Fim da civilização devido à mudança climática: o xeque-mate para a espécie humana


São décadas de alertas dos cientistas de que o aumento das emissões de gases de efeito estufa está levando o planeta cada vez mais perto da catástrofe.

Este cenário “catastrófico” pode ser desencadeado, por exemplo, pelo aquecimento global.

E os pesquisadores continuam avisando: o mundo deve começar a se preparar para a possibilidade do que eles chama de “fim do jogo climático” para nossa espécie. O temido xeque-mate para os humanos.

Será que vamos realmente desaparecer um dia?

Xeque-mate

De acordo com uma pesquisa da Universidade de Cambridge, que quis avaliar completamente a gama de riscos diante dos piores cenários possíveis imaginários, poderíamos por exemplo alcançar uma perda de 10% da população global, até a sua completa extinção.

Na verdade, são inúmeros os estudos afirmando que a espécie humana desaparecerá devido às mudanças climáticas.

O cientista, Dr. Luke Kemp,  pesquisador sobre cenários “catastróficos” que podem ser desencadeados por aquecimento global da Universidade de Cambridge, faz uma ressalva:

“Há muitas razões para acreditar que a mudança climática pode se tornar catastrófica, mesmo em níveis modestos de aquecimento.

A mudança climática desempenhou um papel em todos os eventos de extinção em massa. Ajudou a derrubar impérios e moldou a história. Até o mundo moderno parece adaptado a um nicho climático específico”.

O que o estudo prevê

Imaginado o pior do pior, o estudo prevê que o aquecimento global e as altas temperaturas podem fazer com que desapareçamos devido a:

  • fome e desnutrição;
  • condições climáticas extremas;
  • guerras e conflitos;
  • doenças transmitidas por vetores.

O levantamento feito pelo estudo mostra que áreas de calor extremo (uma temperatura média anual superior a 29 °C) podem afetar 2 bilhões de pessoas até 2070.

O relatório do IPCC do ano passado sugeriu que, se o dióxido de carbono atmosférico dobrar em relação aos níveis pré-industriais (já estamos mais da metade do caminho) há cerca de 18% de chance de as temperaturas subirem mais de 4,5°C.

O que de fato importa?

Mas, segundo Kemp, as avaliações do IPCC mudaram do aquecimento de alto nível para se concentrar cada vez mais em aumentos de temperatura mais baixos.

Para ele, isto mostra que os cenários de temperaturas extremas são “subexplorados em relação à sua probabilidade” e que “sabemos menos sobre os cenários que mais importam“.

Por exemplo, o suprimento global de alimentos enfrenta enormes riscos em climas mais quentes.

O clima mais quente e extremo também pode criar condições para novos surtos de doenças, à medida que os habitats das pessoas e da vida selvagem mudam e diminuem.

Os especialistas também alertaram que o colapso ambiental provavelmente exacerbará certas “ameaças de interação“, como:

  • níveis crescentes de desigualdade;
  • desinformação;
  • um potencial para colapsos democráticos;
  • e até novas formas de armas destrutivas de inteligência artificial (IA).

Terra Estufa

O artigo apresenta um cenário distópico (no qual já estamos inseridos) descrito como “guerras quentes”.

Tal como:

  • superpotências tecnologicamente aprimoradas lutando pela diminuição do espaço de carbono enquanto também realizam experimentos gigantes para desviar a luz solar e reduzir as temperaturas globais;
  • o metano liberado pelo derretimento do permafrost para a perda de florestas que atuam como “sumidouros de carbono” e até mesmo o potencial de desaparecimento da cobertura de nuvens.

Um dos objetivos do estudo é a identificação de todos os possíveis pontos que podem nos levar a uma “Terra Estufa“, onde morreremos fritos, assados ou afogados com o aumento do nível do mar. Também tem a possibilidade da fome e das doenças infeciosas, curáveis com vacinas a custo de muito lixo hospitalar.

Alarmismo ou ciência?

O que é melhor? Imaginar o pior cenário espalhando pânico ou focar nas possibilidades de construir um mundo melhor?

Talvez te interesse ler também:

Quais são as causas NATURAIS do aquecimento global?

ONG clona as árvores mais antigas do mundo para enfrentar mudança climática

Ailton Krenak vence prêmio literário com sua obra “Ideias para Adiar o Fim do Mundo”

Coronavírus no Equador: cenas do fim do mundo. Mortos espalhados pelas ruas. Horror




Lara Meneguelli


ASSINE NOSSA NEWSLETTER

Compartilhe suas ideias! Deixe um comentário...