8 conselhos que qualquer psicólogo daria para você viver melhor


Como parte do crescimento pessoal, percorrer um caminho de trabalho individual com um especialista é, via de regra, um bom investimento: permite o acesso à novas compreensões sobre si mesmo, a viver uma vida mais plena, mais feliz e mais consciente. Mas, principalmente, permite que você tenha respostas e conselhos personalizados.

Contudo, algumas das coisas que se possa aprender em uma psicoterapia podem ser válidas para a maioria das pessoas: aqui estão 8 conselhos para você considerar e manter bem em mente (não apenas quando necessário).

1. O que vivemos em nossa primeiríssima infância influencia nossas vidas para sempre

O ambiente emocional e relacional dos primeiros anos de vida é fundamental, pois determina, em cada criança, a sua maneira de olhar e interpretar o mundo, de sentir-se seguro ou em perigo, a sua auto-estima. Pais atentos e responsáveis (e sim, especialmente a mãe, e especialmente nos dois primeiros anos de vida), permitem que a criança cresça com um bom nível de confiança em si mesma e nos outros. Não só isso, existem linhas da Psicologia que acreditam que, quando adultos, nós tendemos a procurar no parceiro as características do genitor do sexo oposto ao nosso, com todas as consequências que deste deriva.

Reconhecer que muitos mecanismos foram “herdados”, entender que isso acontece porque nossos pais também foram filhos que herdaram padrões e dificuldades, nos ajuda a fazer as pazes com o passado, a amar nossas raízes mais conscientemente e a nos projetar para frente, na vida, com a consciência de que – sempre – podemos mudar.

À medida que o agricultor sedimenta os dejetos dos animais, ele “trabalha” para que eles se transformem em esterco e fertilizem o solo, para que cresçam plantas exuberantes, ricas em frutas suculentas e flores espetaculares. Tendo isso em mente podemos aproveitar as dificuldades maiores ou menores que encontramos na vida, superando a barra que nos fora dada, usando o talento que fomos “obrigados” a desenvolver para poder sobreviver.

2. Nem sempre podemos encontrar explicações racionais para as ações dos outros

Em algumas situações, não podemos explicar o comportamento dos outros: não entendemos por que eles disseram ou fizeram isso ou aquilo. A verdade é que o que para um pode ser absurdo, para outro é a normalidade: depende da atmosfera em que crescemos, de nossas experiências. Uma pessoa pode alegar querer ir para a direita e, depois, concretamente, seus passos a levarem para a esquerda, mesmo que ela rebata sempre de ir à direita.

Há duas verdades a serem lembradas: a primeira é que cada um de nós tem sua experiência, seu modo de compreender e experimentar emoções, situações, problemas; a segunda é que – muitas vezes – o pensamento racional e a vontade são “transformadas” naquilo que se move entre o inconsciente e o subconsciente (e pode levar muito tempo e muito trabalho pessoal para “ver” isso).

Com essa premissa, permanece interessante para nós entendermos por que em nossas vidas encontramos determinada situação, determinado contexto, em determinado momento: qual é a parte interessante disso, o ensinamento oculto, o estímulo ao crescimento que “veio ao nosso encontro”?

3. Em situações problemáticas, é melhor começar por você mesmo

Cada um de nós reage às situações com base em como eles “ressoam” na gente. Talvez todos nós tenhamos dito à alguém: “Estou sofrendo pelo que você fez comigo”, sentindo-se respondido: “Mas o que foi que eu fiz?” Todo mundo tem sua experiência: o que uma pessoa pode experimentar como uma agressão, uma indelicadeza, para outro não representa nada disso.

Para facilitar o diálogo, portanto, melhor começar por si mesmo, fazendo uma descrição “jornalística” dos fatos, para entender os próprios sentimentos e o estado de espírito: “Quando você me disse isto e aquilo, me senti magoado, triste, desorientado” predispõe aqueles que nos ouvem diferentemente de uma frase acusatória como “você me feriu”.

