Estar apaixonado é melhor que qualquer analgésico para dor


Amar é tão bom!

De acordo com este estudo da Faculdade de Medicina da Universidade de Stanford, sentimentos intensos e apaixonados de amor podem proporcionar alívio da dor, semelhante a analgésicos e drogas, como a cocaína.

O amor cura mesmo, palavra da ciência

O professor Sean Mackey, MD, PhD, chefe da Divisão de Gerenciamento da Dor, comenta:

“Quando as pessoas estão nessa fase apaixonada e consumista de amor, há alterações significativas em seu humor que estão afetando sua experiência de dor.

Estamos começando a separar alguns desses sistemas de recompensa no cérebro e como eles influenciam a dor. Esses são sistemas antigos e muito profundos em nosso cérebro que envolvem dopamina – um neurotransmissor primário que influencia o humor, a recompensa e a motivação”.

Estar apaixonado é, então, muito melhor do que usar analgésicos para dor.

Dor também se cura com amor.

A esperança dos cientistas é possibilitar uma melhor compreensão desses caminhos de recompensas neurais que são desencadeadas pelo amor.

Proporcionar novos métodos para produzir alívio da dor.

Eis a questão: mas e se a dor for de amor?

Ame!

As áreas do cérebro ativadas pelo amor intenso são as mesmas áreas que as drogas usam para reduzir a dor.

Ao pensar em alguém que gostamos, há uma intensa ativação na área de recompensa do cérebro que é a mesma área que acende quando você usa, por exemplo, cocaína.

Como foi feito o estudo

O estudo foi feito com casais da Universidade de Stanford que estavam nos primeiros nove meses de um relacionamento romântico.

Os cientistas procuraram intencionalmente pessoas apaixonadas que estavam na fase inicial do amor apaixonado.

Sujeitos que, literalmente, estivessem se sentindo eufóricos, enérgicos e alucinados de amor!

Quando o amor apaixonado é descrito assim, de certa forma soa como um vício.

Tal como os sistemas cerebrais semelhantes aos envolvidos em vícios que são fortemente relacionados à dopamina.

A dopamina é o neurotransmissor em nosso cérebro que está intimamente envolvido com o bem-estar.

Os métodos

Os pesquisadores analisaram 15 estudantes de graduação (oito mulheres e sete homens).

Cada um foi convidado a trazer fotos do(a) namorado(a) e fotos de uma pessoa que achassem atraente.

Então, as fotos foram mostradas sucessivamente diante dos sujeitos, enquanto um estimulador térmico controlado por computador estava sendo aquecido e colocado na palma da mão para causar dor leve.

Segundo outras evidências científicas, a distração também pode causar alívio da dor.

Os alunos de graduação também foram testados quanto aos níveis de alívio da dor enquanto se distraíam com tarefas de associação de palavras e assuntos aleatórios.

Resultados

Os resultados mostraram que tanto o amor quanto a distração reduziram igualmente a dor e em níveis muito mais altos do que se concentrar na foto do “conhecido atraente”.

Curiosamente, os dois métodos de redução da dor usaram vias cerebrais muito diferentes.

O cientista Jarred Younger explicou:

“Com o teste de distração, as vias cerebrais que levam ao alívio da dor eram principalmente cognitivas. A redução da dor foi associada a partes corticais superiores do cérebro. A analgesia induzida pelo amor está muito mais associada aos centros de recompensa. Parece envolver aspectos mais primitivos do cérebro, ativando estruturas profundas que podem bloquear a dor em nível espinhal – semelhante à forma como os analgésicos opióides funcionam.

Um dos principais locais para a analgesia induzida pelo amor é o núcleo accumbens, um importante centro de dependência de recompensas para opióides, cocaína e outras drogas de abuso. A região diz ao cérebro que você realmente precisa continuar fazendo isso”.

A pesquisa mostra e comprova que você não precisa apenas depender de medicamentos para aliviar a dor.

Vicie-se no amor e ame demais!

O amor é a cura.

Fonte: Stanford University

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Lara Meneguelli


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