Sabe o que há por trás do peixe que você come?


Estamos acostumados com as denúncias sobre galinhas amontoadas sem espaço, porcos trancados em minúsculas gaiolas, patos sufocados de comida para engordarem o máximo possível, vacas com as tetas espremidas até o seu mililitro de leite, mas, menos frequentemente sabemos o que está por trás da indústria que produz peixe intensivamente.

Nos últimos dez anos, associações ambientais e de animais vêm realizando verdadeiras batalhas pela proteção dos animais, sujeitos às torturas de todos os tipos para a produção intensiva dos produtos deles derivados. Maltratados, espancados, vivem entre as fezes e, às vezes, mesmo entre os cadáveres daqueles que não resistiram aos maus-tratos.

Há muito ainda a ser feito, ainda que muitas pessoas já tenham decidido por mudar sua alimentação, por ser contra essa indústria cruel que visa apenas o lucro em detrimento destas pobres criaturas. Após tantas denúncias e investigações, há também muitas promessas por parte dos pecuaristas e dos criadores de animais em geral mas, a estrada ainda é longa para chegarmos ao fim total do sofrimento animal.

E, se a situação das galinhas, dos patos, das ovelhas e do gado estão sob a mira de todos, não se pode dizer o mesmo da situação dos peixes e dos frutos do mar.

Por exemplo, pensa no salmão (um dos peixes mais consumidos no mundo) que é privado de seu instinto natural de reprodução nos rios, sendo obrigado a viver em recintos alimentares cheios de colorantes químicos que lhes dão o aspecto laranja “saudável”.

Depois dessa, salmão nunca mais. Por que você não deve comer esse peixe

Até mesmo o camarão que, talvez nem todos saibam, que aqueles que encontramos no supermercado congelado, vêm da piscicultura intensiva que envolve poluição, destruição de ecossistemas, desmatamento costeiro e ainda por cima, erosão do solo.

Em particular, para poder construir as áreas destinas à aquicultura, são destruídos inteiros manguezais em países como o Vietnã, a Tailândia, as Filipinas, Bangladesh, Equador e também no Brasil. Tais países produzem para exportar seus peixes e frutos do mar para muitos outros países do mundo.

Nenhuma espécie fica imune: mexilhões, moluscos, trutas….A lista é longa!

De acordo com a Mercy For Animals, um grupo que trabalha para o bem-estar dos animais norte-americanos, é necessário mudar a percepção que nós temos sobre os peixes. Não por acaso muitas pessoas preocupadas com o bem-estar animal que não come carne, mas peixes sim. Os consumidores estão preocupados? “Mais ou menos”, responde a associação.

“No entanto, é necessário saber que, como os animais que vivem na Terra, os peixes também são criados em cativeiro, muitas vezes em águas sujas onde proliferam doenças e mortalidade. Sem mencionar os métodos cruéis de matança: de lançá-los em água fervente ainda vivos ou cortando suas cabeça apenas saem da água ou até mesmo por uma morte sufocante”, explica a Mercy For Animals.

Por esta razão, a associação baseada nos EUA lançou uma campanha para aumentar a conscientização dos consumidores sobre suas escolhas na alimentação.

Saber de onde vêm, e o que existe por trás dos peixes que comemos, é tão importante quanto saber de onde vem uma fatia de bife, o litro de leite e a dúzia de ovos que levamos à mesa.

Fonte foto principal Reuters




Redação greenMe

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