Se quisermos mudar uma situação emocional e relacional, a primeira coisa que podemos fazer é partir de nós mesmos: este é o playground mais desafiador e, ao mesmo tempo, o único em que temos responsabilidade e possibilidade de ação. Os outros mudarão, e mudarão suas escolhas e comportamentos de acordo, somente quando, se e como eles quiserem: eles têm o livre arbítrio e dependem de suas possibilidades de mudança (ainda que seja verdade, como a abordagem sistêmica relembra, que tudo é conectado: se uma parte muda, há boas chances de que isso tenha uma influência ativa e transformadora sobre as outras partes também).

Assumir a responsabilidade, ou a contribuição (consciente ou inconsciente) sobre a situação, o próprio sentimento, pensar antes de apontar o dedo para os outros, não partir subitamente para a acusação, cria um ambiente adequado para o diálogo e o entendimento.

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4. Honre quem você é, acolha o confronto

Comparar-se, confrontar-se com os outros é importante, ajuda a refletir, a olhar para as coisas a partir de novos pontos de vista e pode até nos levar a mudar ideias e padrões que não servem mais. Mas a comparação se torna positiva e enriquecedora somente se você tiver uma boa consciência de si mesmo e de seus interesses e objetivos.

Inspirar-se nos outros pode ser fantástico, mas aderir aos modelos alheios, ainda que vencedores, nos afasta do nosso verdadeiro Ser e estabelece as bases para uma vida que provavelmente será infeliz.

5. É importante sair da sua zona de conforto

Em seu ninho seguro, nada de novo pode acontecer: na vida pessoal, profissional e relacional, nos interesses. Devemos ousar, experimentar coisas novas, frequentar lugares diferentes, abrir-se para o mundo efervescente e mágico das possibilidades que a vida nos oferece.

Aqueles que se mantêm firmes em seus hábitos e conhecimentos, morrem lentamente, como lembra um poema de Pablo Neruda:

“Experimente coisas diferentes, troque novamente.

Mude, de novo.

Experimente outra vez.

Você conhecerá coisas melhores e coisas piores,

mas não é isso o que importa.

O mais importante é a mudança,

o movimento, a energia, o entusiasmo.

Só o que está morto não muda!”

6. Protegendo suas próprias “fronteiras”

Pode acontecer de você não se sentir respeitado em seu espaço ou de se sentir invadido: a sogra que incomoda e coloca o bico onde não deve; o vizinho que ultrapassa os confins do seu espaço e invade o seu; o colega de trabalho que sempre encosta em você. Muitas vezes, essas situações são resolvidas quando alguém se torna consciente do seu próprio “território”, quando suas as fronteiras são fixas e a pessoa escolhe como, quem, se e quando os outros podem “entrar”.

Estar consciente do próprio lugar (nas várias áreas da vida) e, consequentemente definir os limites, aumenta nossa força e autoridade pessoal. Essa “mudança” também será percebida pelos outros: talvez o comportamento inadequado deles continue, mas não será mais tão fácil invadir como antes.

7. Sempre começamos com um passo

Mudar os hábitos, os caminhos sempre feitos, as crenças que nos acompanham desde sempre não são coisas fáceis. Depois de termos identificado uma meta, uma direção, o foco deve seguir o seu caminho: um passo de cada vez. Toda jornada começa com um passo. E então depois vem o próximo. E assim por diante.

Todos os dias, durante pelo menos três semanas, observe os passos dados, como melhorá-los, torná-los mais eficazes no dia seguinte (sem se preocupar com o resultado final).

8. Aprecie o conhecimento que tiver das experiências vividas

Toda situação estressante exige energias novas e imprevistas: é necessário fazer sair nossa força e talento ainda não utilizados; é preciso fazer um esforço que treine e consolide o conhecimento já adquirido; é necessario haver um novo ponto de vista criativo. Embora desafiador e cansativo a situação estressante pode ser vista como uma oportunidade e não como uma “desgraça”: a abordagem com a qual ela é tratada sempre faz a diferença.

A experiência nos faz crescer, nos ajuda a ampliar o nosso olhar: esses novos conhecimentos podem ser usados mais tarde, de forma construtiva, para melhorar a própria vida e a dos outros. Sem repetirmos os mesmos erros.

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Redação greenMe

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