Demônio-da-Tasmânia reintroduzida na Austrália dá à luz 3 lindos filhotes


“Lisa Aventureira”, uma dos 10 primeiros demônios-da-Tasmânia reintroduzidos na Austrália continental após 3.000 anos de extinção, deu à luz a três filhotes adoráveis. A Aussie Ark, uma organização sem fins lucrativos dedicada à proteção da vida selvagem australiana, juntamente com seus parceiros Re:wild, WildArk e Australian Reptile Park, anunciou essa conquista.

Além da destruição do habitat e da introdução dos dingos, uma espécie de cão selvagem, os demônios-da-Tasmânia (Sarcophilus harrisii) foram totalmente extintos também por causa da Doença do Tumor Facial do Diabo (DFTD), uma doença transmissível, dolorosa e mortal, uma forma de câncer contagioso que reduziu drasticamente a população da espécie em 90%, restando apenas cerca de 25.000 indivíduos na Tasmânia.

A Tasmânia é a única região onde ocorrem esses animais.

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Um 2023 bom para o diabo-da-Tasmânia

Com o nascimento desses três filhotes no território da Austrália continental, o ano de 2023 promete ser excepcional para o programa de reintrodução do diabo-da-Tasmânia. Os promotores do projeto estimam que mais 45 exemplares nascerão este ano, somando-se aos 16 que já nasceram desde 2020. Tim Faulkner, CEO da Aussie Ark, compartilhou a emoção da descoberta dos filhotes no marsúpio de Lisa durante exames de rotina. Ele afirmou:

“Esses são os primeiros filhotes confirmados de 2023 e mais uma prova de que nosso programa está dando resultados”.

Para salvar a espécie, a Aussie Ark tem trabalhado arduamente nas últimas décadas com centenas de demônios-da-Tasmânia livres da doença. A ONG tem se dedicado a entender melhor esses animais, incluindo sua reprodução, comportamento e necessidades ecológicas. A partir de 2020, os demônios-da-Tasmânia foram reintroduzidos na natureza. No primeiro ano, 11 adultos, incluindo a corajosa Lisa, foram soltos em um santuário de vida selvagem de 400 hectares no Parque Nacional Barrington Tops, em New South Wales.

Leia aqui: Demônios-da-tasmânia nascem na Austrália depois de 3.000 anos

Desde então, mais 21 demônios-da-Tasmânia foram libertados na natureza e um total de 16 filhotes nasceram. Todos os indivíduos são monitorados regularmente por meio de exames, coleiras de rádio com transmissores e armadilhas fotográficas. Essas medidas permitem que os pesquisadores acompanhem sua saúde, localização, os desafios que enfrentam e sua alimentação.

Um 2023 bom para todo o planeta

Além de ajudar a preservar os demônios-da-Tasmânia, a reintrodução desses marsupiais também está contribuindo para o controle de gatos selvagens e raposas, cuja presença na Austrália ameaça outras espécies endêmicas e ameaçadas de extinção.

Saiba mais: Austrália impõe coleira e toque de recolher para gatos: eles matam bilhões de animais

Essa iniciativa de reintrodução não apenas visa a restauração do equilíbrio daquele ecossistema, mas também tem um impacto positivo na luta contra as mudanças climáticas, a perda de biodiversidade e a melhoria da saúde geral do nosso planeta.

Fontes:

  1. IFLScience
  2. Aussie Ark
  3. Wikipedia

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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