Consumo de carne e queimadas na Amazônia: tudo a ver


O consumo de carne favorece o desmatamento e as queimadas nos biomas brasileiros. Veja como uma coisa tem a ver com a outra.

Nossas escolhas interferem no meio ambiente e estamos vendo como costumes e condicionamentos antigos já não cabem mais nos momentos atuais, pois as consequências e os efeitos dos mesmos, demonstram como estão ultrapassados e são prejudiciais.

O ser humano com seu excesso de consumismo tem se tornado uma espécie que destrói o seu próprio habitat para se alimentar, trilhando um caminho de autodestruição.

E um dos fatores que tem contribuído para isto é o consumo da carne e de alimentos de origem animal.

Isto acontece porque a produção e o consumo da carne tem um altíssimo custo social e ambiental. A FAO (Food and Agriculture Organization), há anos já vinha alertando que 40% da superfície terrestre vinha sendo ocupada pela pecuária e de forma rápida.

Bilhões de cabeças de gado no planeta são criadas para a produção da carne, alimentos e produtos de origem animal e isso requer o desmatamento de florestas para fazer o pasto para esses animais.

A produção de alimento para o gado requer espaços imensos para o plantio da soja e um uso excessivo da água para o seu plantio, que serve de alimento para esses animais. São necessários mais de 2.400 litros de água para produzir um quilo de carne.

No Brasil, os efeitos do consumo da carne vem se fazendo sentir de forma intensa, principalmente na Amazônia e especialmente nos últimos tempos através das queimadas, que é um recurso normalmente utilizado para desmatar áreas para fazer pastos. 

Com essa prática, imensos hectares de florestas são convertidas em pastos, e onde haviam árvores passa a existir criação de gado.

Além do mais, o consumo da carne colabora com a matança de milhões de animais usados como um alimento que, segundo a Organização Mundial da Saúde, faz mal à saúde. Além do câncer, outras 9 doenças estão associadas ao seu consumo. 

Outro problema ocasionado pela produção e consumo da carne tem relação com às emissões de Gases de Efeito Estufa (GEEs) responsáveis pelo aquecimento global e mudanças extremas climáticas, com as consequentes catástrofes ambientais.

Isso ocorre com o desmatamento, através das queimadas e do gás metano proveniente da pecuária, pois, um único boi produz em torno de 700 litros de metano/dia durante o processo de ruminação (arrotos e flatulências),  equivalente ao gás carbônico produzido por um caminhão grande circulando 56 km/dia.

A floresta ajuda na captação dos gases de efeito estufa emitidos pela atividade humana. Estes gases causam o aquecimento global é aí que se instalada um ciclo vicioso porque o clima quente e seco favorece a propagação das chamas, sem falar que por si só o aquecimento global muda o clima úmido das florestas.

Além disso,  o avanço do desmatamento da Amazônia está atrelado à ilegalidade, com práticas como: a exploração de madeira, a produção de gado e a ocupação do solo de forma clandestina, pois os madeireiros, retiram as madeiras mais nobres para vender para as serrarias e os grileiros tocam fogo e plantam capim para comercializar para pecuaristas em nosso país.

Dessa forma, a pecuária bovina na região amazônica é insustentável. Essa atividade econômica tem instaurado um cenário desolador onde existia uma bela paisagem!

Assista este vídeo do canal Veg Uni e saiba mais informações sobre os prejuízos da pecuária para o meio ambiente.

Se continuar da forma que está, a Amazônia será devastada e para evitar isso,  torna-se indispensável uma mudança nos condicionamentos e hábitos alimentares. Cada um de nós pode ajudar a reverter essa situação!

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Deise Aur

Professora, alfabetizadora, formada em História pela Universidade Santa Cecília, tem o blog A Vida nos Fala e escreve para greenMe desde 2017.


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