1° de Maio 2015: o desafio é gerar empregos


1º de Maio é uma data simbólica de luta e resistência por melhores condições de trabalho e vida, respeito à dignidade humana em um mundo onde são permanentes as tensões entre capital e trabalho.

Historicamente, no 1º de Maio recordamos o ocorrido em Chigado, EUA, em 1886: uma grande manifestação, que reuniu milhares de pessoas, reivindicando a redução da jornada de trabalho para as 8 horas diárias que ainda temos hoje. Bom, temos ainda em alguns países, em outros nunca existiram, outros já as perderam. Nesse dia de 1886 iniciou-se a primeira greve geral dos Estados Unidos. Muitos trabalhadores morreram nos confrontos que se seguiram. Esta data, desde o ano seguinte, é comemorada no mundo todo, em honra aos mártires de Chicago e aos trabalhadores do mundo todo em suas lutas.

O próprio significado do 1º de maio advém da luta contra a crise social, resultado da crise do capital. O Brasil ainda está vivendo as ondas de repercussão que a crise de 2008 lançou em todo o globo. Portanto, é fácil de se entender que o desafio mundial de se criar novos empregos tem a ver com a necessidade do sistema capitalista de produzir mais, melhor e mais barato. A saída da crise econômica se dá pela entrada em uma crise social gerada pelo próprio sistema para que ocorra uma redução “natural” do valor da mão de obra.

Assim, no Brasil de hoje, e no mundo em geral, criam-se condições de “terceirização” ou “destruição das leis trabalhistas” ou “quebra dos direitos trabalhistas”, gerando crise social, para conseqüentemente, gerar-se mais emprego a menor custo e, tentar rapidamente, restaurar o ritmo de produção, que o mercado global neo-liberalista busca.

E é nessa condição que a taxa de desocupação sobe (segundo o IBGE em março/2015 atingiu os 6,2%, o maior índice dos últimos 4 anos) significando mais 280 mil brasileiros na fila dos desempregados, ao todo já com 1,5 milhão. Assim é, demite-se, cria-se um “exército de mão de obra de reserva” que ajudará a baixar ainda mais os valores da mão de obra, ainda mais pressionada pela quebra dos direitos trabalhistas.

Este é o ciclo básico do capitalismo, de construção e autodestruição de si mesmo.

Fomentar o emprego de tempo integral, produtivo e livre é o que procura a Organização Internacional do Trabalho – OIT que se baseia na convicção de que “o emprego é fundamental para lutar contra a pobreza e a exclusão social“, tendo um Plano de Promoção do Trabalho Decente Para Todos, que inclui a criação de emprego, a garantia dos direitos trabalhistas, a extensão da proteção social e a promoção do diálogo social.

A geração de empregos dignos aliada a uma melhor distribuição de renda são fundamentais para a saída real da crise econômica. Este é o objetivo dos movimentos sociais e de trabalhadores pelo mundo afora. Então, uma palavra de ordem antiga é necessário ser lembrada: “A luta continua”.

Viva o 1º de Maio, Dia Internacional dos Trabalhadores!

Fonte foto: sinecofi.com.br




Redação greenMe

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