2015.


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